As galerias Fortes D’Aloia & Gabriel e Quadra, em São Paulo, apresentam juntas a exposição Ana Cláudia Almeida & Tadáskía, com curadoria de Clarissa Diniz. A mostra ocupa simultaneamente os dois espaços e traz uma seleção de novos trabalhos das artistas, incluindo esculturas, pinturas, desenhos, relevos de parede, vídeos e fotografias. Essas obras exploram conexões entre cosmologia, memória e transformação.
Essa é a primeira vez que as duas artistas exibem seus trabalhos no Brasil após conquistas internacionais marcantes: Ana Cláudia Almeida ingressou no programa de Master of Fine Arts de Yale, e Tadáskía teve uma exposição individual no MoMA, em Nova York. A proposta da mostra, porém, não é destacar as semelhanças entre as práticas delas, mas as diferenças e tensões que surgem entre suas obras. A ideia não é criar conexões óbvias, mas explorar o que emerge da diferença.
“As disparidades nas obras de Ana Cláudia Almeida e Tadáskía não são complementares. Suas diferenças não se equivalem. As singularidades de suas produções destacam o desconhecido, que resiste à familiaridade que frequentemente é imposta a elas.”
Ana Cláudia trabalha com materiais como tintas, plásticos, bastões a óleo, tecidos e imagens. Suas obras têm um caráter fluido e mutável: suas esculturas parecem em constante transformação, suas pinturas em grande escala têm fragmentações que lembram caleidoscópios, e suas criações em pano têm um aspecto leve e esvoaçante.
A artista aposta na memória como material central. Vestígios de gestos anteriores permanecem visíveis em suas obras, criando uma profundidade simbólica e visual. Sua abstração traz camadas sobrepostas que refletem lembranças, práticas e rituais, tornando a memória quase palpável.
Já Tadáskía explora a transformação como tema central em seus desenhos de grande escala, feitos com técnicas mistas em papel de bordas rasgadas. Sua paleta de cores vai do vibrante e solar ao sombrio e noturno. Suas composições combinam gráficos intrincados com relevos e esculturas que brincam com volumes e formas no espaço.
As obras de Tadáskía evocam seres e estruturas em constante mutação, transitando entre o fantástico e o cósmico. A artista sugere a impermanência como ponto-chave de sua narrativa visual, criando um universo lúdico e encantador onde até uma joaninha pode protagonizar uma saga mágica.
“Com Ana Cláudia Almeida & Tadáskía, queremos desaprender a gramática comparativa que transformou proximidades em semelhanças e naturalizou a tradução como adequação. Aqui, buscamos profanar o espelho como símbolo de representação e relacionalidade.”
A exposição convida o público a refletir sobre as diferenças como potência e a se perder (ou se encontrar) nesse terreno de significados múltiplos e transformações visuais. Imperdível!
30 Nov, 15h–18h
Galpão: Rua James Holland 71, São Paulo
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