Nesta sexta (dia 18/5), acontece no espaço Capital 35, o ‘Ensaios Perversos’ de maio, programa mensal da Cia Perversos Polimorfos pensado em possibilitar compartilhamento e visibilidade de uma produção intensa de trabalhos de uma “nova geração” de coreógrafos e bailarinos.
A primeira parte, “Conversas sem Fim”, traz como convidada a atriz, dançarina e coreógrafa Gal Martins, para falar sobre “Afeto como ação política e potência criativa”. Gal é diretora da Cia Sansacroma de Dança, criada em 2002, com atuação na periferia sul de São Paulo, que tem como ponto de partida para suas criações as poéticas e políticas do corpo negro. A Dança da Indignação, conceito criado pela artista, norteia a pesquisa de linguagem estética da companhia.
Em seguida, o ‘Preliminares’ – um espaço para que artistas e grupos possam mostrar trabalhos que estejam prestes a acontecer, traz duas apresentações: “Frango”, de Zé Reis, e “Imalè Inú Yàgbà”, de Adnã Alves.
“Frango” é o segundo trabalho de Zé Reis – o primeiro foi “O corpo poderia se chamar Aqui” –, ator e bailarino que na Argentina participou do projeto Campos Ressonantes, dirigido por Fernando Pelicciolli e Carlos Osatinsky (Berlim/Buenos Aires), fez parte da formação em dança/teatro FACE <Formación de Artistas Contemporáneos para la Escena> e residiu na Compañía Nacional de Danza Contemporánea de Buenos Aires. Fez parte das residências Open Space, Campo Aberto e Borrão, com Marcelo Evelin e Tamar Blom (Holanda/Brasil) e estudou, ainda, com Jean Jacques Lemêtre (Thêatre du Soleil/França), Pierre-Yves Diacon (Suíça), Ji Hyun Youn (Coreia do Sul), Cacá Carvalho, Suzana Amaral, Regina Amaral e Danielle Pavam (Brasil).
“Imalè Inú Yàgbà”, que significa interior sagrado da mulher ancestral, trata do epicentro das memórias pessoais e relembranças de menina preta, com uma narrativa que fortalece o movimento de vida e raiz que todas carregam. A partir das investigações, tomando por base as memórias pessoais e coletivas na condição de mulher negra em sociedade e a sensibilidade dos contos literários da escritora Conceição Evaristo, o trabalho se debruça sobre o mito iorubá das Grandes Mães Ancestrais construindo um discurso em cena pautado em corpo, condição e experiência, reportando a dimensão subjetiva do existir negro.
Para finalizar, o “Dance Floor”, que se estende até às 2h da manhã, traz o designer, performer e curador Lucas Koester comandando a pista para propiciar um ambiente de convivência, dança e discussão informal entre o público presente na noite. Lucas faz experimentações com dança, fotografias de baixa qualidade e gambiarras de estilo – já dançou nu batendo panela no MAR (Museu de Arte do Rio), tropeça em escadarias e colabora com outros artistas de performance e teatro.
As atividades são gratuitas. Durante todo o evento, estarão abertos bar e cozinha no espaço.
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Serviço:
Ensaios Perversos – proposta da Cia Perversos Polimorfos
18/5 – das 20h às 2h
20h – Recebimento do público
21h – “Conversas sem Fim” – “”Afeto como ação política e potência criativa” Gal Martins.
22h – “Preliminares” – (espetáculos) “Frango”, de Zé Reis, e “Imalè Inú Yàgbà”, de Adnã Alves. 24h às 2h – “Dance Floor” – comandado pelo designer e performer Lucas Koester.
Grátis
Bar e cozinha abertos durante todo o evento.
(Aceita dinheiro e cartão).
Local: Capital 35
Rua Capital Federal, nº 35 – Sumaré – São Paulo/SP
Duração: das 20h às 2h
Para saber mais:
www.perversospolimorfos.com.br
facebook.com/CiaPerversosPolimorfos