Arte

O que 12 mulheres têm em comum no museu Afro?

Por Equipe Editorial - maio 17, 2016
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12 artistas mulheres apresentam suas individuais no museu Afro

Quem são as artistas?

12 mulheres: Anésia Pacheco e Chaves, Angêla Correa, Cezira Colturato, Dona Jacira, Eva Soban, Helena Carvalhosa, Helena Sardenberg, Isabel de Jesus e Lucy Villa-Lobos

Onde?

Museu Afro Brasil
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n  /Parque Ibirapuera – Portão 10 (acesso pelo portão 3) – São Paulo

O que terá na mostra?

Instalações, esculturas, arte digital, pinturas, tear, desenhos, desenhos realistas em grafite, óleo, pastel seco e oleoso e colagens de materiais colhidos ao acaso (papelões, jornais, arames, ferro velho, estopa, vidro, entre outros)

É um bom programa?

É um museu conceituado, além dessas obras existe o acervo permanente.

Quando?

De 30 de abril a 05 de junho de 2016

Rosas - Helena Carvalhosa

Aberta no dia 30 de abril no Museu Afro Brasil, no Parque Ibirapuera, a exposição “Evocações. Doze artistas mulheres e as múltiplas linguagens criativas” é uma homenagem a três grandes artistas que fazem parte do acervo da instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo: Yêdamaria (1932-2016), Maria Lídia Magliani (1946-2012) e Madalena Santos Reinbold (1919-1977).  

Junto a elas, outras nove artistas mulheres apresentam até o dia 5 de junho mostras individuais que, com recentes produções, engrandecem o cenário artístico de São Paulo. São elas Anésia Pacheco e Chaves, Angêla Correa, Cezira Colturato, Dona Jacira, Eva Soban, Helena Carvalhosa, Helena Sardenberg, Isabel de Jesus e Lucy Villa-Lobos.

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Em “Pulo do Gato”, a artista paulistana Helena Carvalhosa escolheu tecidos variados, armações e telas de aço para produzir 20 esculturas de grandes formatos em cores que se apresentam frágeis, volumosas e elegantes. Um livro/catálogo sobre a série foi publicado pela Editora Terceiro Nome. Nele, Marcelo Salles, crítico de arte e sócio da galeria Casa Contemporânea – que representa a artista –, descreve as obras: “feitas de ar, movimento, luz, memória e do espaço em torno dela”.

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Emanoel Araujo, fundador, diretor e curador do Museu Afro Brasil comenta: “É certo que elas não pertencem a nenhum contexto que as possa estabelecer em paradigmas, ou em correntes definidas e históricas no cenário artístico de São Paulo. Aí reside a ideia primordial dessa mostra. Artistas tão díspares que parecem o que de fato são, doze mostras individuais de artistas a procura de suas maneiras livres de perpetuar o gesto. Portanto, não olhem esses espaços, com essas obras, querendo unir pensamentos, mas pensem neles como numa evocação de quem respira liberdade em múltiplas formas de expressar um pensamento, estampado nas paredes dessa grande galeria. Assim, o ser contemporâneo dá lugar a todas as linguagens desse mundo sem achaques e, sobretudo, sem soberba.”

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MAIS INFORMAÇÕES SOBRE AS OUTRAS INDIVIDUAIS DA EXPOSIÇÃO “EVOCAÇÕES”:

Anésia Pacheco e Chaves, artista francesa radicada em São Paulo, iniciou seu aprendizado artístico com Anita Malfatti, Di Cavalcanti e Lívio Abramo, entre outros. Traz para “Evocações” a mostra “Desenhos Palavras”. Embora esteja presente, a superfície lisa e retangular não é capaz de passar imune aos embates e confrontos propostos pela artista. A audácia de sua obra é fruto não apenas de uma longa e respeitável trajetória, mas especialmente por um acordo tácito com sua liberdade criativa.

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Ângela Correa, prestigiada e premiada atriz que há alguns anos vem se dedicando às artes plásticas, expõe “Africaneira”, um trabalho em 15 telas, utilizando a técnica arte digital (com Microsoft Paint) e impresso em papel canvas, que contempla a beleza e a elegância da mulher negra e a cultura africana.

 

Cezira Colturato, artista plástica paulistana que produziu mais de uma centena de obras ao longo de 30 anos, expõe “Olhares que cobram”, uma mostra inspirada nas ruas das grandes cidades brasileiras que deixam à mostra a dura realidade da exclusão social, mostrando a dignidade que aflora do povo na luta pela sobrevivência em meio às adversidades, com 12 obras que utilizam técnica mista sobre tela, mesclando desenhos realistas em grafite, óleo, pastel seco e oleoso e colagens de materiais colhidos ao acaso (papelões, jornais, arames, ferro velho, estopa, vidro, entre outros) criando situações interessantes de plano-relevo e tridimensionalidade.

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Dona Jacira é uma artista paulistana, contadora de histórias. Suas obras guardam seus tesouros. Painéis bordados, onde o traço e as cores contam histórias onde o tempo é tramado. Histórias que viveu e que ouviu. O seu compromisso com a afro-brasilidade a leva a pesquisar constantemente, utilizando materiais e suportes que reforçam sua identidade. A escrita é parte importante de seu trabalho, assim como a música, que embala e reforça sua presença no mundo. “Dona Jacira conta pela janela da sua cozinha e pelo andar da sua carruagem” é a mostra que faz parte de “Evocações”.

 

Eva Soban é uma artista plástica e designer têxtil. E é neste universo que se realiza descobrindo e fazendo “coisas”. Eva traz “Floresta Negra” uma instalação criada a partir de tapeçarias únicas, gerando um resultado, como a própria artista define, visceral. A artista gosta de trabalhar com fios de fibras e é com ele que cria formas e volumes.

Castanheira - Helena Carvalhosa

Helena Dias Sardenberg, a artista multimídia entrou no mundo das artes como estilista de alta costura. Inspirada na cultura japonesa utilizou a seda para criar peças únicas e contemporâneas e para se inspirar em novas produções. Foi utilizando a seda que começou a encontrar novas formas e formatos em suas obras. Dias Sardenberg traz um painel produzido com técnica mista – acrílico, óleo, sedas antigas e colagens em “HOT COFEE, LAND OF RHYTHM… humrum”.

 

Isabel de Jesus pensou em seguir vocação religiosa, no entanto, acabou optando pela enfermagem. Mas foi em 1964 que foi descoberta como artista por Iracema Arditi, uma das maiores artistas autodidata na pintura naif no Brasil. Em apenas dois anos desde que abraçou a arte de pintar, realizou sua primeira exposição individual e daí ganhou o mundo com exposições internacionais e premiações. A arte de Isabel é única, domina como poucos a técnica do guache sobre papel. Sua obra é citada em vários livros de arte, entre eles “Mestres do desenho brasileiro”, de Jacob Klintowitz (1983), que inclui a artista entre os 27 modernistas brasileiros mais conceituados, como Aldemir Martins, Volpi, Di Cavalcanti, entre outros. Isabel estará em“Evocações” com “A arte de Isabel de Jesus”.

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Lucy Villa-Lobos, a artista plástica abre “Olhares (Im)Perfeitos”. Nessas produções, o ritmo, as repetições obsessivas do gesto e da marca aludem, segundo a artista, ao impacto causado a ela pelos têxteis de Guiné-Bissau durante sua residência neste país, no final da década de 1980, como também de diversas regiões do mundo pelas quais a artista já percorreu.

 

Exposição “Evocações. Doze artistas mulheres e as múltiplas linguagens criativas”
Abertura: 30 de abril de 2016 –15h /Encerramento: 05 de junho de 2016

 

SERVIÇO
Museu Afro Brasil
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n  /Parque Ibirapuera – Portão 10 (acesso pelo portão 3) – São Paulo – www.museuafrobrasil.org.br
Horário de funcionamento: de terça-feira a domingo, das 10h às 17h, com permanência até às 18hs.
Ingressos: R$ 6 – Entrada gratuita aos sábados.

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