Dossiê

Fernanda Eva e a natureza através da arte


Fernanda Eva é uma artista plástica luso-brasileira. Suas formações artísticas abrangem: pintura pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo; História da Arte na FAAP e mestrado em poéticas visuais pela ECA – Universidade de São Paulo (2010). Além disso, também é formada nas áreas de marketing, fotografia, teatro e dublagem.

Sem pretensões profissionais, a artista começou a pintar aos 25 anos. O que antes era apenas um hobby, se tornou uma paixão. Fernanda buscou de diversas formas estudar arte, fazendo da mesma o foco principal da sua vida profissional. Hoje, seus ateliês estão situados em São Paulo – BR, e em Algarve – Portugal.

Suas primeiras obras estavam centradas em paisagens que lhe chamavam atenção e, logo em seguida, esses mesmos locais junto a animais típicos do Brasil. O Jaguar, uma onça brasileira, é um animal recorrente em suas pinturas.

Nos anos de 2015 e 2016, Fernanda Eva fez residência artística em Portugal, onde desenvolveu uma série onde a temática central eram os azulejos portugueses acompanhados de animais, monumentos, personagens e paisagens locais. De volta ao Brasil, a artista desenvolveu uma série semelhante, onde os mesmos azulejos eram representados junto a animais e paisagens tipicamente brasileiras.

Fernanda Eva - Vista da Sala Dinamarca, 2018Fernanda Eva - Vista da Sala Dinamarca, 2018
Fernanda Eva – Vista da Sala Dinamarca, 2018

Em 2017 morou em Paris e começou a fazer viagens para retratar as paisagens locais. Em 2018 fez residência artística na Dinamarca, trazendo em suas pinturas belos campos e também a arquitetura local.

Fernanda Eva – Entre a Cidade e o Campo, 2019-2020

Já no ano de 2019, a artista foi fazer residência artística nas montanhas de Algarve, apaixonou-se tanto pelo local que decidiu permanecer por mais tempo e desenvolver uma nova série que retrata o desenvolvimento do lado animal do ser humano.


Entrevista com o Arteref

Quais eram suas inspirações no início da carreira?

O fato de eu pintar animais começou ao acaso, com as inspirações do meu cotidiano. Além de eu viajar demais, frequentar vários locais de preservação e observar diversos cenários, minha mãe também era veterinária, e com essas influências do meio comecei a pintar paisagens e com elas os bichos.

Antes de encontrar essas inspirações na natureza, eu só fazia retratos. Agora, eu adoro essa temática dos bichos e continuo os representando em minhas pinturas. Amo quando faço esses animais e eles ficam bonitos; eu vejo o brilho dos olhos deles, e isso traz para mim e para o espectador a sensação de que ele está nos encarando.

Fernanda Eva e Happy Art Parade, 2018

Há metas que você ainda quer alcançar na sua carreira?

Eu quero continuar aqui em Portugal pintando muito, desenvolvendo minhas séries e vivendo de arte. Quero poder ser uma pessoa conhecida pelo público, para que minhas obras estejam na parede das pessoas, afinal, elas são pintadas para serem vistas. Não tem graça pintar e deixar meus quadros guardados; minhas obras são para ser apreciadas.


Onde você se enxerga no futuro?

No futuro eu espero estar em um patamar inalcançável por alguns.


Análises das obras de Fernanda Eva

Série Azulejos Portugueses

Fernanda Eva – Bode, 2015

Em 2016 fui para Portugal fazer uma residência artística, e lá comecei a observar o entorno. O que mais que você vê em Portugal a não ser os azulejos?! E aí surge a série dos Azulejos Portugueses, onde eu só pintava bichos típicos do país. No caso, esse bode eu fotografei atrás dos montes.


Série Animais na Arte

Fernanda Eva – Guto Lacaz

Essa obra faz parte da minha terceira série chamada Animais da Arte. Nela eu brinco com a palavra “animal”, que é também uma gíria brasileira para dizer que a pessoa é exímia, excelente naquilo que faz.

A obra personifica o título da série. Temos, literalmente, animais no quadro e, metaforicamente, um pintor “animal”, admirável, talentoso.


Série Paraísos

Fernanda Eva – Paraíso II, 2010
Fernanda Eva – Paraíso III, 2010

Nessa série chamada Paraísos eu abordo desde a ideia retratada pelos colonizadores até o conceito do paraíso mitológico habitado por Adão e Eva.

Nessas obras em especifico eu faço alusão ao meu sobrenome “Eva” e me represento como Eva no Paraíso – me referindo a toda temática presente no mito. Nelas, eu estou inserida em diversas situações paradisíacas, que representa, de forma lúdica, o encanto e o livre arbítrio da imaginação do público sob o cenário. 


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