Mercedes Viegas apresenta exposição “Sobrevida” da artista visual Patricia Gouvêa

Por Paulo Varella - maio 7, 2018
95 0
Pinterest LinkedIn

Plena em seus ecossistemas preservados ou espremida entre as frestas do concreto das grandes cidades. A natureza resiste. “Sobrevida”, exposição da artista visual Patricia Gouvêa na galeria Mercedes Viegas Arte Contemporânea, traz uma série inédita com 16 trabalhos em fotografia e dois em vídeo realizados em localidades da Amazônia como a Reserva Adolpho Ducke do INPA; (Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas) o Parque Nacional de Anavilhanas; e a cidade de Presidente Figueiredo; e em quatro grandes cidades: Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Fort Lauderdale, nos Estados Unidos. Uma verdadeira reflexão sobre a domesticação da natureza, que fica em cartaz de 9 de maio a 16 de junho.

O texto de apresentação da exposição será assinado pelo físico Luiz Alberto Oliveira, curador geral do Museu do Amanhã e um dos grandes inspiradores da pesquisa que a artista desenvolve há anos sobre paisagem, natureza e sua relação com o tempo. A exposição é resultado desse extenso trabalho e teve parte significativa das obras realizada durante a residência LABVERDE, em que Patricia fez uma imersão de dez dias na Amazônia. A montagem vai integrar o interior e o exterior da galeria, situada no bairro da Gávea, em um trecho remanescente da Mata Atlântica.

– Sobrevida é uma pequena interrogação sobre as possíveis pontes entre arte, ciência e ativismo político e uma reflexão sobre a artificialização e coisificação crescente da natureza em meio a um cenário de destruição ambiental, aquecimento global, escassez de água e desrespeito aos direitos humanos – defende Patricia.

Os trabalhos reunidos na exposição foram feitos entre 2017 e 2018. À Amazônia, foram duas viagens em períodos bem distintos: de cheia, e baixa, do Rio Negro, e visitas a locais como a cidade de Presidente Figueiredo, com suas 67 cachoeiras belíssimas situadas muito próximas à Hidrelétrica de Balbina, considerada um crime ambiental.

 

Patricia Gouvêa é pesquisadora e artista visual. Trabalha com fotografia, vídeo e intervenção urbana. Sua pesquisa tem como um dos principais eixos a expansão das temporalidades da imagem. Especialista em Fotografia e Ciências Sociais (UCAM/RJ) e Mestre em Comunicação e Cultura pela UFRJ, publicou os livros: “Membranas de Luz: os tempos na imagem contemporânea (2011, Azougue Editorial), Imagens Posteriores (2012, Réptil Editora) e Banco de Tempo (2014, em parceria com Isabel Löfgren, edição das autoras).

Entre 2005 e 2009, fez parte do coletivo Grupo DOC (Desordem Obsessiva Compulsiva) e promoveu dezenas de ações no Brasil e no exterior. Participou de exposições coletivas e realizou exposições individuais na China, Itália, Brasil, Colômbia e Argentina. Em dupla com Isabel Löfgren desenvolveu as pesquisas de longa duração Banco de Tempo e Mãe Preta. Tem trabalhos em coleções privadas e acervos institucionais, como a Coleção Joaquim Paiva/MAM e Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.

Ganhou os prêmios Edital Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado/Ocupação Palácio das Artes (MG, 2017), Prêmio Funarte Conexão Circulação Artes Visuais (2016), Edital Fomento Cidade Olímpica (RJ, 2016), Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger (BA, 2013), Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia (PA, 2012), Festival Fringe –Voies OFF (Rencontres Internationales de la Photographie de Arles, França, 2003) e Prêmio de melhor Portfólio no Encuentros de Fotografía de Buenos Aires (2002). Foi indicada para a bolsa CIFO – Cisneros Fontanals Art Foundation / Miami (2007) e para o Prix Cartier Bresson (2005).

 

EXPOSIÇÃO: “Sobrevida”

ABERTURA: terça, 9 de maio de 2018, às 19h

QUANDO:  de 9 de maio a 16 de junho de 2018

ONDE: Mercedes Viegas Arte Contemporânea – Rua João Borges, 86 – Gávea, Rio de Janeiro. tel: (21) 2294-4305

HORÁRIO: De segunda a sexta, das 11h às 19h. Sábados: 15h às 19h

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

Comentários

Please enter your comment!
Please enter your name here