Exposição ‘Amigos d’O Museu: 80 anos’ é inaugurada no Museu Nacional
A partir de 6 de junho, às 16h30, visitantes irão conhecer a pluralidade de ações
Telas interativas, fotografias e peças curiosas e inéditas do acervo do Museu Nacional fazem parte da exposição temporária “Amigos d’O Museu: 80 anos”. Entre os destaques estão um crânio gigante de jacaré-açu e relíquias de sítios arqueológicos como um utensílio que originou o nome Pão de Açúcar para o monumento natural do Rio. Com a curadoria de Débora de Oliveira Pires, ela é assinada pelo estúdio de experiência criativa Ambos&&. A abertura ao público ocorre no dia 6 de junho, terça-feira, às 16h30, no Museu Nacional.
“Essa é a primeira exposição sobre a Amigos do Museu, criada em 1937 para apoiar o primeiro museu e casa de ciência do Brasil. Escolhemos essa data para o lançamento justamente por ser o aniversário de 199 anos do Museu Nacional”, conta Débora Pires, curadora da exposição e presidente da Associação Amigos do Museu Nacional. Nessa abertura, será lançado o livreto “200 Anos do Museu Nacional”, produzido com a colaboração de diversos funcionários e professores e organizado por Débora para iniciar a contagem regressiva das comemorações do bicentenário. Uma série de outras atividades integra a programação desse dia. A mostra “Amigos d’O Museu: 80 anos” está dividida em três partes, buscando recapitular o histórico da instituição sem fins lucrativos e destacar algumas iniciativas recentes.
Interatividade
A grande mesa central convida o visitante a explorar a pluralidade de temas e ações do Museu Nacional e a atuação diversificada da Amigos do Museu. Esse espaço inclui tela interativa, vídeos, série de fotografias e itens como conchas, insetos, e parte de geodo de ametista. Chamam a atenção uma imensa tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) e um crânio de jacaré-açu (Melanosuchus niger), espécie conhecida por sua mordida mortífera, que foi coletado no Rio Guaporé, em Rondônia, com 4,35m de comprimento incluindo o corpo. A tela interativa apresenta imagens de peças relevantes e ainda desconhecidas do acervo, onde o público toca e conhece as informações. Essa mesa foi projetada em altura acessível para crianças e cadeirantes.
Vida marinha, terrestre e humana
Por ter contribuído para a revitalização da Amigos do Museu, os projetos mais recentes são apresentados como três pilares de sustentação, incluindo peças de uso nos trabalhos e objetos de estudo, fotos e vídeos. A vertente marinha apresenta o Projeto Coral Vivo, voltado para a conservação e uso sustentável dos recifes de coral, destacando esqueleto centenário do coral-cérebro-da-bahia (Mussismilia braziliensis). A terrestre é a Estação Biológica de Santa Lúcia, com o guaxinim-mão-pelada (Procyon cancrivorus) taxidermizado, que foi encontrado morto nas proximidades desse remanescente da Mata Atlântica no Espírito Santo e campus avançado de pesquisas. Esse pilar ressalta a relação estreita entre a Amigos do Museu e o patrono da Ecologia do Brasil, Augusto Ruschi. Já o lado humano é o Programa de Resgate do Patrimônio Arqueológico do Comperj, que traz uma peça chamada pão-de-açúcar e que deu origem ao nome do monumento natural do Rio, entre outras relíquias encontradas em sítios arqueológicos no leste fluminense.
A Amigos do Museu e o Museu Nacional
A Associação Amigos do Museu Nacional comemora 80 anos às vésperas do bicentenário do Museu Nacional/UFRJ. Sem fins lucrativos, foi concebida e é mantida por pessoas mobilizadas pela preservação das riquezas naturais e científicas, que decidiram apoiar as atividades do primeiro museu e casa de ciência do país, criado em 1818. A Amigos do Museu é hoje uma instituição dinâmica, produtora e difusora de informações relevantes para o desenvolvimento da sociedade brasileira, auxiliando na continuidade das exposições e pesquisas do Museu Nacional. Trata-se do maior museu de história natural e antropológica da América Latina, que mantem seu pioneirismo com estudos de ponta e amplo acervo enriquecido constantemente.
Sobre o estúdio criativo Ambos&&
Ambos&& é dirigida por Barbara Castro e Luiz Ludwig e está na incubadora da PUC-Rio: o Instituto Gênesis. É um estúdio de criação em que ambos, criatividade e tecnologia, se complementam em projetos interativos para exposições e eventos. Eles são concebidos a partir de cinco pilares: design, arte, tecnologia, educação e experiência.
Anote
Exposição: Amigos d’O Museu: 80 anos – Conta a trajetória da Associação Amigos do Museu Nacional por meio de tela interativa, vídeos, fotografias e peças inéditas e curiosas do Museu Nacional como o crânio gigante de um jacaré-açu, o esqueleto centenário de coral, e raridades encontradas em sítios arqueológicos no leste fluminense.
Abertura: 6 de junho de 2017, terça-feira, às 16h30, no segundo andar do Museu Nacional.
Em exposição: Até 5 de junho de 2018.
Dias e horários de funcionamento: De terça a domingo, das 10h às 17h. Segunda-feira, das 12h às 17h.
Ingresso: R$ 6 (inteira). R$ 3 (meia) para menores de 21 anos, maiores de 60 anos, estudantes e professores da rede pública. Grátis para crianças com até 5 anos e pessoas com deficiência. No dia 6 de junho, a entrada será gratuita para todos.
Endereço: Museu Nacional, Quinta da Boa Vista, S/N, São Cristóvão, Rio de Janeiro, RJ.
Contatos: (21) 3938-1123 e www.museunacional.ufrj.br.