A Emparedada da Rua Nova no SESC Ipiranga

Por Paulo Varella - março 5, 2018
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No dia 7/3 o Sesc Ipiranga recebe como parte da “MITbr – Plataforma Brasil” – eixo de espetáculos dentro da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo 2018 -, o solo de dança “A Emparedada da Rua Nova“. O espetáculo, que conta com duas sessões no mesmo dia – uma às 20h e outra às 22h -, é baseado na obra homônima do pernambucano Carneiro Vilela, e conta a história da assombração que ronda o velho Recife até os dias atuais.

O solo

“A Emparedada da Rua Nova” é um espetáculo de dança levada à cena pela intérprete e coreógrafa Eliana de Santana, que faz referência à obra literária homônima do escritor pernambucano Carneiro Vilela (1846-1913). O livro relata o caso de uma jovem que é emparedada viva em seu próprio quarto, a mando do pai, para preservar a honra e encobrir a vergonha familiar.

Embora este romance retrate com vivacidade os costumes da sociedade recifense do final do século XIX, é o seu desfecho macabro, o relato do emparedamento, que ajuda a criar esta lenda urbana. Acredita-se ainda hoje que essa história realmente pode ter acontecido. Fala-se da presença da morta, contam-se histórias sobre ruídos estranhos e gemidos na casa da rua Nova, a assombração da Emparedada ainda ronda o velho Recife.

Estes rumores, essas histórias contadas entre as gerações, inspiram a construção deste trabalho: violências, lembranças, aparições, presenças momentâneas, espectros, fantasmas. A possibilidade de um corpo além, um corpo “fluidificado”. Uma investigação, no corpo e na cena, sobre a condição feminina, sobre o tema da morte, do amor e do sobrenatural.

Sinopse

No solo de dança “A Emparedada da Rua Nova”, Eliana de Santana se inspira no ambiente de mistério que envolve a obra de Carneiro Vilela e a imaginação popular. Velas iluminam todo o espaço, há um corpo e uma parede, um corpo murado. Ao entrar no espaço a plateia recebe um copo de água, é convidada a beber a morta. A personagem emparedada dança. Uma música fala de amor. Silêncio. A personagem ainda dança. Outra voz canta o amor. Há uma aparição e depois um fim. Apagam-se as velas.

MITbr – Plataforma Brasil

A MITbr – Plataforma Brasil inaugura um novo eixo fundamental na Mostra Internacional de Teatro de São Paulo – MITsp 2018. Programa de internacionalização das artes cênicas brasileiras, a ação acontece, nessa edição, como um projeto piloto, visando promover um conjunto de onze produções contemporâneas nacionais que foram destaque entre 2017 e início de 2018. Com curadoria de três experts da área – Welington Andrade, Christine Greiner e Felipe Assis – os espetáculos selecionados serão convidados para se apresentarem na quinta edição da MITsp para programadores de festivais nacionais e internacionais. A iniciativa representa um passo importante para a expansão do reconhecimento do teatro brasileiro no cenário internacional, fomentando sua circulação e visibilidade.

Ficha técnica

Direção Geral e interpretação: Eliana de Santana

Performer convidado, criação de luz e espaço cênico: Hernandes de Oliveira

Trilha sonora e Figurinos: Eliana de Santana e Hernandes de Oliveira

Operação de luz e som: Rodrigo Eloi Leão

Produção: E² Cia de Teatro e Dança

Duração: 40 minutos

Faixa etária: 14 anos

Serviço

A Emparedada da Rua Nova

Quando: 7/3, quarta às 20h e às 21h.

Local: Teatro (200 lugares)

Quanto: R$ 30,00 / R$ 15,00 (meia) / R$ 15,00 (credencial plena)

Sesc Ipiranga – Rua Bom Pastor, 822

Assessoria de Imprensa do Sesc Ipiranga

Gean Carlo Seno

(11) 3340-2035

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sescsp.org.br/ipiranga

facebook.com/SESCIpiranga

@sescipiranga

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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