Eye on Poland – Olhar Polônia no Tomie Othake

Por Paulo Varella - setembro 14, 2017
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O Instituto Tomie Ohtake, que já realizou mostras com os nomes históricos do design gráfico polonês, agora, em parceria com Culture.pl e Fontarte, traz um novo recorte dessa produção reconhecida mundialmente.

A nova edição da exposição “Eye on Poland – Olhar Polônia: o cartaz, o livro e a capa de disco contemporâneas” com curadoria de Magdalena Frankowska e Artur Frankowski, busca apresentar ao público brasileiro o design gráfico polonês contemporâneo, representado pelos mais interessantes projetos dos últimos tempos. As duas edições anteriores foram apresentadas na China (2010-11) e no Japão, Coréia do Sul e Índia (2015-17).

Os 70 cartazes, 50 publicações e 20 capas de disco (CD e LP) reunidos na mostra foram selecionados a partir de centenas de livros e cartazes desenhados por artistas e designers poloneses, principalmente mais recentes. Muitos deles foram comissionados por instituições culturais, museus, fundações e galerias de arte. A exposição apresenta o resultado dessas colaborações, obras consideradas vanguardistas de alta qualidade, que apontam para novas direções.

Para Magdalena Frankowska e Artur Frankowski, o design gráfico polonês, nos últimos anos, tem se desenvolvido dinamicamente e ganhado reconhecimento na Europa e pelo mundo. “A razão por trás disso não está somente nas tradicionais associações com a arte dos cartazes e com artistas da genericamente chamada “Escola Polonesa de Cartazes” (entre meados da década de 1950 até o final da década de 1960), como Henryk Tomaszewski, Józef Mroszczak, Jan Lenica, Roman Cieślewicz ou Wiktor Górka, mas também nas produções das gerações intermediária e jovem de designers que estão hoje buscando soluções originais em suas práticas”.

A dupla acrescenta que esse crescente reconhecimento pode também ser atribuído à recente expansão das artes e da área cultural na Polônia, especialmente com o surgimento de novas instituições culturais e com o desenvolvimento das já existentes. Destacam ainda o crescimento acelerado das publicações independentes. “Nos últimos anos, temos visto muitas publicações de alto nível, cuidadosamente desenhadas e produzidas por editores independentes”.

Diferentemente do francês, suíço ou holandês, o design gráfico contemporâneo polonês, dizem os curadores, tem seu estilo original identificável: colorido, veloz, espirituoso e inteligente. “É nossa tradição nesse campo, nossa língua nativa, nossa identidade cultural e nossa imaginação original têm um impacto considerável na linguagem gráfica contemporânea do país e, consequentemente, nas obras de design gráfico”, ressalta o casal.

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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