Rubem Valentim foi um renomado artista brasileiro, nascido em 1922 em Salvador – Bahia e falecido em 1991 em São Paulo – SP. Sua arte abrange uma fusão distintiva de elementos da cultura afro-brasileira e referências da arte moderna. A obra de Valentim é reconhecida por suas formas geométricas, uso de cores vibrantes e símbolos inspirados na cultura africana e nas religiões afro-brasileiras, como o candomblé e a umbanda.
As principais características de suas obras incluem a presença marcante de símbolos religiosos, como o círculo, o quadrado e o triângulo, que são elementos recorrentes em sua expressão artística. Seu estilo único e sua interpretação visual da espiritualidade têm atraído atenção tanto no Brasil quanto internacionalmente.
Durante sua carreira, produziu uma série de obras de arte significativas, incluindo pinturas, esculturas e gravuras que refletem sua busca por uma linguagem artística que unisse suas influências africanas com a estética moderna. Sua contribuição para o panorama artístico brasileiro foi marcada pela incorporação de simbolismo religioso em formas contemporâneas, o que o estabeleceu como um dos artistas mais importantes do movimento construtivista no Brasil.
Além de sua carreira como artista, é importante mencionar que ele também atuou como professor e deixou um legado significativo no ensino das artes plásticas no Brasil. Sua influência persiste até os dias atuais, com suas obras sendo exibidas em galerias e museus ao redor do mundo, garantindo seu lugar de destaque na história da arte contemporânea brasileira.
Suas obras já foram expostas em grandes mostras e instituições, como o Museu de Arte Moderna da Bahia e a 14ª Bienal de São Paulo (Brasil), além de importantes acervos, como o do Museu de Arte Moderna da Bahia, Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro), do Museu de Arte de Brasília, e o da Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Durante a 35ª Bienal de São Paulo, em 2023, o público pôde contemplar a instalação completa ‘Templo de Oxalá’ de Rubem Valentim. De acordo com a curadora Horrana de Kássia Santoz, “A presença integral do ‘Templo de Oxalá’ na 35ª Bienal de São Paulo concretiza o pensamento e o legado do artista. O templo é a celebração e a manifestação de uma poética visual brasileira, que estabelece a riscadura brasileira, uma identidade mobilizadora de insígnias geométricas e elementos simbólicos para expressar suas conexões entre o físico e o metafísico. O templo é um ato que cinde o tempo, é como flecha que nunca tarda.”
Em 2022, em celebração ao centenário do artista, a Pinakotheke São Paulo fez o lançamento do livro “Rubem Valentim (1922-1991) – Sagrada Geometria”. O livro contém, além de um acervo de obras e a biografia de Valentim, depoimentos sobre o artista e sua obra escritos por personalidades da arte como Ferreira Gullar, Giulio Carlo Argan, Theon Spanudis, Roberto Pontual, Clarival do Prado Valladares e Emanoel Araújo. A apresentação ficou por conta de Max Perlingeiro, e o texto de Bené Fonteles, amigo mais próximo e que acompanhou por duas décadas Rubem Valentim, extraordinário artista, que fez do sagrado sua vida e obra.
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