Aproveitando sua estada no Brasil para uma Residência Artística com o bailarino e ator paulista Marcus Moreno, a artista uruguaia Andrea Arobba compartilha com o público seu novo trabalho, “Aca”, ainda em processo de criação, nesta primeira segunda-feira de julho (1/7), às 19h30, na Oficina Cultural Oswald de Andrade. No solo, a coreógrafa questiona o “uso produtivo do tempo” em contraste à invenção de um universo afetivo em que o encontro se constrói na tentativa de “ser o outro”. A entrada é gratuita.
Tendo como base texto de Pablo Casacuberta, Andrea Arobba dança a fragmentação do tempo pessoal, recheado de incontáveis tarefas e estímulos externos, todos aparentemente imprescindíveis, em contraponto com o tempo de ócio criativo, de escuta interior, observação e investigação.
“Neste incessante fluxo de informações, temos que recorrer a um transe quase hipnótico, que evoque o corpo todo, para recordar e escutar nossa própria voz. Há uma memória corporal que deve ser despertada e que obriga a descartar essa corrente de estímulos”, comenta Andrea Arobba sobre o trabalho.
Diretora do GEN – Centro de Arte e Ciência (gen.org.uy) e docente da Escola Nacional de Dança do Uruguay, Andrea Arobba desenvolve pesquisas de criação que apontam para estudos da neurociência e a história evolutiva do comportamento humano. “Dessa forma, pude confirmar a intuição de que “um” são muitos e que, para se produzir a empatia é necessário indagar, não apenas a partir de um indivíduo, mas, por meio do encontro, tentar ‘ser o outro’”, conclui.
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Serviço
“Aca“, da bailarina e coreógrafa uruguaia Andrea Arobba
Dia 1/7 (segunda-feira), às 19h30
Oficina Cultural Oswald de Andrade – Área de Convivência
(Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro, São Paulo – próx Estação Tiradentes do Metrô – Linha Azul – Tel: 11 3222-2662)
Classificação indicativa: livre
Grátis