A Galeria Lume apresenta duas novas exposições a partir do dia 09 de março. No espaço expositivo I acontece a individual de Kilian Glasner; no espaço II está a exposição instalativa de Amalia Giacomini.
Partindo de uma extensa pesquisa e imersão na natureza, Kilian Glasner inaugura sua individual “Ensaio sobre o ingovernável”. Com curadoria de Paulo Kassab Jr., a mostra revela o próximo passo na produção de Glasner, com obras recém produzidas inspiradas em suas experiências recentes nas proximidades da cidade de São Miguel do Gostoso, Rio Grande do Norte.
Em sua quarta exposição individual na Galeria Lume, Glasner mergulha na vastidão da natureza selvagem, abordando elementos como mares turbulentos, tempestades em formação e representações meteorológicas retratando a aspereza das dunas e a fúria dos mares ao longo do extenso litoral potiguar, oferecendo uma profunda reflexão sobre a essência imponente e indomável da natureza.
O artista preenche as paredes da galeria com desenhos produzidos em pigmento puro e pastel seco sobre papel, materiais já explorados em suas produções anteriores, e utiliza como base imagens fotográficas de paisagens ou capturas de satélites climáticos. Com uma técnica ímpar, Glasner coloca em foco a natureza indomável resultante da ação humana.
Recife, 1977. Vive e trabalha em Recife, Brasil.
Começou os estudos nos anos oitenta, e ganhou seu primeiro prêmio aos 21 anos no Salão de Artes Visuais de Pernambuco. Com 22 anos se mudou para Paris onde se graduou na ecole des Beaux Arts. Durante esse período foi aluno do artista Giuseppe Penone e realizou exposições em Paris, Londres, Itália, Bélgica e Holanda.
Voltando ao Brasil em 2007 entrou para a Galeria Laura Marsiaj-RJ, Moura Marsiaj-SP e Mariana Moura. Ganhou o prêmio Rumos Visuais do Instituto Itaú Cultural com a instalação “Rua do Futuro”. Em 2010, foi convidado pela Fundação Calouste Gulbenkian de Lisboa para realizar uma enorme instalação chamada “O Brilhante futuro da cana-de-açúcar”.
Expôs na Galeria Marco Antonio Vilaça ao ser contemplado com o prêmio Santander. Realizou exposições individuais nas capitais Brasileiras com patrocínio institucional do Instituto Caixa Cultural, Itaú Cultural, Santander Cultural, Centro Cultural Banco do Brasil. Nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, salvador, Rio Branco, Pernambuco, Curitiba , João Pessoa e Recife.
Em 2012 voltou para Europa e se instalou na cidade de Berlim onde morou por dois anos. Durante esse período realizou exposições em Bruxelas na Galeria Reinhart, nas embaixadas brasileiras de Londres e Atenas.
É por meio da capacidade de reconstruir e atribuir um novo sentido ao espaço através da geometria que a artista Amalia Giacomini cria “Flutuações”, uma exposição instalativa na Galeria Lume, a ser inaugurada no dia 09 de Março. Com curadoria de Paulo Kassab Jr., a artista ocupa o espaço expositivo II da galeria com uma instalação e esculturas de parede produzidas como novos ensaios originados a partir de sua série de 2020, “Catenas”.
Giacomini explora e constrói suas obras de forma livre, incorporando elementos de seu repertório de vida, desde sua formação em arquitetura, até a afinidade pela matemática, biologia e história da arte. Do mundo fechado, do atelier, edifica suas anamneses, lembranças que vão se justapondo na repetição dos gestos. Agora a artista retoma o conceito de catena, que na matemática é a denominação da curva formada por um fio ou corrente flexível, de densidade constante em todo seu comprimento, suspenso unicamente por seus dois extremos, sendo submetido apenas à força da gravidade.
A linha sempre foi um coeficiente imutável na produção de Amália, que, sendo uma artista do espaço, incorpora-a de modo polissêmico em suas obras, ora horizonte, ora limite, ora tensão, tendo como ponto crucial a presença humana em relação à obra. Ao adentrar a exposição, inicialmente nota-se a objetividade geométrica da produção da artista, no entanto, ao observar as correntes cateniformes que se inclinam leves sob a influência da gravidade, somos convidados a mergulhar em uma reflexão sobre as forças sutis que esculpem nossa existência.
São Paulo, 1974. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Amalia é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela FAU USP, pós-graduada em História da Arte e Arquitetura no Brasil pela PUC- Rio e Mestre em Linguagens Visuais pela EBA UFRJ. É professora de história da arte no curso de Arquitetura da PUC-Rio.
Expôs seu trabalho em diversas instituições do país como Instituto Tomie Othake (SP) Itaú Cultural (SP), Museu da Casa Brasileira (SP), Museu Brasileiro da Escultura (SP), Paço Imperial (RJ), Centro Cultural São Paulo, Centro Universitário Maria Antonia da USP (SP), Galerias da FUNARTE (RJ e DF), Centro Cultural Sérgio Porto (RJ), Museu de Arte Contemporânea do Paraná (Curitiba), MAC de Niterói, Centro Cultural Dragão do Mar (Fortaleza), entre outros. Em 2005 ganhou o prêmio Projéteis de Arte Contemporânea da FUNARTE e participou da mostra Projéteis FUNARTE do Ano do Brasil na França, em Paris.
Em 2009 realizou a individual Libérer l’horizon réinventer l’espace, na galeria da Cité des Arts, em Paris; em 2012 apresentou a exposição individual The Invisible Apparent na Galeria Nacional de Praga.
A Galeria Lume foi fundada em 2011 com a proposta de fomentar o desenvolvimento de processos criativos contemporâneos ao lado de seus artistas e curadores convidados. Dirigida por Paulo Kassab Jr. e Victoria Zuffo, a Lume se dedica a romper fronteiras entre diferentes disciplinas e linguagens, através de um modelo único e audacioso que reforça o papel de São Paulo como um hub cultural e cidade em franca efervescência criativa.
“Ensaio sobre o ingovernável” de Kilian Glasner e “Flutuações” de Amalia Giacomini
Curadoria: Paulo Kassab Jr.
Local: Galeria Lume
Endereço: Rua Gumercindo Saraiva, 54 – Jardim Europa, São Paulo – SP
Abertura: 09 de março, sábado, das 11h às 17h
Período expositivo: 09 de março de 2024 a 27 de abril de 2024
Horário de visitação: Segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 11h às 15h
Entrada gratuita
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