Claudia Seber é uma artista brasileira, nascida em São Paulo no ano de 1968. Terapeuta Ocupacional de formação, sempre teve a Arte como premissa de suas atuações profissional e pessoal.
Em meados dos anos 90 iniciou um curso de joalheria autoral e em um curto espaço de tempo passou a dedicar-se integralmente a essa arte desenvolvendo projetos e ministrando aulas em diversas escolas de São Paulo e em seu próprio atelier.
Dos 25 anos transcorridos na joalheria e com intenso interesse pelo processo de criação tanto em termos técnicos quanto como canal de expressão pessoal e coletiva, Claudia seguiu pelo viés da Arte para ampliar a escala da joia e criar esculturas inicialmente com o refugo deste trabalho.
Compreender a Arte enquanto um canal de expressão e ressignificação também pessoal foi o ponto de partida para a artista iniciar sua pós-graduação em Arteterapia e Psicologia Analítica e assim ampliar e concretizar seu desejo de um projeto de Oficinas Criativas.
A presença em diversas exposições na cidade de São Paulo e finalista em seu primeiro concurso de Arte Design, Reflexão Arte Hoje (2017) alimentaram o gosto pelo estudo e pesquisa de novos materiais. A premissa da formação artística aliada a curiosidade, persistência, mas sobretudo à sensibilidade e reverência à Arte somam-se em seu trabalho.
Inserida em seu universo profissional tendo sempre a arte enquanto agente transformador da alma humana, o resgate da materialidade circundante é o cerne de seu trabalho. Aliar essa ressignificação material a um pensamento conceitual, coletivo e auto expressivo compõe a singularidade de suas criações.
Os elementos que constituem seu ponto de partida estão alinhados entre: prática terapêutica a mais de 25 anos de criação e confecção de joias autorais; resgate da individualidade e a práxis humana concomitante ao resgate material.
Unir estética e simbolicamente o refugo da joalheria ao refugo das ruas e da vida cotidianas tece sua prática artística. Aguçar percepções, emoções e ampliar o espaço imaginativo como canal de consciência é o que tange a compreensão e intenção de seu trabalho.
“Juntar e trabalhar com o refugo da joalheria de uma forma diferente e em uma dimensão bem maior do que a joia, ocorreu em paralelo a um período muito desafiador da minha vida”, diz Claudia.
“Mais tarde e após minha pós graduação em arteterapia compreendi que minha insatisfação também profissional tinha sido reciclada e ressignificada não só pelo uso que dei ao “resto” do material da joalheria, mas igualmente ao novo trabalho que surgia a minha frente”, completa a artista.
Incorporar novos materiais às esculturas foi apenas uma questão de tempo, conservando sempre a premissa do descarte e da ressignificação. Pessoal e profissionalmente ressignificar passou a ser o cerne de suas produções.
A escultura exige conhecimento e rigor técnico na composição de materiais muito divergentes entre si. No uso da técnica de assemblage, a artista não se me contenta com as fixações simples, com as bases prontas, com o caminho fácil. Há nelas um misto da técnica da joalheria, da metalurgia, do trabalho com vidros, madeira, plástico, dentre outros.
Por fim, conclui Claudia: “Incorporei a todo esse conhecimento técnico, emoção, ideia, conceitos, cores, movimento, mas acima de tudo, intenção. E assim surgiram as esculturas, muitos e muitos anos mais tarde, numa dimensão bem diferente da joia”.
Arrancado em um duelo, Hórus teve seu olho esquerdo substituído por um amuleto que não lhe permitia a plena visão. Por isso este olho passou a ser representado pela Lua, simbolizando a energia feminina dos sentimentos, da intuição e da capacidade de “enxergar” sem se ver, o lado espiritual da vida.
Representando a informação concreta, numérica e simbolizado pelo sol, o olho direito passou a integrar o universo masculino compondo, juntamente com o olho esquerdo, o equilíbrio e a totalidade da vida.
Hórus foi composta intuitivamente afim de representar minha visão acerca do mundo e deste momento. Inicialmente com o nome “Como vejo o Mundo”, incorporei elementos que representassem o tempo, o movimento cíclico, contínuo e o alimento “espiritual” vindo do céu representado pelos grãos de arroz presentes dentro da mangueira. Coincidentemente em minhas mãos surgiram o mito de Hórus e imediatamente o paralelo compôs-se diante de meus olhos.
Lançarmo-nos à sorte, guiados pelos sentidos, pelos sons vibrantes, pelos movimentos, pelo não dito, pelo concreto, é descobrirmos e tangermos a totalidade da Vida.
Quixote nasceu de uma lembrança, destas tantas que nosso caminhar colore o que dantes se estampava em sépia em nossas vidas. Altivo e confiante, à mão esquerda a chave porta. Na direita, mastro sem bandeira à procura de seu porto ainda incógnito.
As palavras estampadas no moinho lançam pistas mesmo que não descrevam as respostas.
Deslumbra-se então nosso eterno caminhar…
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