Artista visual Néle Azevedo celebra a condição humana
As figuras são antropomórficas e alongadas [feminina e masculina]. As esculturas serão dramaticamente iluminadas, acentuando o gotejamento, rachaduras e quebra do gelo. Elas se fundem suspensas por fios e o som do derretimento é amplificado por microfones instalados em alguns vasilhames, como panelas, baldes e vasilhas de metal. O desenho de luz fica a cargo de Mirella Bandi e o som, de Dino Vicente.
A instalação/performance alude a um estado provisório, a uma suspensão do corpo em relação ao chão, a um estado de estar em algum lugar sem realmente estar lá. Enquanto derretem, evidenciam não apenas a fragilidade e o efêmero, mas também um estado provisório de passagem, de transição, do intermediário. A temporalidade das figuras de gelo suspensas recorda nossa condição humana tanto do ponto de vista da subjetividade quanto do coletivo. Pelo derretimento dos corpos e pela expansão do som, a obra traz à tona os conflitos entre a temporalidade humana e a temporalidade expressa pelo ritmo da vida contemporânea: questões do corpo, da existência, da subjetividade e do espaço.
As imagens da intervenção urbana criada por Néle Azevedo foram registradas por TVs, jornais e pelo público em geral e tornaram-se mundialmente conhecidas. Desse modo, o “Monumento Mínimo” alcançou um papel importante na história da arte urbana contemporânea, sendo incluído em diversas publicações internacionais. www.neleazevedo.com.br/publicacoes-publications
Estado de suspensão / Suspended State de Néle Azevedo
o quê: instalação/performance
quando: 28 de junho de 2019 [sexta-feira], 18h
onde: em frente ao Theatro Municipal de São Paulo
FB: /nele.azevedo
insta: @nelezevedo