‘Ensaios Perversos’ no Capital 35 / SP

Por Paulo Varella - maio 17, 2018
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Nesta sexta (dia 18/5), acontece no espaço Capital 35, o ‘Ensaios Perversos’ de maio, programa mensal da Cia Perversos Polimorfos pensado em possibilitar compartilhamento e visibilidade de uma produção intensa de trabalhos de uma “nova geração” de coreógrafos e bailarinos.

A primeira parte, “Conversas sem Fim”, traz como convidada a atriz, dançarina e coreógrafa Gal Martins, para falar sobre “Afeto como ação política e potência criativa”. Gal é diretora da Cia Sansacroma de Dança, criada em 2002, com atuação na periferia sul de São Paulo, que tem como ponto de partida para suas criações as poéticas e políticas do corpo negro. A Dança da Indignação, conceito criado pela artista, norteia a pesquisa de linguagem estética da companhia.

Em seguida, o ‘Preliminares’ – um espaço para que artistas e grupos possam mostrar trabalhos que estejam prestes a acontecer, traz duas apresentações: “Frango”, de Zé Reis, e “Imalè Inú Yàgbà”,  de Adnã Alves.

“Frango” é o segundo trabalho de Zé Reis – o primeiro foi “O corpo poderia se chamar Aqui” –, ator e bailarino que na Argentina participou do projeto Campos Ressonantes,  dirigido por Fernando Pelicciolli e Carlos Osatinsky (Berlim/Buenos Aires), fez parte da formação em dança/teatro FACE <Formación de Artistas Contemporáneos para la Escena> e residiu na Compañía Nacional de Danza Contemporánea de Buenos Aires. Fez parte das residências Open Space, Campo Aberto e Borrão, com Marcelo Evelin e Tamar Blom (Holanda/Brasil) e estudou, ainda, com Jean Jacques Lemêtre (Thêatre du Soleil/França), Pierre-Yves Diacon (Suíça), Ji Hyun Youn (Coreia do Sul), Cacá Carvalho, Suzana Amaral, Regina Amaral e Danielle Pavam (Brasil).

“Imalè Inú Yàgbà”, que significa interior sagrado da mulher ancestral, trata do epicentro das memórias pessoais e relembranças de menina preta, com uma narrativa que fortalece o movimento de vida e raiz que todas carregam. A partir das investigações, tomando por base as memórias pessoais e coletivas na condição de mulher negra em sociedade e a sensibilidade dos contos literários da escritora Conceição Evaristo, o trabalho se debruça sobre o mito iorubá das Grandes Mães Ancestrais construindo um discurso em cena pautado em corpo, condição e experiência, reportando a dimensão subjetiva do existir negro.

Para finalizar, o “Dance Floor”, que se estende até às 2h da manhã, traz o designer, performer e curador Lucas Koester comandando a pista para propiciar um ambiente de convivência, dança e discussão informal entre o público presente na noite. Lucas faz experimentações com dança, fotografias de baixa qualidade e gambiarras de estilo – já dançou nu batendo panela no MAR (Museu de Arte do Rio), tropeça em escadarias  e colabora com outros artistas de performance e teatro.

As atividades são gratuitas. Durante todo o evento, estarão abertos bar e cozinha no espaço.

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Serviço:

 

Ensaios Perversos – proposta da Cia Perversos Polimorfos

18/5 – das 20h às 2h

20h – Recebimento do público

21h – “Conversas sem Fim” – “”Afeto como ação política e potência criativa” Gal Martins.

22h – “Preliminares” – (espetáculos) “Frango”, de Zé Reis, e “Imalè Inú Yàgbà”, de Adnã Alves. 24h às 2h – “Dance Floor” – comandado pelo designer e performer Lucas Koester.

Grátis

 

Bar e cozinha abertos durante todo o evento.

(Aceita dinheiro e cartão).

 

Local: Capital 35
Rua Capital Federal, nº 35 – Sumaré – São Paulo/SP
Duração: das 20h às 2h
Para saber mais:

www.perversospolimorfos.com.br

facebook.com/CiaPerversosPolimorfos

 

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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