De 28 de junho a 09 de julho, o Museu da Diversidade Sexual, a Casa das Rosas e o Museu da Imagem e do Som – MIS, participam do TRANSdocumenta, mostra que irá discutir assuntos ligados à transexualidade por meio de exibição de documentários, debates, exposições fotográficas, entre outras atividades. O evento é parte da agenda de direitos humanos “O Mundo que Queremos”, do Governo do Estado, por meio da Assessoria Especial para Assuntos Internacionais (AEAI), em parceria com a ONU, e da campanha “Sonhar o Mundo”, realizada pelos museus da Secretaria da Cultura do Estado.
A abertura será na quinta-feira, 28, no Red Bull Station. Durante o evento, além de conferir a exposição fotográfica “Com Muito Orgulho”, o público terá a oportunidade de acompanhar o lançamento do projeto “Memórias da Diversidade”, apresentado por Franco Reinaudo, diretor do Museu da Diversidade Sexual. A iniciativa traz depoimentos de pessoas LGBTIs com mais de 65 anos de idade. Também participa da cerimônia, Ana Paula Fava, assessora especial para Assuntos Internacionais do Governo do Estado de São Paulo, que irá discursar sobre o tema. Os interessados em participar da abertura devem se inscrever aqui. O evento é gratuito, mas as vagas são limitadas.
O objetivo da mostra é promover o diálogo e o debate abordando os desafios enfrentados pela população LGBTI+. Para isso, a programação inclui também rodas de conversas com diretores dos documentários que serão exibidos ao longo da semana, pocket shows e a feira “Ocupa Diversa”, com peças de empreendedores LGBTI+.
Entre os documentários, estão curtas e longa-metragens nacionais e internacionais. Dirigido por Chico Santos e Rafael Mellim, o curta-metragem de ficção “Estamos Todos Aqui” abrange a transexualidade e explora a realidade dos moradores das favelas, por meio de Rosa Luz, líder da Favela da Prainha, localizada no litoral sul de São Paulo. Premiado, foi considerado o melhor curta-metragem pelos júris da 21ª Mostra de Tiradentes e pelo 25º Festival Mix Brasil.
Produção holandesa, com direção de Daniel Abma, “Transit Havana” se passa em Cuba e conta a história de três transexuais que aguardam na fila de espera para realizar a cirurgia genital, realizada por cirurgiões europeus e organizada por Mariela Castro, filha do presidente. Além destes, serão apresentados os brasileiros “Quarto Camarim”, “Meu Nome é Jacque” e “Meu Corpo é Político”; os canadenses “Last Chance” (Última Chance), “My Prairie Home” (Meu Lar nas Pradarias) e o alemão “Auf der Anderen Seite” (Do Outro Lado).
Confira a programação completa da mostra TRANSdocumenta:
RED BULL STATION
28 de junho, quinta-feira
19h00 às 22h00
Praça da Bandeira, 137, Centro, São Paulo
(11) 3107-5065
Abertura oficial da Mostra TRANSdocumenta
Exposição de fotografias Com Muito Orgulho, do Museu da Diversidade Sexual
Exibição do documentário “Estamos Todos Aqui” e conversa com os diretores
O curta de ficção abrange a questão da transexualidade, além de explorar a realidade dos moradores das favelas usando a personagem Rosa Luz como líder da Favela da Prainha, litoral sul de São Paulo. O papel de Rosa permite esclarecer os constantes desafios de discriminação sexual que tentam superar pessoas LGBTs de periferias do Brasil. Duração: 22 min | Direção: Chico Santos e Rafael Mellim (Brasil) | Classificação: 12 anos
Lançamento do projeto Memórias da Diversidade
Coquetel com pocket show
MUSEU DA DIVERSIDADE SEXUAL
Estação República do Metrô – piso Mezanino
Rua do Arouche, 24, República – São Paulo
(11) 3882-8080
29 de junho, sexta-feira
16h00 – Exibição do documentário “Last chance” (Última Chance)
Este documentário conta a história de cinco pessoas que buscam por asilo e fogem de seus países de origem para escapar da violência LGBTfóbica. Eles enfrentam obstáculos para chegarem até o Canadá, temem deportação e aguardam ansiosamente uma decisão que irá mudar suas vidas para sempre. Duração: 84 min | Direção: Paul-Émile d’Entremont (Canadá) | Classificação: 14 anos
18h00 – Exibição do documentário “Quarto Camarim”
O documentário apresenta a busca da diretora por a sua tia transexual depois de 6 anos sem contato. Desenvolvendo a temática da comunidade LGBT no papel da tia, o roteiro lida as ideias sociais e políticas que envolvem a controvérsia e os preconceitos da transexualidade com uma abordagem artística e familiar. Duração: 101 min | Direção: Fabrício Ramos e Camele Queiroz (Brasil) | Classificação: 12 anos
30 de junho, sábado
16h00 – Exibição do documentário “Meu Nome é Jacque”
O documentário apresenta a história de uma mulher transexual lidando com a AIDS há mais de 20 anos. Reflete as questões da transfobia e da exclusão social contra as quais a protagonista luta. A diretora tentou expor a realidade da comunidade LGBT esforçando-se para quebrar os paradigmas usando o exemplo pessoal da ativista Jacque. Duração: 72 min | Direção: Angela Zoé (Brasil) | Classificação: 12 anos
18h00 – Exibição do documentário “Auf der anderen Seite” (Do outro lado)
Inicialmente, Nejat (um personagem andrógino) não aprova o relacionamento de seu pai com a prostituta Yeter, o que muda quando ele descobre que o pai envia constantemente dinheiro para a Turquia no intuito de pagar os estudos da filha dela, Ayten. Nejat cresce apaixonado por Yeter, mas sua repentina morte faz com que ele se afaste de seu pai. Nejat decide ir a Istambul para procurar Ayten, descobrindo que ela se tornou uma ativista política e está na Alemanha. Duração: 120 min | Direção: Fatih Akin (Alemanha) | Classificação: 12 anos
CASA DAS ROSAS
Av. Paulista, 37, Bela Vista – São Paulo-SP
Estação Brigadeiro do Metrô (850m)
(11) 3285-6986 | (11) 3288-9447
01 de julho, domingo
13h00 – Exibição do documentário “Meu Corpo é Político” e conversa com a diretora Alice Riff
Vivenciado o dia a dia ao lado de diversos ativistas LGBTs moradores das periferias de São Paulo, o documentário faz um panorama do contexto social em que os personagens estão inseridos. Além disso, levanta questões sobre a população trans no Brasil e suas disputas políticas. Duração: 72 min | Direção: Alice Riff (Brasil) | Classificação: 12 anos
16h00 – Exibição do documentário “Transit Havana”
Em Havana, as transexuais Odette, Juani e Malú aguardam cirurgia genital – realizada por cirurgiões de primeira linha e organizada pela filha do presidente, Mariela Castro. Novas possibilidades enfrentam problemas antigos: as pessoas trans cubanas encontrarão felicidade apesar da intolerância, pobreza e prostituição? Duração: 86 min | Direção: Daniel Abma (Holanda) | Classificação: 18 anos
05 de julho, quinta-feira
20h00 – Exibição ao ar livre do documentário “My prairie home” (Meu Lar nas Pradarias)
Neste documentário-musical feito por Chelsea McMullan, a pessoa não-binária de gênero fluído cantora indie Rae Spoon nos leva em uma viagem lúdica, meditativa e melancólica, às vezes. Com imagens majestosas das expansões infinitas das pradarias canadenses, o filme apresenta Spoon cantando sobre seu amadurecimento de gênero e musical. Entrevistas, performances e sequências musicais revelam processo de inspiração de Spoon de construir uma vida própria, como uma pessoa trans e como músico. Duração: 77 min | Direção: Chelsea McMullan (Canadá)
MUSEU DA IMAGEM E DO SOM – MIS
Av. Europa, 158 – Jardim Europa – São Paulo-SP
(11) 2117-4777
09 de julho, segunda-feira
Auditório
Exposição de fotografias COM MUITO ORGULHO, mostra do Museu da Diversidade Sexual
14h00 – Exibição do documentário “Transit Havana”
16h00 – Exibição do documentário “Estamos Todos Aqui”
17h00 – Exibição do documentário “Auf der anderen Seite” (Do outro lado)
18h30 – Exibição do documentário “Bicha Preta”
Bicha Preta aborda os aspectos socioculturais que auxiliam na marginalização da negritude, especificamente em relação ao indivíduo homossexual e contribui relatando a diversidade de expressões e lutas dentro de um mesmo movimento, trazendo a público nova reflexões e deixando marcado na história, vivências antes nunca documentadas. Duração: 23 min | Direção: Thiago Rocha | Classificação: 12 anos
Área externa
12h00 às 18h00 – Feira de expositores LGBTI+ e pocket shows
O Mundo Que Queremos
A Assessoria Especial para Assuntos Internacionais do Governo do Estado de São Paulo e a Rede Brasil do Pacto Global promovem ao longo deste ano a agenda “O Mundo Que Queremos”, que comemora os 70 anos da Declaração Universal do Direitos Humanos, assinada pela ONU em 10 de dezembro de 1948. O #SmashTheGlass, que tratou a igualdade de gênero e violência contra a mulher na Pinacoteca, e o “Abolição – 130 anos depois”, realizado no Museu Afro Brasil, com foco na população negra e igualdade racial, foram as primeiras ações da agenda. A Pinacoteca e o Museu Afro Brasil são museus da Secretaria da Cultura do governo paulista.
Sonhar o Mundo
A Secretaria da Cultura realiza, desde 2015, a campanha “Sonhar o mundo – museus e Direitos Humanos” a partir de uma programação específica e ações nas mídias na semana dos Direitos Humanos nos museus do Estado de São Paulo. Em 2018, a Secretaria da Cultura se une a agenda “O Mundo que Queremos”, objetivando realizar uma programação ao longo do ano para celebração dos 70 anos da Declaração dos Direitos Humanos.