Exposição “ALMA AZULEJADA – Cosme Martins 40 Anos” no Rio

Por Paulo Varella - outubro 29, 2018
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Exposição “ALMA AZULEJADA – Cosme Martins 40 Anos

Um dos cartões postais do Maranhão é o belo conjunto de azulejos dos prédios centenário da capital,  São Luis.  E é este imaginário que inspira, em parte, a exposição do artista Cosme Martins, a partir de 30 de outubro, no Museu Nacional de Belas Artes/Ibram/MinC.

A mostra “Alma Azulejada – Cosme Martins 40 anos” reúne 12 quadros em acrílica sobre tela da fase figurativa e também da sua atual fase abstrata.  Os trabalhos apresentam uma explosão de pigmentos multicoloridos que fazem brotar de suas telas a alma azulejada do pintor, alternando as cores inquietas da poesia com jardins abstratos, onde semeamos a flor misteriosa dos nossos desejos.

O poeta Carlos Dimuro, curador da exposição, assim define a obra de Cosme Martins:  “azulejar nossos olhos com beleza e imaginação é o labor incansável deste maranhense do mundo”.

BIOGRAFIA

Maranhense de São Bento, nascido em 1959, Cosme iniciou sua carreira, pintando temas figurativos locais. Na década de 80, mudou-se para o Rio de Janeiro com o objetivo de expandir o reconhecimento de sua arte.

Obteve orientação de grandes artistas Rubens Gerchman, Luiz Áquila, Aluísio Carvão, Kate Van Scherpenberg e José Maria Dias da Cruz. Estas vivencias com alguns dos grandes nomes da arte brasileira favoreceram a obtenção de prêmios e participações em salões e importantes museus de arte como Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro e Museu de Arte Moderna de São Paulo.

No desenvolvimento de sua obra, Cosme Martins adquiriu reconhecimento, e interferências de críticos notáveis.  Walmir Ayala, por exemplo, afirmou que sua maneira de pintar era a “nova escrita”.

Outro crítico importante, Roberto Pontual, abriu ao artista as primeiras portas para o mercado de arte. Hospedou Cosme Martins em Paris, cidade que o recebeu como vencedor do Prêmio Viagem através da participação na exposição A “Mão Afro Brasileira em Pintura”.

Nessa viagem, Cosme Martins pôde conhecer nomes como Cícero Dias,  Manabu Mabe e ainda reencontrar Rubens Gerchman, que lhe deu aulas e foi o primeiro a lhe dizer, anos antes, que sua arte poderia alcançar projeção nacional .

Na fase conhecida como “Favelas”,  observa-se nos trabalhos de Cosme a transição entre o figurativo e o abstrato: elementos como barracos e pessoas foram se tornando cada vez menos óbvios, até a pintura alcançar a total ausência da figura como podemos perceber nos seus trabalhos atuais.

Suas telas apresentam texturas, em terracota, que são construídas com uma técnica que o artista não revela, porem capaz de manter a firmeza e evitar os craquelês.

Outro elemento nos trabalhos de Cosme Martins, a variedade de cores é movida pela sensibilidade do artista que confessa não conseguir chegar a um limite até que sua agonia seja substituída pela sensação de prazer ao terminar suas telas.

 

Exposição Alma Azulejada – Cosme Martins 40 anos

Abertura: 30 de outubro,  às 18h.  Período:  30 de outubro até 2 de dezembro

Visitação: Terça a sexta: das 10h às 18h. Sábados, domingos e feriado: das 13h às 18h.

Ingressos: R$ 8,00 inteira, R$ 4,00 meia e ingresso família (para até 4 membros de uma mesma família) a R$ 8,00. Grátis aos domingos.

Museu Nacional de Belas Artes/MNBA:  Avenida Rio Branco, 199 – Tel: (21) 3299-0600

Visite o site: www.mnba.gov.br e curta a nossa fanpage: www.facebook.com/MNBARio

 

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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