Nádia Taquary inaugura a sua primeira exposição individual no Museu de Arte do Rio. Com uma pesquisa que perpassa a força e a beleza da joalheria afro-brasileira e das questões da ancestralidade, a artista baiana inaugura a mostra “Ònà Irin: caminho de ferro”, que terá início no dia 28 de outubro no MAR e celebra o sagrado. A poética da artista faz uma projeção sobre as jóias de crioulas através de esculturas, objetos-esculturas, instalações e videoinstalação.
Nádia Taquary vem se revelando como uma artista de grande relevância na arte contemporânea atual. A artista vem participando de grandes exposições nacionais como “Um Defeito de Cor”, também no MAR, além das mostras “Brasil do Futuro”, no Centro Cultural Solar Ferrão, em Salvador; e em “Um Oceano para Lavar as Mãos”, no Palácio Quintandinha, em Petrolina. No exterior, possui obras em atual exibição na mostra “Craft Front Center”, no Museu de Arte e Design de Nova York, além de ter sido convidada, recentemente, para a 24ª Bienal de Sidney.
A mostra conta com a curadoria da equipe do Museu de Arte do Rio e do artista e curador baiano Ayrson Heráclito. “A gente faz uma espécie de apanhado da carreira da artista, com obras de várias épocas. Mas também teremos peças inéditas. Quem nunca viu o trabalho da Nádia Taquary vai encontrar essa joalheria afro-brasileira com escala alterada, verá as personagens que estão ligadas às tradições nagô e yorubá e encontrará esculturas de mulheres aladas, mulheres pássaro. Existe o lugar da fábula nessa exposição, onde você vai encontrar corpos em metamorfose. Então, é uma exposição individual de uma artista com uma trajetória já consolidada e que também vai ter muita surpresa para o público com a manufatura das obras. São esculturas muito manufaturadas, com miçangas, búzios e pratarias. Com certeza é um lugar de muito encanto”, revela Marcelo Campos, curador-chefe do MAR.
A exposição “Ònà Irin: caminho” ressalta a missão do MAR em abrir o espaço museal para a arte brasileira contemporânea produzida por mulheres. “O Museu de Arte do Rio é um espaço amplo e plural e receber a primeira exposição individual institucional de Nádia Taquary é promover o protagonismo feminino nas artes visuais. Sabemos que a produção artística de Nádia Taquary celebra a cultura afro-brasileira, e suas criações transitam entre o passado e o presente, reverberando no público a questão da ancestralidade”, afirma Leonardo Barchini, Diretor e Chefe da Representação da Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) no Brasil, instituição que faz a gestão do MAR.
Nadia Taquary é baiana, nascida em Salvador. Graduada em Letras pela UCSAL e pós-graduada em Educação, Estética, Semiótica e Cultura pela EBA-UFBA. Em 2011, realizou sua primeira individual A Bahia Tem…, no Museu Carlos Costa Pinto. Seu trabalho já foi apresentado no MAR (Museu de Arte do Rio, 2014), na SPArte (2016), na Arte Rio (2015), no Museu de Arte da Bahia (2014), na III Bienal da Bahia (2014) e na Galerie Agnès Monplaisir (Paris, 2016). Está na coleção do MAR (Museu de Arte do Rio) e é parte de diversas coleções particulares no Brasil e no exterior.
São esculturas, objetos-esculturas, instalações e videoinstalação que retratam a cultura religiosa afro-baiana, sua história e identidade, a partir de uma pesquisa pela ourivesaria colonial, os balangandãs das escravas.
Foi a partir deste encontro com a história baiana, deste conhecimento ancestral, que a artista iniciou seu percurso como escultora, a projeção de um olhar sobre as joias de crioulas e os adornos corporais africanos, e que por meio de uma poética e uma estética compõem sua criação e seu próprio imaginário acerca da religiosidade e da cidadania negra.
A artista é representada pela Galeria Paulo Darzé, com sede em Salvador.
O MAR é um museu da Prefeitura do Rio e a sua concepção é fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação Roberto Marinho. Em janeiro de 2021, o Museu de Arte do Rio passou a ser gerido pela Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) que, em cooperação com a Secretaria Municipal de Cultura, tem apoiado as programações expositivas e educativas do MAR por meio da realização de um conjunto amplo de atividades. A OEI é um organismo internacional de cooperação que tem na cultura, na educação e na ciência os seus mandatos institucionais.
EXPOSIÇÃO “Ònà Irin: Caminho de ferro” – Nádia Taquary
Local: Museu de Arte do Rio (MAR) Praça Mauá, 5 – Centro, Rio de Janeiro
Abertura: sábado, 28 de outubro – 11h
Encerramento: Junho de 2024
Horário de funcionamento: De Terça-feira a domingo
Venda de Ingresso na bilheteria e/ou totens: 10h30 às 17h
Visitação ao pavilhão de exposições: 11h às 18h (última entrada às 17h)
Valor do Ingresso Inteira: R$ 20,00; Meia-entrada: R$ 10,00
Formas de pagamento: Cartões de crédito ou débito.
Informações de gratuidade aqui
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