DE CANÇÃO EM CANÇÃO (SONG TO SONG), novo filme do aclamado diretor Terrence Malick

Por Paulo Varella - junho 19, 2017
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Cenário musical de Austin é pano de fundo para romance moderno que conta com a participação especial de diversas estrelas do pop rock internacional

Confira o cartaz nacional e assista ao trailer

 

DE CANÇÃO EM CANÇÃO

MICHAEL FASSBENDER, RYAN GOSLING, ROONEY MARA E NATALIE PORTMAN

 

ESCRITO E DIRIGIDO POR

TERRENCE MALICK

 

Song to Song | Estados Unidos | 129 minutos | 2017 | Drama – Romance

 

 

SINOPSE

 

Nesta histó ria de amor moderna, ambientada na cena musical de Austin, Texas, dois casais interligados – os compositores Faye (Rooney Mara) e BV (Ryan Gosling), o magnata da música Cook (Michael Fassbender) e uma garçonete que ele ilude (Natalie Portman) – buscam o sucesso num cen ário de rock’n’roll, sedu ção e traição.

 

 

BIOGRAFIA DO DIRETOR TERRENCE MALICK

TERRENCE MALICK (Diretor, Roteirista) nasceu em Ottawa, Illinois, e cresceu noTexas e em Oklahoma. Trabalhou para as revistas Newsweek, Life, The New Yorker, e ensinou filosofia a no MIT antes de estudar no American Film Institute. Ele é um aclamado diretor americano que escreveu e dirigiu importantes filmes considerados Obras-Primas do Cinema como “Cinzas no Paraíso” (1978, vencedor do Prêmio de Melhor Direção no Festival de Cannes e do Oscar® de Melhor Fotografia), “Além da Linha Vermelha” (1998, Urso de Ouro de Melhor Filme no Festival de Berlim e Nomeado a 7 Oscar®, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor) e “A Árvore da Vida” (2011, Palma de Ouro no Festival de Cannes e Nomeado a 3 Oscar®). Escreveu e dirigiu também os filmes “Terra de Ninguém” (1973), “O Novo Mundo” (2005), “Amor Pleno” (2012), “Cavaleiro de Copas” (2015), “Voyage of Time” (2016). Seu filme mais recente é ” De Canção em Canção” (2017). Atualmente está finalizando seu novo filme “Radegund”.

 

 

 

ELENCO

O elenco principal do filme “De Canção em Canção” conta com os atores indicados ao Oscar ® Michael Fassbender (“Steve Jobs”), Ryan Gosling (“La La Land” ) e Rooney Mara (“Carol”) e com a atriz, vencedora do Oscar®, Natalie Portman (“Cisne Negro”).

O restante do elenco é formado por grandes atores como as vencedoras do Oscar® Cate Blanchett e Holly Hunter, o ator Val Kilmer, a atriz Bérénice Marlohe e Tom Sturridge.

Os m úsicos Iggy Pop, Patti Smith e Anthony Kiedis (Red Hot Chilli Peppers) e Lykke Li também estão presentes no filme, interpretando eles mesmos.

 

 

EQUIPE

 

Escrito e Dirigido por

TERRENCE MALICK

Produzido por

SARAH GREEN, P.G.A.

NICOLAS GONDA, P.G.A.

KEN KAO, P.G.A.

Produtores Executivos

GLEN BASNER

CHRISTOS V. KONSTANTAKOPOULOS

TANNER BEARD

Diretor de Fotografia

EMMANUEL LUBEZKI, A.S.C., A.M.C.

Desenhista de Produção

JACK FISK

Montagem

REHMAN NIZAR ALI

HANK CORWIN, ACE

KEITH FRAASE

Figurinista

JACQUELINE WEST

 

Sobre o filme

INTRODUÇÃO

 

DE CANÇÃO EM CANÇÃO é a nova história de amor do cineasta Terrence Malick.  Ambientado na cena rock and roll de Austin, Texas, e inspirado por ela, o filme acompanha quatro amantes interligados, os altos e baixos na montanha russa de suas carreiras musicais e de suas vidas íntimas sem regras. Num mundo guiado por juventude, paixão, desejo, drogas e criatividade, a história se concentra em um casal que encontra uma maneira de deixar de lado todas as distrações selvagens da vida moderna, para buscar satisfação de uma maneira diferente. Filmado por toda a cidade de Austin e seus festivais de música famosos no mundo todo, com fotografia de Emmanuel “Chivo” Lubezki, três vezes vencedor do Oscar, DE CAN ÇÃO EM CANÇÃO traz atuações surpreendentes de alguns dos maiores astros do cinema contemporâneo, incluindo Michael Fassbender, Ryan Gosling, Rooney Mara e Natalie Portman – além da participaçã o de mú sicos de todas as gerações, incluindo Patti Smith, Lykke Li, The Black Lips, the Red Hot Chili Peppers, Iggy Pop, John Lydon e muitos mais.

 

NO CORAÇÃO DE AUSTIN COM TERRENCE MALICK

Austin, Texas é uma cidade de contrastes – onde vibrações relaxadas e boêmias colidem com as ambições intensas de sonhos artísticos, onde texanos tranquilos tiveram que confrontar a gentrificação e a corporatização, e mesmo a própria indústria da música mudou radicalmente. Apelidada de “a capital mundial da música ao vivo,” e às vezes conhecida como “alt-Nashville,” Austin é devidamente conhecida por seus vários festivais de música, clubes, botecos and bares. Também é igualmente conhecida por suas multidões de aspirantes a talentos musicais, buscando uma indefinida, mas idealmente sem pudores, vida de liberdade criativa, seja na cena country, tejana, folk, blues, new wave, punk, ou rock.

É neste lado de Austin que o diretor Terrence Malick se concentra em DE CANÇÃO EM CANÇÃO.  Já há algum tempo ele tinha o desejo de criar uma história de amor contemporânea entre músicos, e Austin se tornou o cenário dessa trama, que acontece entre shows capazes de elevar o espírito… e aqueles momentos depois que o show termina, quando toda a clareza e euforia se evaporam e os músicos voltam a ficar sozinhos novamente, antecipando a próxima euforia.

Nas fases iniciais, Malick batizou o filme de WEIGHTLESS (SEM PESO), baseado numa citação do romance As Ondas, de Virginia Woolf, que resume um dilema central do mundo moderno e foi uma de suas inspirações:

Perguntei-me como iria continuar sem “eu”, sem peso e sem visão, através de um mundo sem peso e sem ilusões?

Os casais em DE CANÇÃO EM CANÇÃO vivem em um mundo que reflete essa citação, onde a identidade não é definida, onde eles são supostamente livres para mudar constantemente de humor e de desejos, sem amarras. Ao mesmo tempo, eles parecem se sentirem perdidos, à deriva. O centro do grupo é Faye, a jovem compositora que deseja atirar-se sem medo na vida e no amor, entregar-se completamente a sua arte.  Mesmo assim, ela continua se perguntando por que ainda se sente tão desconectada, tão insegura do que a liberdade que ela está buscando realmente significa.  Seria ela capaz de alcançar alguma coisa real – e como?

Malick começou a discutir com seu time de produção, Sarah Green, Nicolas Gonda e Ken Kao, sobre o filme que viria a se tornar DE CANÇÃO EM CANÇÃO ainda enquanto fazia  “A Árvore da Vida”. Todos ficaram animados com a ideia de fazer uma história de amor ambientada em Austin.

“Austin se tornou um grande microcosmo para essa história, esses personagens e para as ideias de Terry”, diz Gonda.  “É um lugar para onde artistas e espíritos livres tem sido atraídos há décadas, mas que está vivendo um crescimento tão rápido, com mudanças visíveis. Austin atrai pessoas que não querem se encaixar num modelo – é um lugar que pode parecer como um novo começo, embora não seja possível escapar das contradições do nossos tempos.  Por isso eu acho que as pessoas vão se identificar muito com esses personagens.  Eles estão tentando fazer a vida em Austin e dar sentido a um mundo que pode ser excitante, mas também cheio de solidão e incertezas.  Há um conflito entre como você pode viver uma vida moderna e seguir fiel a quem você é.”

Green dá sua opinião: “Para mim esta é a história de um quadrângulo amoroso complicado, mas também fala sobre o valor do amor e do perdão.  Assim como as vidas que estes personagens levam, o filme é divertido, selvagem e extremo, mas então chega o momento quando as coisas entram em crise e os personagens chegam a um entendimento mais profundo do que eles querem.  Quando a personagem de Rooney Mara, Faye, diz ‘Eu pensei que nós poderíamos viver de canção em canção, de beijo em beijo’, é a reflexão de um tipo de vida que muitas pessoas acham que gostariam de ter, em algum momento, mas então você percebe que não importa o quanto você deseje a liberdade verdadeira, a queda livre não é o objetivo.”

Kao complementa: “Eu acho que este é na verdade um filme sobre auto descoberta – e Austin é o lugar perfeito para esses personagens se encontrarem. É uma cidade que está crescendo muito rapidamente, é um grande prisma através do qual podemos ver estes personagens também tentando crescer.”

Talvez nenhuma carreira tenha mais picos de euforia do que a de um músico pop, envolvido no fluxo e na adoração de um show.  CANÇÃO EM CANÇÃO traz ao público esses momentos, mas também lança uma luz no que acontece durante os angustiantes intervalos entre as apresentações.

“Os personagens seguem de high to high,” Gonda observa.”Quando eles estão num festival de música, estão sempre encontrando pessoas e a energia nunca para. Mas quando a música para e o festival termina, eles precisam encarar a si mesmos. Mesmo com tantas distrações e tentações, eles ainda precisam confrontar questões como: qual é o propósito e o significado de tudo isso?”

Green, Gonda e Kao vêem o filme como um novo capítulo na jornada cinematográfica de Malick – misturando não apenas uma narrativa poderosa com sensações que vão além das palavras, mas também combinando diálogos inteligentes / divertidos com monólogos internos, de maneira a evocar a multifacetada paisagem do coração.  Green afirma: “DE CANÇÃO EM CANÇÃO é um filme muito dinâmico, de ritmo rápido.  A escolha de Terry em usar voice-overs sobre os diálogos cria uma intimidade extraordinária – você não apenas ouve o que os personagens estão dizendo, escuta também o que eles estão pensando enquanto dizem”.

Gonda acrescenta: “Terry foi ao outro extremo, do máximo do estilo de “Além da Linha Vermelha”, “O Novo Mundo” e “A Árvore da Vida”, para um estilo que evoca as emoções mais íntimas, que apenas sentimos nos relacionamentos.  DE CANÇÃO EM CANÇÃO tem um ritmo muito contemporâneo, mas é um de seus filmes mais intimistas.”

Para Kao, a maneira como Malick continua expandindo e explorando é uma inspiração. “Ele continua se cobrando, se esforçando, apesar de todas as suas realizações,” ele observa. “Este filme tem uma personalidade diferente e você nota uma evolução contínua em seu estilo de filmar.”

DE CANÇÃO EM CANÇÃO também é seu filme mais musical. Malick sempre foi apaixonado por música – e pelo uso da música, particularmente música clássica, do barroco ao pós moderno, como parte inseparável de seu imaginário visual. Mas em DE CANÇÃO EM CANÇÃO, a música pop é o fio que conecta os personagens. Desde o início, Malick procurou integrar a enorme quantidade de artistas de Austin, de bandas locais iniciantes a ícones que passam pela cidade nos grandes festivais, aos personagens que estava criando.

Ainda enquanto o elenco do filme estava sendo escolhido, Malick e uma equipe pequena e ágil começou a filmar nos três maiores festivais de Austin: Austin City Limits, inspirado pelo duradouro programa homônimo de música ao vivo da PBS, que acontece todo verão; South by Southwest, o enorme (e enormemente influente) festival multimídia de música, filmes artes interativas que acontece em março desde 1987; e o mais alternativo Fun Fun Fun Fest, conhecido por descobrir talentos emergentes.

“Filmar nestes festivais, de maneira muito livre e espontânea, nos permitiu trazer às pessoas a sensação de como é estar atrás do palco antes de um show ou bem em frente ao palco durante um show.  É uma experiência de muita energia – é alto e está bem na sua frente,” diz Green. “Capturar essa atmosfera dos festivais é uma das coisas que torna esse filme distintivamente moderno.”

Quando a produção começou a ir aos festivais, eles também começaram a recrutar um abrangente elenco musical para se juntar aos premiados atores do filme.

“Começamos a buscar que músicos poderiam estar interessados em interagir com nossos personagens – e ficamos encantados com quantos disseram sim,” Green explica.  “É um mundo muito espontâneo e isso combinou perfeitamente com a maneira como Terry gosta de filmar.  Nós estávamos trabalhando com uma equipe bem pequena já há um bom tempo e então podíamos nos mover com muita facilidade, entrando e saindo desse mundo por trás dos palcos. Nosso estilo enxuto de produção nos conduzia perfeitamente pelo caos e pela instabilidade inerente dos festivais de música.”

Gonda acrescenta: “Uma alquimia notável aconteceu quando começamos a juntar nosso elenco com os músicos. A energia deles se tornou um catalizador, fazendo com que tudo ficasse mais real.”

 

 

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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