Thais Stoklos (1978) nasceu na África do Sul e reside em São Paulo. A artista é formada em Pedagogia (2000) pela PUC-SP e pós-graduada em Imagem e Som pelo Senac (2005).
Thais participou do workshop “A construção do Objeto”, com os designers Fernando e Humberto Campana (2000), e também integrou o grupo Notechdesign, produzindo peças de design e ministrando workshops.
A artista cursou “História da arte” com Rodrigo Naves, “Ilustração” com Fernando Vilela (2008), “O Processo Criativo” com Charles Watson (2010), “O Campo Expandido do Desenho” na Slade School of Fine Arts em Londres (2016), ilustrou peças gráficas e livros infantis pela editora Equador, criou cenários teatrais, e vídeos documentais para os Irmãos Campana e Maria Bonomi.
Além dos trabalhos e projetos citados anteriormente, Thais participou do grupo de Acompanhamento de Projetos com Pedro França no MAM (2015). Atualmente participa do grupo de Acompanhamento com Nino Cais, Carla Chaim e Marcelo Amorim no Hermes Artes Visuais.
Com o intuito de saber mais sobre a artista que iriamos representar essa semana em nosso site, a equipe do Arteref fez uma breve entrevista com a artista Thais Stoklos.
Durante a entrevista, foi perguntado a Thais o que a influenciou em sua carreira como artista, como ela lida com suas criações e o que caracterizava sua arte, e a artista nos respondeu:
Venho de uma família que sempre me levou ao encontro das artes em geral. Desse modo, sempre pude interagir com essas vivências. Comecei mergulhando mais profundamente na linguagem das artes plásticas através da experimentação de objetos com os designer Irmãos Campana em 1999.
Desde lá, o meu trabalho se dá a partir de diversos materiais extraídos do meu cotidiano: linhas, papéis, galhos, tecidos, vidros e pedras são combinados, resultando em novas formas de se observar a construção de uma paisagem, por fim crio um diálogo entre o natural e o artificial.
Thais Stoklos continuou a entrevista nos contando que a partir destes materiais simples e sem valor econômico, ela explora efeitos de luz, sombras, cor e volume, que são criados a partir dos mesmos.
Eternizando a importância do sutil, entre a fugacidade do contemporâneo, os novos arranjos criados por ela fogem da utilidade original, criando um objeto à parte, relacionado com o tempo e espaço.
No decorrer da entrevista, pedimos para que Thais fizesse a análise de algumas de suas obras para que o público entendesse a sua linha de trabalho, a artista então começou com um trabalho que não possui titulo, mas foi feita pela mesma atualmente em 2019.
Esse trabalho é uma fotografia onde sugiro uma certa semelhança de formas naturais e humanas. Um gesto simples, que faz surgir uma simbiose e interdependência entre duas naturezas e a presença de dois corpos que se inter-relacionam.
Esse é um trabalho de uma grosa sobreposição de tules amarelos e roxos. Segue um trecho do texto critico escrito por Carollina Laureano:
“A partir das cores disponíveis nos materiais de uso cotidiano que interessam sua pesquisa, a artista estabelece relações de oposição e contradição entre os trabalhos aqui apresentados: presença e ausência, noite e dia, excesso e minimalismo, natural e artificial, volume e espessura, energético e esmorecido. Com imagens que caminham entre a representação e a abstração, Thais joga com os contrastes tanto cromáticos, quanto das sensações e sentimentos duais que caracterizam o ser humano.”
Vem ni Mim é uma instalação criada a partir de sobras de espumas. Crio uma articulação de um material simples e perecível e instalo ela no espaço. Sugiro uma interação com sua própria fisicalidade e dimensão.
Casulos e Sonhos são esculturas feitas de tules. Formas e volumes se apresentam fixadas nas paredes, evidenciadas suas cores vivas e formas orgânicas. Algo de instintivo e de efêmero.
Texto do curador Renato De Cara:
A água anônima sabe todos os seguedos. (…) Em vista dessa necessidade de seduzir, a imaginação trabalha mais geralmente onde vai a alegria, no sentido das formas e das cores, no sentido das variedades e das metamorfoses, no sentido de um porvir da superfície.” – Gaston Bachelardm em A Água e os Sonhos.
Como primeira convidada a ocupar o Corredor de Cima da Virgílio, a paulistana Thais Stoklos traz para sua residência e exposição a série de objetos e pinturas em tecidos variados, onde cores, brilhos e transparências constroem um universo lirico, como se estivéssemos nas profundezas de um oceano.
Ao mergulharmos em sua poética, cheia de volumes e sugestões de seres abissais deixamos nos levar pelos mistérios das variedades e descobertas onde o ambiente e os contrastes dos pigmentos recriam formas desconhecidas para aqueles que vivem na superfície.
É preciso ir até o fundo para resgatarmos a vitalidade necessária para sobrevivermos aos tempos de mudanças antagônicas, entre a ética e o caráter vigente, e procurarmos manter o equilíbrio.
O Corredor de Cima da galeria passa a ser ao mesmo tempo residência e espaço expositivo para mostrar novos nomes os quais gostaríamos de estar apresentando ao mercado, tão ansioso em reconhecer o novo. Para isso contamos com o olhar apurado de Izabel Pinheiro e Renato De Cara, marchand e curador, reconhecidamente lançadores de talentos.
A cada edição, artistas e trabalhos que não necessariamente serão representados pela galeria, mas que já em um processo consistente, terão a oportunidade de propor uma imersão em suas poéticas artísticas.
Principais exposições:
Além de participar de cursos sobre arte contemporânea com Pedro França, Laura Belém, Charles Watson, Rodrigo Naves e Paulo Herkenhoff.
Ter visibilidade é fundamental para que você consiga comercializar a sua arte e construir uma…
Os 10 mestres do autorretrato reunidos aqui são aqueles artistas que tiveram um volume considerável…
Olympia (1863) é uma obra controversa feita pelo pintor francês Édouard Manet. O quadro, que…
Uma obra de arte inserida no espectro religioso pode variar de conceito se analisarmos o…
Você sabia que a rainha Elizabeth II já visitou o Brasil? E não foi uma visita em…
O hiper-realismo é derivado do fotorrealismo, e teve sua origem na segunda metade do século XX. A…