Depois de estudar arquitetura, Karllos Mota começou a desenvolver sua própria prática de pintura com foco no figurativo. Seu estilo único é caracterizado por geometrias ousadas e cores fortes, criando personagens que fogem do comum.
Na série de paisagens o artista nos mostra que seu estilo também se estabelece nesta categoria de pintura, onde nos mostra imagens fantásticas e oníricas.
Qual foi sua primeira experiência com arte? O que te fez querer ser artista?
Desde a infância começei a desenhar, mas com a pintura foi a partir da conclusão da faculdade de arquitetura. Pintei alguns quadros para decorar as diversas paredes do escritório em 1992.
Poderia nos falar um pouco sobre seu estilo artístico? (estilo, técnica, métodos específicos)
Eu tenho uma relação de amor com a pintura; gosto de viver em ambientes que possuam muitas obras nas paredes, então ao pintar existe a ideia de ser um trabalho com o qual se queira conviver diariamente, que seja interessante, equilibrado, que transmita uma emoção boa.
Meu estilo reflete minhas experiências de vida. No início, minhas pinturas eram de figuras humanas em formas mais fluidas e sensuais, decorrentes de meus desenhos à mão livre, depois de muitos anos trabalhando em projetos de arquitetura usando o computador como ferramenta de desenho, passei a uma pintura geométrica semi-abstrata, e mais recentemente meu trabalho faz uma síntese das duas fases anteriores, ou seja volto à figuração mas permaneço com o traço bastante geométrico, o que se aplica também às pinturas de paisagens, em todo esse percurso as cores sempre foram bem fortes, esta é uma característica que marca toda minha produção.
Meu processo criativo se divide em duas fases, na primeira fase o desenho é feito no computador, processo bem racional. Depois que o desenho está pronto e passado para a tela vem a segunda fase que é a pintura, esta é totalmente intuitiva e emocional, onde a sensibilidade vai conduzindo e direcionando as ações de pintura.
Existem temas, mensagens, teorias ou influências importantes em seu trabalho?
Em termos de influências, é difícil enumerar, porque são muitas, creio que toda arte que me impactou em algum momento deixou alguma influência, afinal nós temos toda a arte que já foi produzida para usufruir, e a minha relação com este passado não é de negar e ficar procurando algo “novo” para fazer, não, minha relação com o passado é de aprender com ele. A pintura egípcia antiga por exemplo, eu gosto muito, ela cumpre perfeitamente a função proposta além de ter uma força estética enorme.
Meu trabalho tem a característica do colorido muito forte e marcante, de modo que se pode facilmente dizer que tem influência do fauvismo, e também de vários artistas brasileiros que admiro, que utilizaram a cor de modo muito pessoal, como a Tarsila do Amaral, na fase ‘Pau brasil’; o Alfredo Volpi, grande colorista, onde também a textura de suas pinceladas enriqueceram e deram grande personalidade a sua obra; a Tomie Ohtake, que sobrepunha as cores na tela em muitas camadas, que então ganha uma multidimensionalidade incríveis. Eu penso que reconhecer a maestria destes artistas, aprender com eles, somado à nossa própria experimentação são fundamentais para a minha evolução como artista.
Escreva uma citação / frase pessoal que melhor o descreva como artista
Meu trabalho reflete minha história e o que admiro em em termos de arte, me inspiro em tudo que vi, vivi, imaginei ou sonhei.
Como foi seu ingresso no mercado internacional de arte?
A partir da criação do meu perfil no Instagram, comecei a postar fotos dos meus trabalhos, e em outubro de 2019, eu recebi um e-mail da galeria online Singulart, que tem sede em Paris e grande penetração no mercado internacional, foi um fato inesperado e que me deixou muito feliz, principalmente pela visibilidade que meus trabalhos passaram a ter: em um ano foram visualizados por mais de sessenta e cinco mil amantes das artes de todo o mundo, isso é maravilhoso, inimaginável sem a internet.
O costume das noivas pomeranas se casarem de negro vem provavelmente do período medieval, quando as noivas eram forçadas a se deitarem com os senhores feudais – donos das terras – antes de o fazerem com seus noivos.
Esta pintura é muito representativa do estilo de Karllos Mota, um figurativo geométrico cujas figuras têm características muito particulares, que são inconfundíveis, mostra um banhista numa praia bastante agreste, um tema que Karllos tanto explora, pois vive em frente a uma dessas praias.
Nesta pintura, Karllos Mota mostra-nos que o seu estilo inconfundível está também estabelecido na pintura de paisagens. Aqui está uma obra originada da fantasia ou do sonho, que pouco tem da paisagem real, mas que continua a nos mostrar o gosto do artista por cores fortes e muito expressivas.
O REDENTOR, aquele que redime, resgata, liberta, é o título desta obra de Karllos Mota, onde representa o Cristo ressuscitado sobre um fundo onde se pode ver uma cruz inspirada nos vitrais das catedrais.
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