Pedro Reyes consegue misturar os domínios da utopia e da função, fantasias individuais e aspirações coletivas através do domínio da forma dentro de uma noção expandida de escultura. Formado em arquitetura, seu trabalho é impregnado com esquemas simbólicos e físicos para melhorar a comunicação humana e a criatividade. Ele explora as formas nas quais um espaço permite momentos individuais de libertação ou ativa a interação entre um grupo de pessoas, com o propósito de liberar a criatividade de limitações comuns.
Para sua exposição na Galeria Luisa Strina, Reyes apresentará uma série de esculturas inéditas de pedra, concreto, bronze e ferro forjado. Embora técnicas como esculpir diretamente na pedra tenham praticamente desaparecido da prática contemporânea, é de interesse de Reyes reconectar-se com a longa tradição da escultura ao longo do tempo e geografia.
As Litófonas são blocos monolíticos de mármore preto com cortes paralelos de diferentes comprimentos e profundidades, resultando em objetos que produzem notas musicais diferentes quando tocados. Nessas obras, a volumetria não é apenas uma presença visual, mas também acústica e participativa, uma vez que requerem a intervenção de um músico ou de um participante para serem ativadas e experimentadas.
Nu em espiral explora a figura reclinada, um tema central na escultura do século XX. Henry Moore esteve particularmente interessado no Chac-mool (tipo de escultura pré-colombiana meso-americana apoiada nos cotovelos, com a cabeça virada de lado e uma tigela descansando no colo) para elaborar grande parte de suas figuras reclinadas; mostrando que grandes transformações na escultura moderna foram inspiradas na estatuária arcaica.