Rochelle Costi, nascida em Caxias do Sul em 1961, foi uma artista multimídia que trabalhava com fotografias, vídeos e instalações. Suas obras frequentemente apresentavam ambientes domésticos ou cenas cotidianas sob diferentes pontos de vista, por vezes causando certo estranhamento e desconforto, sensações que nos prendem em suas imagens e nos fazem refletir sobre elas. A percepção do espectador é ativada pelo estranhamento ou pela identificação com os elementos apresentados.
Formou-se em comunicação social pela PUC/RS, Porto Alegre, em 1981.
No ano seguinte, permanece seis meses em Belo Horizonte, frequentando ateliês de arte na Escola Guignard e um curso de extensão sobre processos fotográficos do século XIX na Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.
De volta a Porto Alegre, faz instalações com fotografias e objetos que coleciona, tais como cinzeiros, malas, vidros e lâmpadas.
Em 1983, realiza a mostra individual “Tentativa de Vôo”, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli – Margs e, a partir de então, expõe em outros Estados do Brasil.
Em 1988, muda-se para São Paulo, onde trabalha com fotografia editorial.
Vive em Londres, entre 1991 e 1992, período em que estuda na Saint Martin School of Art e na Camera Work.
A atuação em jornais e revistas lhe possibilita o contato com ambientes diversos, o que estimula suas pesquisas sobre espaços privados e tem como resultado séries fotográficas em que registra fachadas e interiores de casas.
Participa da 24ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1998, e das 6ª e 7ª Bienais de Havana, em 1997 e 1999, entre outras mostras internacionais.
Em 1997, recebe o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Fundação Nacional de Arte – Funarte e, três anos depois, a Bolsa de Artes da Fundação Vitae. Dentre as suas exposições coletivas tem participação em 2007.
Em 2009 participa da Bienal de Cuenca no Equador.
Rochelle Costi morreu aos 61 anos em São Paulo, dia 26 de novembro de 2022, vítima de atropelamento em frente ao Museu da Imagem e do Som, na Zona Oeste de São Paulo, onde expunha na mostra “Arte é Bom – a exposição onde tudo pode”.
Em sua carreira destacam-se as exposições no Museu de Arte Moderna de São Paulo, no Centro Cultural São Paulo, no Museu da Imagem e do Som (São Paulo), no Espaço Cultural Casa da Ribeira, Sala Petrobrás Artes Visuais (Natal), no Paço Imperial (Rio de Janeiro), nas 24ª e 29ª Bienal Internacional de São Paulo, na 11th International Architecture Exhibition (Veneza), na I Bienal del Fin del Mundo (Ushuaia), na Pinacoteca do Estado de São Paulo, na Neuer Berliner Kunstverein (Berlim), no Centre de la Vieille Charité (Marselha), no Walker Art Center (Minneapolis), no El Museu del Barrio (Nova York), no Centro de Arte Reina Sofia (Madri), nas 6ª e 7ª Bienal de La Habana, na Fundación La Caixa (Barcelona).
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