FESTIVAL FINOS FILMES EXIBE CURTAS PORTUGUESES E BRASILEIROS NA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS

Por Paulo Varella - junho 7, 2017
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Nos dias 13 e 15 de junho, a Cinemateca Capitólio Petrobras recebe duas sessões especiais com obras selecionadas do IV Festival Finos Filmes, mostra anual que acontece em São Paulo. Com diversos filmes portugueses e brasileiros inéditos em Porto Alegre, a programação tem entrada franca. Após as exibições, acontece debate com os curadores Bruno Carboni e Felipe Arrojo Poroger.

 

 

FINOS FILMES

 

O Festival de Finos Filmes é uma mostra de curtas que ocorre anualmente em São Paulo. Mais do que um evento de exibição, a intenção é apresentar os filmes como ponto de partida para debates que ultrapassam o cinema, como política, habitação e direitos humanos. Em todas as edições, o festival homenageia a cinematografia de um país estrangeiro. Neste ano, o escolhido é Portugal, que trouxe ao evento diversos curtas premiados em Cannes, Berlim e Locarno, de cineastas renomados como Gabriel Abrantes, Manuel Mozos e Susana Nobre. Com curadoria de Bruno Carboni e Felipe Arrojo Poroger, o Finos Filmes desembarca em Porto Alegre para duas sessões nos dias 13 e 15 de junho: uma com quatro filmes brasileiros da programação e outra só com curtas portugueses. Entrada franca.

 

GRADE DE PROGRAMAÇÃO

 

CURTAS PORTUGUESES

 

A Brief History of Princess X – de Gabriel Abrantes (2016, 7′)

Um retrato delirante da escultura Princess X de Constantin Brancusi, uma controversa escultura em bronze, que começou como um busto da igualmente controversa sobrinha bisneta do Napoleão, a Marie Bonaparte.

 

Penúmbria – de Eduardo Brito (2016, 8′)

Penúmbria, a distópica, foi fundada há duzentos anos num extremo de difícil acesso. De solos áridos, mares revoltados e clima violento, ficou a dever o seu nome à sombra quase permanente provocada por uma montanha a sul. Até que um dia, os seus habitantes decidiram entregá-la ao tempo. Esta é a história de um lugar inabitável.

 

A Glória de Fazer Cinema em Portugal de Manuel Mozos (2015,16′)  

A 18 de Setembro de 1929, José Régio escreveu uma carta a Alberto Serpa onde manifestou a vontade de fundar uma produtora para começar a fazer cinema. Para isso, pediu-lhe que contatasse um amigo seu, que teria uma câmara de filmar. Durante quase noventa anos, nada se soube sobre o desfecho deste pedido: nunca se encontrou qualquer resposta de Serpa à carta e Régio não terá voltado a mencionar o assunto. Porém, a descoberta de velhas bobinas no espólio de um colecionador, parece conter o desfecho desta história.

 

Provas, Exorcismos de Susana Nobre (2015, 25′)

Em Alhandra, entre a serra e o rio, um comboio atravessa a povoação. Óscar, quarenta e oito anos, vinte e cinco de trabalho na mesma fábrica, aguarda a resolução do tribunal relativamente ao pedido de insolvência da fábricaem que trabalhava. Com a produção suspensa e com os salários em atraso, Óscar e os seus colegas continuam a comparecer diariamente ao trabalho, na esperança de garantirem os respectivos postos. Face à confirmação do fecho, Óscar retoma o equilíbrio com o mundo ao ser admitido na fábrica ao lado.

 

CURTAS BRASILEIROS

 

 

O Delírio é a Redenção dos Aflitos de Fellipe Fernandes (2016, 21′)

Raquel é a última moradora de um edifício condenado e ela precisa se mudar o mais rápido possível para salvar sua família.

 

Fotograma de Luis Henrique Leal e Caio Zatti (2016, 9′)

Uma mulher negra caminha por um bairro de classe média alta no Recife, Brasil. Um muro e duas câmeras de segurança a separam de um condomínio de luxo. “Fotograma” disseca esta imagem cotidiana, buscando pensar suas inscrições históricas. Imagens da cultura e inscrições da barbárie.

 

Estacionamento de William Biagioli (2016, 15′)

​Jean é um imigrante haitiano que veio para o Brasil. Para sobreviver, ele arruma emprego em um estacionamento de carros e passa a viver lá. Jean descobrirá que essa rotina pode ser enlouquecedora.​

 

Lúcida de Fábio Rodrigo e Caroline Neves (2015,16′)

Mas eu nem sei se ela tem alguma coisa pra cozinhar, porque ela não me fala.

 

Comissão de vendas de Miguel Ramos (2016, 17′)

A venda, o sonho e a guerra. Porque crise é pros fracos.

 

 

GRADE DE HORÁRIOS

 

13 de junho – 20h – Curtas Portugueses:

 

A Brief History of Princess X – de Gabriel Abrantes (7′)

Penúmbria – de Eduardo Brito (8′)

A Glória de Fazer Cinema em Portugal de Manuel Mozos (16′)

Provas, Exorcismos de Susana Nobre (25′)

 

15 de junho – 20h – Curtas Brasileiros

 

O Delírio é a Redenção dos Aflitos de Fellipe Fernandes (21′)

Fotograma de Luis Henrique Leal e Caio Zatti (9′)

Estacionamento de William Biagioli (15′)

Lúcida de Fábio Rodrigo e Caroline Neves (16′)

Comissão de vendas de Miguel Ramos (17′)

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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