São inauguradas dia 20, duas exposições ‘ Era uma vez’ e ‘ Quem semeia vento, colhe lindas tardes de amor’ e uma Instalação ‘Se não fosse o vento, as miragens me alcançariam’
Para enriquecer ainda mais o evento e integrar outras formas de manifestações artísticas, o setor de Artes Visuais promove ainda, no dia da inauguração, uma apresentação musical e uma Feira de Artes Gráficas
A apresentação musical e a feira de artes gráficas acontecerão na área externa do Centro de Artes – a Varanda Cultural, às 17h, no mesmo dia da inauguração das exposições. Os trabalhos da Feira variam entre ilustrações, cadernos artesanais, gravuras, publicações independentes, encadernações artesanais, carimbos entre outros.
Instalação reúne três esculturas espelhadas que permitem interação com o público
A instalação ‘Se não fosse o vento, as miragens me alcançariam’ foi desenvolvida especialmente para o Jardim da Reitoria e, assim como as duas mostras, da Galeria e do Espaço UFF de Fotografia, ficará em exposição até o dia 22 de julho. A instalação resgata a atmosfera mágica dos reflexos e imagens capturadas por superfícies espelhadas, especialmente nos chamados garden gazing balls, do período renascentista e utilizado nos jardins da era vitoriana. São imagens e reflexos obtidos por meio de superfícies esféricas perfeitas. No caso, são três esculturas espelhadas que visam captar a figura humana e o entorno, convidando o espectador interagir com a obra.
‘Quem semeia vento, colhe lindas tardes de amor’ reúne desde artistas dos anos 1980
até os novíssimos, que trabalham com ‘3d’
Serviço:
Quem semeia vento, colhe lindas tardes de amor
Curador: Edmilson Nunes
Galeria de Arte UFF Leuna Guimarães dos Santos
Inauguração 20 de junho | 19h às 21h
Visitação até 22 de julho de 2018
Entrada Franca
Segunda a 6ª feira, das 10h às 21h
Sábados e Domingos das 13h às 21h
A mostra coletiva ‘Quem semeia vento, colhe lindas tardes de amor’ vai reunir, num mesmo espaço físico e cronológico, artistas de várias gerações. Serão 17 artistas dos anos 1980 até hoje, expondo instalações, pinturas e objetos que dialogam entre si e com o tempo que os cerca. Entre eles, artistas já consolidados, nacional e internacionalmente, ao lado de outros nascidos já nos anos 2000, que participam desta como sua primeira mostra.
O traço percorrido pela ‘pintura’ está fortemente presente. Artistas da novíssima geração, com intensa relação de afeto e confronto com tal meio, como bandeira para reconstrução de um mundo. Objetos que situam-se numa espécie de fronteira entre os meios de expressão também são significativos na mostra: um diálogo entre pintura e escultura, vídeos, fotografias e bordados, entre outros, utilizando-se, muitas vezes, de elementos do cotidiano como panos de chão, brochas ou bambolês. Ao mesmo tempo, participam também da exposição artistas que lidam diretamente com o ‘3d’, em modelagens e narrativas com forte proximidade de uma tradição escultórica que vai de Rodin a Tunga.
O título da mostra ‘Quem semeia vento colhe lindas tardes de amor’ refere-se às possibilidade da arte como elemento de transformação, em direção a um mundo de maior plenitude individual e, por consequência, maior bem estar social. Ao se debruçar sobre seu trabalho, o artista semeia vento para colher, sempre em finas camadas e pacientemente, esta transformação que, na linguagem da possível utopia, chama-se lindas tardes de amor.
Contatos do curador Edmilson Nunes
[email protected] / 21 99676-8554
Era uma vez… apresenta um mundo encantado, de conto de fadas
Era uma vez
De Felipe Ferreira de Almeida
Curador: Luciano Vinhosa
Espaço UFF de Fotografia
Inauguração 20 de junho | 19h às 21h
Visitação até 22 de julho de 2018
Entrada Franca
Segunda a 6ª feira, das 10h às 21h
Sábados e Domingos das 13h às 21h
A exposição “Era Uma Vez”, com curadoria de Luciano Vinhosa, abarca a mais recente série fotográfica desenvolvida por Felipe Ferreira de Almeida, chamada ‘Cotidiano’, que reúne 20 trabalhos, sendo dezoito fotografias e dois vídeos. O artista utiliza as particularidades da linguagem fotográfica para construir paisagens e situações onde o selvagem, em sua forma artificial, passa a habitar o espaço doméstico, misturando real e onírico. Assim, são construídas imagens que se relacionam com a obra homônima da artista mineira Wilma Martins (a série Cotidiano foi desenvolvida entre 1975 a 1984, em pintura, desenho e gravura), mas que, ao mesmo tempo, possuem poética e dinâmicas próprias, passeando por diversas referências como documentários e programas de TV sobre a vida selvagem, canções de música pop, arte barroca, imagens religiosas, dentre outras. Frequentemente essas miniaturas e brinquedos acabam simulando situações de caça e cenas de violência ou que flutuam na iminência da predação. Os vídeos, a partir de narrativas sintéticas, remetem à simulação da natureza, estado que o artista define como sendo o de uma natureza domesticada, povoada de animais e plantas artificiais que decoram nossos lares.
O título da exposição de Felipe Ferreira já nos faz antever aquilo que nos será apresentado: um mundo encantado, fabuloso e fabulado, dos contos de fada. Suas fotografias e vídeos estão todos referenciados nas ilustrações religiosas, nas imagens da cultura televisiva, nas programações infanto-juvenis das telas de cinema. As imagens – quase pinturas de Felipe Ferreira – ao adotar como estratégia o título sugestivo Era uma vez.. são elaboradas com o requinte de uma super produção cinematográfica. Seus personagens e cenários ora dourados, ora vermelhos incandescentes e sanguíneos, ora aveludados e macios e, em outros momentos, translúcidos, frios e azulados nos fazem mergulhar nesse universo encantado, de algum modo familiar, do cinema de animação, já prescrito nas receitas dos estúdios de Walt Disney.