Bazares de Silvio Piesco no MIS

Por Paulo Varella - junho 6, 2017
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Bazares, de Silvio Piesco, é a próxima série do Nova Fotografia 2017 no MIS

Imagens trazem cenas típicas do dia a dia de feiras e bazares de remotas regiões asiáticas e africanas. Série inédita orbita em torno das histórias e expressões culturais manifestadas nessas áreas de intercâmbio comercial e ponto de encontro de diferentes grupos sociais

 

 

O MIS, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, inaugura, em 8 de junho, às 19h, a terceira exposição do programa Nova Fotografia 2017Bazares, de Silvio Piesco. A série é composta por dez imagens e fica em cartaz até 23 de julho, com entrada gratuita.

Em viagens realizadas nos últimos oito anos, Silvio Piesco passou pela Etiópia, lá visitou a capital Addis Abeba e inúmeros vilarejos e tribos ao longo do Vale do rio Omo. No continente asiático foi à Mianmar, Tailândia, China e Tibete. Em cada cidade ou tribo, visitou e registrou dezenas de bazares e feiras. A exposição de fotos inéditas Bazares, traz uma seleção de imagens feitas ao longo destes anos e orbita em torno das histórias e expressões culturais manifestadas nestas áreas de intercâmbio comercial e ponto de encontro de diferentes grupos sociais. Nas cenas típicas do dia a dia de feiras e bazares de remotas regiões asiáticas e africanas, o artista proporciona um mergulho em culturas distantes dos olhares brasileiros.

“Desde minhas primeiras viagens o que sempre me fascinou foi o choque cultural. Desde então procuro ir a lugares onde as culturas locais sofrem menos influência da cultura de massa a qual estamos submetidos. Nessa procura, acabei percebendo que os mercados são enormes fontes de cultura local. Neles conseguimos ver de perto como é o cotidiano dessas pessoas”, relata Piesco.  “Quando viajamos, inevitavelmente somos turistas, o que dificulta que tenhamos um contato mais próximo com a realidade local. No mercado também sou um turista, mas consigo me misturar à multidão e assim me torno um observador da vida real e, em algumas vezes, alguém a ser observado”, completa.

Silvio Piesco, que além de fotógrafo é instrumentista, arranjador e produtor, compôs uma trilha sonora que leva o espectador a uma experiência durante seu passeio pela exposição. A trilha é formada por fragmentos de áudios que gravou nos mercados durante as viagens. “Como quase sempre há músicos de rua, esse é um fator predominante na trilha. Mas também há o ruído local, que é formado por vozes, línguas distantes da nossa, novas e curiosas sonoridades”, relata.

Sobre o fotógrafo

Silvio Piesco é músico e fotógrafo. E acima de tudo, um curioso sobre o outro e os fatores transformadores de vidas. Há anos, viaja fotografando rincões do mundo africano e asiático. Já passou por inúmeras cidades e pequenas, vilas da Nepal ao Irã e, de cada viagem, diferentes recortes – os bazares, as moradias, as crianças, os idosos, as manifestações culturais – que, como peças de um quebra cabeça, formam as histórias desses diferentes povos.

Sobre o Nova Fotografia

Criado em 2011, o Nova Fotografia é um projeto anual do Museu da Imagem e do Som que busca criar um espaço permanente para exposição de fotografias de artistas promissores que se distinguem pela qualidade e inovação do seu trabalho. A cada ano, seis séries de imagens são escolhidas por meio de convocatória e expostas no Museu.

 

Serviço

NOVA FOTOGRAFIA | Bazares, de Silvio Piesco

ABERTURA 08.06.2017, quinta-feira, às 19h

DATA 09.06 – 23.07

HORÁRIO terças a sábados, das 12h às 21h; domingos e feriados, das 11h às 20h
LOCAL
 Nicho
INGRESSO Gratuito
CLASSIFICAÇÃO Livre

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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