Ao longo de toda história as pessoas tentaram estabelecer definições sobre a arte. Os críticos de arte possuem um importante papel nesse sentido.
Nessa matéria veremos no que consiste um crítico de arte, quais são os principais profissionais desse ramo atualmente e as mudanças históricas nas concepções estéticas artísticas.
Esse texto faz parte de uma série que criamos chamada: Agentes do Mercado de Arte.
Fatores como: realismo, beleza, transmissão de emoção, formalismo, conceitos, buscam responder às perguntas citadas acima.
Novas gerações de críticos alteraram para sempre a percepção do público sobre estilos estéticos; estimularam significativamente essas mudanças de gosto.
Na Itália Renascentista, por exemplo, a arte estava diretamente relacionada com a representação fiel da realidade; pinturas e esculturas deviam apresentar simetrias, proporções, detalhes precisos sobre o corpo humano, etc. Já na Arte Moderna do início do século XX, em contrapartida, os desenhos surrealistas de Salvador Dalí, completamente diferente dos antigos clássicos e um Urinol, de Duchamp, são fortes representações do que é a arte.
Como podemos observar, as mudanças nos critérios artísticos se desenvolveram simultaneamente ao processo das mudanças históricas. E assim continuará. Os críticos de arte possuem um grande papel como intelectuais que entendem essa dinâmica e explicam para o público.
Um crítico de arte escreve resenhas de obras individuais ou de exposições, seja para um público leigo, seja para um mais especializado. Seus artigos aparecem em plataformas como: jornais, revistas, periódicos acadêmicos e blogs de arte.
Baseando seus julgamentos em elementos objetivos e racionais, esses profissionais possuem uma metodologia de trabalho que envolve: descrever, analisar, interpretar e avaliar. Além disso, é claro, espera-se que eles tenham um profundo conhecimento de história da arte.
Normalmente, um crítico de arte participa de um evento cultural, como uma exposição, e depois escreve um artigo sobre ela de uma maneira interessante e envolvente. Ao fazer isso, seu objetivo é popularizar a arte para um público maior.
O crítico é frequentemente confrontado com uma escolha: defender velhos padrões, valores e hierarquias ou defender aquilo que é novo e subversivo. Assim, ao mesmo tempo, há críticos reacionários e de vanguarda.
Artistas extremamente inovadores, cujo trabalho é radicalmente diferente do padrão, representam um desafio maior de análise por parte dos críticos. Ou esses artistas ultrapassam os limites da compreensão e apreciação do crítico, ou então forçam-no a questionar suas próprias certezas intelectuais.
O poeta e crítico francês Charles Baudelaire disse, que: “para ser justa, ou seja, para justificar sua existência, a crítica deve ser partidária, apaixonada e política, ou seja, escrita de um ponto de vista exclusivo, mas de um ponto de vista que abra para horizontes mais amplos”. Dessa forma, as críticas de arte são subjetivas e objetivas, simultaneamente.
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