Novo espaço cultural inaugura com exposição multimídia.
A partir de 6 de outubro um novo espaço voltado às manifestações culturais será aberto, no coração da zona sul de São Paulo, na Avenida Faria Lima
O espaço tem como proposta a criação de um local expositivo e de debates envolvendo agentes culturais e criadores. Desse modo, como primeiro evento serão reunidos diversos artistas que abordam o universo criativo por meio de formas singulares e plurais.
O primeiro evento do espaço será o PROJETO CONVERGÊNCIAS que vai apresentar uma mostra extremamente heterogênea, com trabalhos que vão desde objetos interativos passando por mídias digitais: vídeos, mapeamento espacial (vídeo-mapping), música eletroacústica, performances que dialogam com a reflexão sobre o corpo no universo da digitalização, enfim, uma Mostra que se quer plural, representativa, composta por linguagens contemporâneas e tendo sempre como fio condutor a multiplicidade cultural resultante da sociedade pós-industrial e da crescente globalização dos meios informacionais.
Projetos e artistas participantes
Alex Orsetti – Desejos incontidos (Street art)
(formado em desenho de comunicação, gravura e vitrinismo, já expos suas obras em vários estados do Brasil, na França e na Inglaterra)
A partir da base preta que já está nas duas fachadas (Faria Lima e Rua Quatá) será feito desenho explorando a técnica claro-escuro. Na fachada da Av. Faria Lima, pássaros voando e saindo de um coração (realista, baseado em fotos de anatomia humana) pendurado por uma corda e na fachada Quatá, um mágico segurando uma cartola de onde saem pássaros.
Embolex – CAIXA PREGO (videomusical)
(Projeto já apresentado em Belo Horizonte na Mostra de Design Festival Eletronika, em Cannes, França, durante evento da Apro/Film Brazil, no Festival Visual Brasil em Barcelona, em Berlin no projeto novas tendências do Wendel Bar, em Londres no evento The Hive, em São Paulo no Sesc Pinheiros durante a Virada Cultural 2011 e em 14 cidades do interior do estado de SP durante a Mostra de Artes do Sesc de 2011. Em Brasília na praça do Museo Nacional com publico de 13.000 pessoas. No MIS de São Paulo em 2011, no Rio de Janeiro no festival Multiplicidade e em Niterói 2011.)
O objetivo é compor performances que se apropriam da cultura do remix e do “sampling”, misturando diferentes registros de viagens consideradas inesquecíveis, acompanhada de instrumentos acústicos, elétricos e digitais, bateria, baixo e MC, proporcionando uma apresentação fluída e permeável. O coletivo capta conteúdo audiovisual para mixar com trechos pré-produzidos e assim criam apresentações que são sempre únicas. O set videomusical mistura estilos musicais e elementos culturais de diversos pontos do planeta, o CAIXAPREGO. É composto por um mosaico colaborativo de imagens de memórias, onde conhecidos e desconhecidos contribuem com o material bruto que se transformará em um mashup audiovisual. Os “contribuintes” podem enviar cartões postais, fotos e vídeos de suas viagens inesquecíveis para um email e depois conferir o resultado ao vivo durante a performance Embolex. Alem desse material, trechos de documentários, filmes, e vídeos da internet também serão usados para compor esse chocante purê audiovisual. Participação especial: MC Rodrigo Brandão (Mamelo Sound System), Dengue (Nação Zumbi) – www.embolex.com.br
MaicknucleaR – “A Poética da Destruição”.
(Compositor e vocalista desde 1992. Em 2005 lançou site “O Pastrame” e lançou a revista virtual Lasanha Literata. Em 2008 fundou a produtora virtual Fronteira Filmes e lançou a série de curtas metragens “Terrorismo Poético”). Assina os projetos musicais Fronteira Hits, Sarau Portátil, Paulistanas Depravadas e NucleaR Reggae Style. Autor dos livros “Meu Doce Valium Starlight (2007) e “Dançando Valsa nos Salões do Inferno (2009). Tornou-se performer e artista de rua em 2010 por influência de sua série “Terrorismo Poético”.)
A Poética da Destruição é um projeto de “cartazes vivos”, que interagem com o ambiente, ou que são simplesmente colados. O artista define o céu da noite paulistana e todo seu trabalho segue uma linearidade cósmica que liga e desliga-se em links escusos e absurdos inconstantes. É uma visão seca sobre a beleza da vida pré-apocalíptica, que é retratada dos escaninhos mais sujos aos locais mais solenes da cidade.
Monique Allain – MAIS ÁGUA – Vídeo monocanal – 3’55”
(Artista, pesquisadora e educadora. Mestre em Artes Visuais, bacharel em Artes Plásticas, Licenciatura em Ciências Físicas e Biológicas, pós-graduação em Genética. Foi produtora cultural na Casa das Rosas, com José Roberto Aguilar. Desenvolveu projeto Livro Aberto com grafiteiros do Projeto Escola Aprendiz. Com Dácio Bicudo abriu o espaço de ações artísticas coletivas CEL 1121. Residente na Cité Internationale des Arts, em Paris. Participou do The Maumaus Independent Study Programme Lisbon at the 29th São Paulo Biennial (2010). Integra o Grupo de Pesquisa Arte&Meios Tecnológicos (CNPq/FASM) e ingressou no Grupo de Pesquisa em Processos de Criação (CNPq/PUCSP).
O vídeo MAIS ÁGUA tem como propósito proporcionar uma situação onde o público possa experimentar virtualmente e fisicamente pelo viés sensório, esta substância vital. Nós temos o corpo constituído com mais de 70% de água. Somos praticamente feitos de água. Não conhecemos nenhum ser vivo capaz de existir sem a presença desta substância química composta de Hidrogênio e Oxigênio (formula molecular: H2O). Por isso, ela tornou-se sinônimo de vida e fonte inspiradora. A água cobre também mais de 70% da superfície da Terra. A comunicação e dinâmica que se estabelece entre nós e o meio em que nos encontramos se dá em grande parte graças à água e aos processos osmóticos que ocorrem com sua presença. No que diz respeito à esta substância, quando o sujeito implicado é o ser humano, o significado dos verbos SER e ESTAR constitui um único sentido. Talvez este seja um modo de despertar sensações, aproximá-lo emocionalmente dela, de modo que ele possa fruir e alcançar momentaneamente uma consciência perceptiva mais profunda da vivência de SERESTAR ÁGUA.
Neno Ramos – Queen Velvet – Cartoon
(Arquiteto, artista plástico. Estudou com Renina Katz, Marcello Nitschie, Haron Cohen e Flávio Império entre outros. Em 1994 começou a pintar profissionalmente utilizando a pop art com seus ícones e palavras como forma de expressão e desenvolveu várias séries: Rosas Carimbos, Queen Velvet, Mona Lisa no Brasil, Portraits. Em 2004 assumiu o cargo de diretor de produção da Cooperativa de Artistas Visuais do Brasil e, como diretor, foi responsável pela idealização gráfica, programação visual, execução, montagem e realização de várias mostras. Já participou de coletiva de artistas brasileiros em Deauville, da I Bienal Internacional da Romênia, de exposição com sala individual em La Galerie de Tourgeville, Normandia, França, na Mostra de Arte Contemporânea Portuguesa e Brasileira, na cidade do Porto, Portugal e no Salon de La Société Nationale des Beaux-Arts, no Carrousel du Musée du Louvre em 2008, 2009, 2010 e 2011.)
Em visita à Internationale Grüne Messe de Berlin o artista Neno Ramos deparou-se com um girassol vermelho, o
Queen Velvet. Por estar com a “série Girassóis” na cabeça há tempos, adquiriu 400 sementes da flor. Chegando ao Brasil aguardou a época ideal para o plantio, preparou o solo do jardim de seu atelier e espalhou as sementes como fôra lá instruído. E… surpresa ! ! ! Apenas uma floresceu. (talvez o único girassol vermelho em nossas terras). Na intenção de eternizá-lo criou a série Queen Velvet – Cartoon , na qual o artista transforma a única flor em desenho de Cartoon permitindo-se tingí-las em vários tons vibrantes, animadas em vídeo-arte as quais ao nascerem crescem em ritmo alucinado numa explosão de cores e movimentos que parecem saltar da tela. Quando estáticos cada um dos frames do vídeo pode ser um quadro em suporte de marchetaria de acrílico.
Projeto AXIAL
(Criado em 2003, é mais do que uma banda, é um coletivo de produção musical emcabeçado pelo produtor Felipe Julián e pela cantora Sandra Ximenez que buscam na interação com as outras artes, um novo espaço de simbiose midiática.Trabalham com grupos de teatro como a Cia Dodecafônica onde assinam a audiocenografia de uma peça inspirada na cineasta argentina Lucrécia Martel; realizam as trilhas sonoras da Cia Flutuante de dança contemporânea dirigida pela festejada coreógrafa Leticia Sekito, dentre muitos outros projetos paralelos. Têm 3 discos lançados, acompanham sua nova formação o baterista Arnaldo Nardo e o guitarrista R.Bragança. Fizeram turnê europeia passando por Paris, Marsseile e Provence. Fizeram um antológico show no Festival Abaporu na Pedreira, Icatú e foram para o interior de São Paulo com a performance de live-soundtracking para animações do começo do século XX e filmes mudos de Buster Keaton.)
Usam a tecnologia como instrumento na produção de um som de fácil apreciação, mas de difícil definição: trip hop, eletro rock, MPB, world music são tags que ajudam, mas não definem esse som hiper sensorial das performances da dupla. Samplers controlados com os pés, sintetizadores de boca, captadores piezo processados em tempo real são algumas das apropriações que ajudam a criar a audiocenografia do Projeto Axial e envolvem o público em uma atmosfera que vai do onírico ao dançante. Sandra Ximenez é cantora com trajetória de pesquisa na música tradicional brasileira. www.axialvirtual.com
Trupe Benkadi
(Coletivo de artistas brasileiros que pesquisam e desenvolve as danças e ritmos dos balés tradicionais do oeste africano, principalmente da Guiné-Conakri. Grupo fundado e nomeado por Bangaly Konate, filho do grande mestre Famoudou Konate. O grupo é composto por 5 músicos e 7 dançarinos.)
A Trupe pesquisa e conspira para a formação de um repertório comum para realizar o repertório e a montagem de espetáculos. O objetivo é a realização de projetos artísticos, realização de oficinas de dança e percussão, apresentações do grupo, intercâmbio cultural, e a pesquisa constante da cultura das raízes africanas no Brasil. A trupe realiza uma releitura de ritmos e danças africanas unindo laços com a cultura brasileira. Os cantos e sons de Djembes e Dunduns, em diálogo com o corpo em movimento da dança, formam momentos de força e energia em celebração da vida e da cultura. As pesquisas são baseadas nos balés africanos que foram criados na década de 60, trazendo para o palco ritmos e danças praticadas nas aldeias do interior da República da Guiné. Estas celebrações são realizadas para nascimentos, casamentos, trabalhos cotidianos, caça, homenagens aos ancestrais, entre outros.
Vera Café – Instalação Urbana – TOM/MOVER
(Artes plásticas na FAAP, extensão na ECA e FAU. Como artista plástica discute o elemento efêmero na linguagem cultural contemporânea, em seus vários trabalhos de instalações nas ruas e locais de exposições em São Paulo, estudando o urbanismo, o espaço arquitetônico e o comportamento urbano. Participou das Bienais da década de 70 e em 80 de grupos teatrais em São Paulo. Nos anos 90 apresentou pesquisa sobre percepção no 38.o. Congresso Internacional Society For the Study of Time, Normandia, França. Expôs na Pinacoteca do Estado, MASP, MAM, MAC e MuBE, The Museum of Contemporary Hyspanic Art, Nova York e Southeastem Massachussets university.)
A interferência urbana TOM/MOVER apresenta conceitualmente um museu a céu aberto na Av. Faria Lima. Três nuances de cor, vermelho, preto e azul, demarcam o território, com lanternas brancas, apresentando o poeta urbano Maick Nuclear. A ideia é mostrar uma cartografia visível, através do texto visual-musical, que formam a paisagem poética desta panorâmica a ser realizada no MUSEU/CANTEIRO da Av. Faria Lima. Tom/mover, faz referência e mentalização aos 20 anos da realização e do signo voto, neste processo da cidadania Brasileira.
VJ Dado França – Projeto iiDeformar
(Fotógrafo e autodidata em Visual Jockey (VJ). Como VJ já passou par mais de 400 apresentações e em 2012 esteve em Buenos Aires. Suas performances vão desde eventos corporativos, sociais, baladas, vídeo-mapping e teatro. Fez exposição virtual Yoga Colors (mistura projeção de vídeo, nú artístico e yoga), exposição Crop’n roll (temática rock, inspirado em poster, feito em gigantografia no tamanho 180 X 21 cm) e exposição coletiva virtual “Nós que aqui estamos por vós esperamos”.)
O Projeto iiDeformar consiste em fragmentos de histórias urbanas, projetado sobre múltiplas camadas contendo cenas diferentes de maneira caótica. O projeto utiliza de mapeamento de vídeos sobre placas formando uma espécie de cortina de retalhos. O lado interativo fica por conta de um controle do vídeo game Wii, no qual o público poderá utilizar para deformar os vídeos tornando-os mais caóticos e descobrindo novas texturas e sons.
FICHA TÉCNICA:
Coordenação Geral – Vera Café e Roberto Janeiro
Núcleo Criativo – Marcelo Spindola – Tostão Cunha e Reinaldo Janeiro Junior
SERVIÇO:
PROJETO CONVERGÊNCIAS
ESPAÇOARTE – Avenida Faria Lima, 4600 (entrada pela Rua Quatá 684)
6 de outubro – sábado
das 12 às 22 horas
Gratuito
Local facilitado para deficientes
Alimentação – terá Barraca de alimentação com pagamento a parte.
Ter visibilidade é fundamental para que você consiga comercializar a sua arte e construir uma…
Os 10 mestres do autorretrato reunidos aqui são aqueles artistas que tiveram um volume considerável…
Olympia (1863) é uma obra controversa feita pelo pintor francês Édouard Manet. O quadro, que…
Uma obra de arte inserida no espectro religioso pode variar de conceito se analisarmos o…
Você sabia que a rainha Elizabeth II já visitou o Brasil? E não foi uma visita em…
O hiper-realismo é derivado do fotorrealismo, e teve sua origem na segunda metade do século XX. A…