livro “práticas dissidentes: artistas brasileiras” (2025, edições Pinakotheke), de Claudia Calirman
Pinakotheke lança em 2025 a versão em português do livro de Claudia Calirman, Práticas dissidentes: artistas contemporâneas brasileiras, originalmente publicado em 2023 pela Duke University Press como Dissident Practices: Brazilian Women Artists, 1960s-2020s. Professora de História da Arte na John Jay College of Criminal Justice (CUNY), em Nova York, Claudia examina 60 anos de trajetória de mais de 18 artistas visuais brasileiras, preeminentes e emergentes, abordando suas agendas radicais e a produção de diversidade em uma sociedade ainda marcada pela discriminação de gênero. A obra de 292 páginas, traduzida por Mariano Marovatto, recebeu elogios da crítica internacional, incluindo destaque no The New York Times.
“Ao longo dos anos, tive conversas, trocas e interações com diversas pessoas. Suas vozes, ideias e contribuições constituem o amálgama deste livro”. As artistas apresentadas no livro são Sonia Andrade (1935-2022), Lenora de Barros (1953), Fabiana Faleiros (1980), Renata Felinto (1978), Anna Bella Geiger (1933), Anna Maria Maiolino (1942), Aline Motta (1974), Lyz Parayzo (1994), Berna Reale (1965), Rosângela Rennó (1962), Sallisa Rosa (1986), Gretta Sarfaty (1947), Val Souza (1985), Aleta Valente (1986), Regina Vater (1943), Lygia Pape (1927-2004), Letícia Parente (1930-1991), Wanda Pimentel e Márcia X (1943-2019).
“Práticas dissidentes: artistas contemporâneas brasileiras” abrange os anos da ditadura militar nas décadas de sessenta e setenta, “o regresso à democracia nos anos oitenta; as mudanças sociais no início do século XXI; a ascensão da direita no final da década de 2010; e o recente advento de uma geração mais jovem e diversificada lutando pela igualdade de gênero e pelos direitos LGBTQ”, detalha Claudia Calirman.
“As práticas dessas artistas tornaram-se indissociáveis à uma multiplicidade de lutas contra a censura, a violência de Estado, a desigualdade social, o racismo sistêmico, a brutalidade policial e a exclusão de grupos marginalizados”.
2 de setembro, às 19h
Janela Livraria – Rua Maria Angélica 171B, Jardim Botânico, Rio de Janeiro
A autora conversa com Katia Maciel e Camila Perlingeiro
11 de setembro, às 16h
ArtRio[lounge editorial] – Marina da Glória, Rio de Janeiro [necessário ingresso]
15 de setembro, às 14h
ECA-USP – Conversa com Claudia Calirman – Av. Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443 sala 102, Vila Universitária, São Paulo
16 de setembro, às 18h30
Livraria da Tarde – R. CônegoEugênio Leite, 956, Pinheiros, São Paulo
A autora conversa com Fabiana Faleiros e Camila Perlingeiro
Este projeto teve o apoio da Andy Warhol Foundation ArtsWriters Grant, da MillardMeissPublication Grant, do Office for the Advancement of Research da John Jay College of Criminal Justice, além dos prêmios PSC-CUNY (Professional Staff Congress-City University of New York).
Edições Pinakotheke iniciou a sua atividade em 1980 como editora especializada na publicação de livros exclusivamente voltados para a história da arte no Brasil. Até os dias atuais apresentou cerca de 93 títulos inéditos, cuja qualidade assegurou-lhe os mais importantes prêmios do país.
Em seus livros, ilustrados por reproduções de obras de arte, publicou textos assinados por notáveis autores e críticos de arte sobre os nossos mais importantes artistas como Giovanni Batista Castagneto, Candido Portinari, José Pancetti, Raimundo Cela, Alberto da Veiga Guignard, Antonio Bandeira, Candido Portinari, Lasar Segall, Emiliano di Cavalcanti, Victor Brecheret, Cícero Dias, Bruno Giorgi, Alfredo Volpi, Antonio Dias, Leonilson, Lygia Clark, Servulo Esmeraldo, Frans Krajcberg, Gonçalo Ivo, Franz Weissmann, Wesley Duke Lee, Tomie Ohtake, Flavio-Shiró e Luciano Figueiredo.
Dentro dos objetivos da Pinakotheke de levar o conhecimento através de atividades educacionais, a partir de 2002 lançou títulos para o público infanto-juvenil. Segundo as palavras de Jacob Klintowitz “o serviço que esta editora prestou ao Brasil e à arte, é inestimável. Ela nos apresentou o século XIX com o Grupo Grimm, o Núcleo Bernardelli, artistas como Parreiras, Castagneto, Batista da Costa, Marcier, Pedro Américo, Victor Meireles e importantes coleções como as Roberto Marinho, Aldo Franco e Cultura Inglesa. Há muito tempo ela tem a amizade dos pais. É hora de a Pinakotheke fazer uma aliança definitiva com as crianças” na apresentação da Coleção História da arte brasileira para crianças de Nereide Schilaro Santa Rosa.
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