Quem é o artista? Adrianne Gallinari
O que vai ter na exposição? Pinturas em tinta acrílica sobre tela e mdf, todas elas com forte presença de desenho, série de objetos em giz de cera e um vídeo de animação inédito
Quantas obras serão expostas? 21 pinturas
Até quando? 29 de setembro
O Estúdio Buck inaugura no dia 7 de agosto, terça-feira, a mostra individual Enredos e Desenredos da artista mineira Adrianne Gallinari. A exposição conta com texto de apresentação do crítico e curador Agnaldo Farias. O desenho é imperativo na produção da artista, mesmo em suas pinturas. Enquanto em algumas paisagens a pincelada de Gallinari define espaços para transparências e campos azulados e vermelhos, noutras, a artista recobre todo o espaço pictórico com essa mesma pincelada, fazendo emergir formas que se delineiam a partir do ritmo. E é desse gesto repetitivo, mas não menos revelador, que surge a figuração: são as árvores, vasos, cubos e formas humanas que habitam o universo paralelo desta individual.
A composição confere caráter onírico ao conjunto. As figuras humanas em posição de prece não revelam se agradecem ou se clamam por algo. Corpos estendidos não dizem a que vêm: se descansam ou vagam pela paisagem de múltiplos planos. Tampouco sabe-se se os vasos são mudas de novas árvores ou se são apenas galhos secos. Como numa escrita carregada de ambiguidade, há que se ler e reler as telas para decifrar a simbologia desses elementos recorrentes. É um lento prazer.
A tese do desenho imanente também se insinua no espaço, com a série de objetos escultóricos realizados a partir de giz de cera. Nela, as figuras em estado de prece ganham volume. Adrianne traz à tona essa figura, porém mineiramente conserva o enigma do seu gesto.
Adrianne Gallinari (Belo Horizonte – 1965)
Vive e trabalha em São Paulo. Graduada em Artes pela Escola Guignard nos anos 1980, teve como colegas alguns expoentes da arte contemporânea brasileira, como Cao Guimarães, Mabe Bethonico, Isaura Pena, Rosângela Rennó e Nídia Negromonte. Vem realizando mostras individuais desde o início da década de 1990. Dentre elas, destacam-se Projeto Pampulha, no Museu da Pampulha (Belo Horizonte, MG, 2003), Wall Drawings, no The Drawing center (Nova York, EUA, 2000) e Dibujos, no Centro Cultural Borges (Buenos Aires, Argentina, 2000). Contabiliza pelos menos 4 dezenas de mostras coletivas. As mais relevantes são: Realidades. Desenho Contemporâneo Brasileiro, com curadoria de Nazareno, no SESC Pinheiros (São Paulo, SP, 2011); Disarticulated Bobies/Destabilized Meanings, com curadoria de Alana Nissen (Falconer Gallery, Iowa, EUA, 2008); Paralela 2006, com curadoria de Daniela Bousso; Desenhos A-Z, Colecção Madeira Corporate Services (Ilha da Madeira, Portugal, 2005); Ordenação e Vertigem, curadoria de Agnaldo Farias (Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, SP, 2003); Flip Pocket-Sized Stories (Pori Art Museum, Pori, Finlândia, 2003); Bienal de Pontevedra, curadoria de Maria de Corral (Espanha, 2000).
Abertura: 07 de agosto, terça-feira, a partir das 19 horas
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