Exposição “ALMA AZULEJADA – Cosme Martins 40 Anos“
Um dos cartões postais do Maranhão é o belo conjunto de azulejos dos prédios centenário da capital, São Luis. E é este imaginário que inspira, em parte, a exposição do artista Cosme Martins, a partir de 30 de outubro, no Museu Nacional de Belas Artes/Ibram/MinC.
A mostra “Alma Azulejada – Cosme Martins 40 anos” reúne 12 quadros em acrílica sobre tela da fase figurativa e também da sua atual fase abstrata. Os trabalhos apresentam uma explosão de pigmentos multicoloridos que fazem brotar de suas telas a alma azulejada do pintor, alternando as cores inquietas da poesia com jardins abstratos, onde semeamos a flor misteriosa dos nossos desejos.
O poeta Carlos Dimuro, curador da exposição, assim define a obra de Cosme Martins: “azulejar nossos olhos com beleza e imaginação é o labor incansável deste maranhense do mundo”.
BIOGRAFIA
Maranhense de São Bento, nascido em 1959, Cosme iniciou sua carreira, pintando temas figurativos locais. Na década de 80, mudou-se para o Rio de Janeiro com o objetivo de expandir o reconhecimento de sua arte.
Obteve orientação de grandes artistas Rubens Gerchman, Luiz Áquila, Aluísio Carvão, Kate Van Scherpenberg e José Maria Dias da Cruz. Estas vivencias com alguns dos grandes nomes da arte brasileira favoreceram a obtenção de prêmios e participações em salões e importantes museus de arte como Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro e Museu de Arte Moderna de São Paulo.
No desenvolvimento de sua obra, Cosme Martins adquiriu reconhecimento, e interferências de críticos notáveis. Walmir Ayala, por exemplo, afirmou que sua maneira de pintar era a “nova escrita”.
Outro crítico importante, Roberto Pontual, abriu ao artista as primeiras portas para o mercado de arte. Hospedou Cosme Martins em Paris, cidade que o recebeu como vencedor do Prêmio Viagem através da participação na exposição A “Mão Afro Brasileira em Pintura”.
Nessa viagem, Cosme Martins pôde conhecer nomes como Cícero Dias, Manabu Mabe e ainda reencontrar Rubens Gerchman, que lhe deu aulas e foi o primeiro a lhe dizer, anos antes, que sua arte poderia alcançar projeção nacional .
Na fase conhecida como “Favelas”, observa-se nos trabalhos de Cosme a transição entre o figurativo e o abstrato: elementos como barracos e pessoas foram se tornando cada vez menos óbvios, até a pintura alcançar a total ausência da figura como podemos perceber nos seus trabalhos atuais.
Suas telas apresentam texturas, em terracota, que são construídas com uma técnica que o artista não revela, porem capaz de manter a firmeza e evitar os craquelês.
Outro elemento nos trabalhos de Cosme Martins, a variedade de cores é movida pela sensibilidade do artista que confessa não conseguir chegar a um limite até que sua agonia seja substituída pela sensação de prazer ao terminar suas telas.
Exposição Alma Azulejada – Cosme Martins 40 anos
Abertura: 30 de outubro, às 18h. Período: 30 de outubro até 2 de dezembro
Visitação: Terça a sexta: das 10h às 18h. Sábados, domingos e feriado: das 13h às 18h.
Ingressos: R$ 8,00 inteira, R$ 4,00 meia e ingresso família (para até 4 membros de uma mesma família) a R$ 8,00. Grátis aos domingos.
Museu Nacional de Belas Artes/MNBA: Avenida Rio Branco, 199 – Tel: (21) 3299-0600
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