Quatro artistas, selecionados para a Residência LABMIS 2017, expõem seus trabalhos a partir de 25 de julho. Entrada gratuita
Na próxima quarta-feira, 25 de julho, o MIS – instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo – inaugura, às 19h, a Mostra LABMIS. Quatro artistas e coletivos apresentam o trabalho desenvolvido durante a Residência LABMIS 2017 – programa criado com objetivo de fomentar a produção de obras desenvolvidas a partir de linguagens contemporâneas utilizando uma ou mais mídias tecnológicas.
A Mostra fica em cartaz até o dia 5 de agosto, tem entrada gratuita e apresenta quatro exposições:
Técnicas Mistas, do coletivo NuDEs (Núcleo de Diversões Eletrônicas)
O projeto tem como conceito a experimentação tecnológica em si, apoiada em suportes artísticos e estéticos, que como tal, busca dialogar com as pessoas. O nome da obra vem da constatação dos diversos interesses que permearam a pesquisa, para além da programação e eletrônica: marcenaria e elétrica. O trabalho se trata de um espaço autônomo, em que a partir da presença de corpos nesse espaço concentrado, ativa-se uma reação em cadeia de dispositivos em que o corpo aciona luz que aciona som que aciona outras luzes e outros sons, variando de acordo com essa composição de respostas e mesmo a trajetória desse corpo no espaço.
C:\Users\Pangea\All those hours of browsing unpaid off.zip, do coletivo \Eroica
Desktops, notebooks e smartphones são a impecável extensão da nossa humanidade e sua ausência é virtualmente inconcebível. Se compartilhamos uma mesma enunciação, logo residimos outra vez num continente único: a Pangeia do século novo, entretanto, é digital, é imaterial. Com o propósito de formar um acervo de inéditas (im)potências, tem-se uma pintura (inteligente ou “smartpainting”) na parede com aparência de página da Internet a ser explorada por intermédio de um aplicativo. Dois, aliás: Artist’s App (AR), investigações em realidade aumentada; e Artist’s App (VR), investigações em realidade virtual.
Zona Árida, de Fernanda Pessoa
Zona Árida é um documentário interativo que permite visitar a cidade de Mesa, no Arizona, eleita pelas universidades do MIT e da UCLA como a cidade grande mais conservadora dos Estados Unidos. Através de um questionário e um mapa interativo, o visitante pode explorar lugares da cidade como a fronteira com o México, igrejas Mórmons e um rodeio, além de conversar com moradores sobre assuntos cotidianos e da política atual. A cineasta Fernanda Pessoa foi uma aluna de intercâmbio em Mesa em 2001, e retornou à cidade para realizar o projeto dois meses antes de Donald Trump ser eleito em 2016. Zona Árida é também um longa-metragem em pós-produção, e parte de uma experiência pessoal para falar de algo universal: o conservadorismo.
O Museu dos Outros, de Giovanna Casimiro e Tatiana Tosi
Buscando entender o cenário atual de geração de imagens e da revisão hierárquica no campo da legitimação da memória, o projeto foi criado para estudar o fenômeno da coletivização da criação de imagens, em uma dinâmica individualizada da experiência cultural//urbana//do espaço. Para além do simples estudo demográfico, nossa proposta é uma exposição a partir do acervo dos outros, que hoje são os verdadeiro legitimadores do que se vê: o coletivo fala por si, através das redes sociais. Trata-se de um acervo open source que contribui com a história do futuro e a identidade do presente. Quase em um estado de antropofagia institucional, o Museu é consumido pelos seus visitantes que é consumido pelo Museu, na criação de uma coleção feito pelos “outros”.
Serviço
MOSTRA LABMIS
ABERTURA 25.07, às 19h
DATA 26.07 a 05.08
HORÁRIO Terças a sexta 10h às 21h; sábado 10h às 22h; domingos e feriados das 11h às 20h
LOCAL Foyer Auditório MIS
INGRESSO gratuito
CLASSIFICAÇÃO livre