Artista da Semana

Beatriz Milhazes e sua arte geométrica


Beatriz Milhazes nasceu no Rio de Janeiro, em 1960. Aos 20 anos, iniciou-se nas artes plásticas na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, local que mais tarde lecionaria e coordenaria as atividades culturais.

Além de pintora, é gravadora, ilustradora e professora. É um dos mais destacados nomes da arte contemporânea no Brasil.

Aos 24 anos, a artista participou da exposição “Como Vai Você, Geração 80?, no qual 123 artistas utilizaram seus trabalhos para questionar a ditadura militar, além de apoiarem o período de democratização do Brasil. A coletiva foi realizada no ano de 1984, na Escola de Artes do Parque do Lage.

Desde os anos 1990, a artista se destaca em mostras internacionais nos Estados Unidos e na Europa e integra acervos de museus como o Museum of Modern Art (MoMa), Solomon R. Guggenheim Museum e The Metropolitan Musem of Art (Met), em Nova York, do Museo Reina Sofia, em Madrid, entre outros.


Estilo artístico

Beatriz Milhazes tornou a cor um elemento de grande importância em suas obras, na qual apresenta formas circulares integradas com quadrados, flores, arabescos e listras.

Na opinião do crítico Frederico Morais (1936), Milhazes revela, desde o início da carreira, a vontade de enfrentar a pintura como fato decorativo, aproximando-se da obra de artistas como Henri Matisse.

Além disso, a artista tem grande interesse pela profusão da ornamentação barroca, sobretudo pelo ritmo dos arabescos e pelos motivos ornamentais.


Banner Instaarts - Transforme

“Eu me considero uma artista geométrica. Sempre quis fazer um tipo de tour com o olho, uma coisa de intensidade e movimento que não tivesse um centro ou um ponto de parada. E o círculo surgiu daí. Ele tem a coisa do infinito, de nunca ter um fim. Só que, como você pode fazer parar um círculo, você pode fazer andar uma linha reta. A partir desse raciocínio, introduzi, em 2002, a listra no meu trabalho. É a forma que encontrei com o maior potencial para continuar esse “movimento circular”. Agora, estou começando a fazer os quadrados e as listras dialogarem com os círculos.” – Beatriz Milhazes

Principais obras de Beatriz Milhazes

Carambola, 2008

Mulatinho, 2008

Ice Grape, 2008

Spring Love, 2010

O Mágico, 2001

O Moderno, 2002

Banner Instaarts - Amplie

Curiosidades sobre Beatriz Milhazes

1) Beatriz ganhou fama internacional após participar das bienais de Veneza (2003), de São Paulo (1998 e 2004) e de Shangai (2006).

2) Em 1997, ilustrou o livro As Mil e Uma Noites à Luz do Dia: Sherazade Conta Histórias Árabes, de Kátia Canton.

3) Sua obra “O Mágico”, pintada em 2001, foi vendida em um leilão da Sotheby, em Nova York, em 2009, por 1,049 milhões de dólares. A obra “O Moderno”, de 2002, foi comprada em Londres por 1,1 milhão de dólares. A tela “Meu Limão” foi arrematada, em 2012, por 2,1 milhões de dólares na Galeria Sotheby’s, em Nova York.

Meu limão, 2000

4) Optou por não ser mãe. Em entrevista ao Jornal O Globo, a artista afirmou que: “Todas as vezes em que me perguntei se queria [ser mãe], a pergunta em seguida era ‘por que faria isso?”, revela ela, que foi casada com o arquiteto Chico Cunha por dez anos. “Não vim ao mundo para ser mãe. Sou uma feliz supertia”, define, referindo-se a Tomás, 18 anos, filho de sua irmã, a coreógrafa Márcia Milhazes.

5) A partir dos anos 90, a pintora teve grande destaque em mostras internacionais nos Estados Unidos e na Europa. Suas obras passaram a fazer parte dos acervos de alguns museus, entre eles, o Museum of Modern Art (MoMa), o Guggenheim e o The Metropolitan, em Nova York, como também na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa e na Fondation Cartier, em Paris.


Veja também


Não foi possível salvar sua inscrição. Por favor, tente novamente.
Sua inscrição foi bem sucedida.

Fontes


Não foi possível salvar sua inscrição. Por favor, tente novamente.
Sua inscrição foi bem sucedida.
Equipe Editorial

Os artigos assinados pela equipe editorial representam um conjunto de colaboradores que vão desde os editores da revista até os assessores de imprensa que sugeriram as pautas.

View Comments

Recent Posts

Chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul: A expectativa de retomada em 2025

As intensas chuvas e enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul entre…

44 minutos ago

O Mercado de Arte em Declínio

Resumo O mercado global de arte passou por uma retração significativa, com o faturamento em…

4 horas ago

Museus-Casas de São Paulo celebram o mês dos Povos Originários

Mês dos Povos Originários inspira a programação de abril da Casa Mário de Andrade e…

1 dia ago

Instituto Tomie Ohtake apresenta exposição de Sonia Gomes no MAC Bahia

O Instituto Tomie Ohtake viaja para Salvador (Bahia) junto da artista mineira Sonia Gomes para…

1 dia ago

MASP apresenta exposição individual de Hulda Guzmán

O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, a partir de…

1 dia ago

MASP inaugura programação do Vão Livre com instalação interativa de Iván Argote

O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand recebe, a partir de…

2 dias ago