Oscar Niemeyer, abreviação para Oscar Niemeyer Soares Filho, nasceu em 15 de dezembro de 1907, Rio de Janeiro, Brasil, e faleceu dia 5 de dezembro de 2012, na cidade do Rio de Janeiro.
Arquiteto brasileiro, Niemeyer foi o representante inicial da arquitetura moderna na América Latina, particularmente conhecido por seu trabalho em Brasília, que em 1960 se tornou nova capital do Brasil.
Ele estudou arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, e pouco antes de se formar em 1934, ingressou no escritório de Lúcio Costa, líder do movimento modernista na arquitetura brasileira.
Niemeyer trabalhou com Costa de 1937 a 1943 no projeto do edifício do Ministério da Educação e Saúde, que teve a supervisão do tão renomado arquiteto suíço Le Corbusier (1887 – 1965). Com isso, o projeto foi considerado por muitos como a primeira obra-prima da arquitetura moderna do Brasil.
O primeiro projeto de Niemeyer foi o plano para um complexo da Pampulha, em Belo Horizonte, Brasil. Comissionado em 1941 por Juscelino Kubitschek de Oliveira, então prefeito de Belo Horizonte, o esquema incluía igreja, cassino, salão de dança, restaurante, iate clube, clube de golfe e o retiro de fim de semana do prefeito, todos situados em torno de um lago artificial.
O complexo de edifícios foi um projeto notável na carreira de Oscar Niemeyer por suas formas de fluxo livre.
Em 1947, Niemeyer representou o Brasil no planejamento dos edifícios das Nações Unidas (ONU) na cidade de Nova York.
Por volta de 1953 Niemeyer foi convidado por Ciccilo Matarazzo (1898 – 1977) para construir o complexo do Ibirapuera, em São Paulo. O concreto armado já era o mais importante material que utilizado, por aceitar as formas leves e ousadas do arquiteto.
Quando em 1956, Kubitschek foi eleito presidente do Brasil, ele pediu a Niemeyer para projetar a nova capital de Brasília. Ele concordou em projetar as construções para o governo, mas sugeriu uma competição nacional para o projeto principal, posteriormente, a competição foi vencida por seu mentor, Lúcio Costa.
Com o resultado, Oscar Niemeyer atuou como arquiteto-chefe da NOVA-CAP, a autoridade do governo em Brasília, de 1956 a 1961. Entre os edifícios de Brasília projetados por Niemeyer estão o Palácio do Presidente, o Brasília Palace Hotel, o edifício do Ministério da Justiça, a capela presidencial e a catedral.
Em 1961, Niemeyer retornou para o seu escritório particular e por algum tempo viveu em Paris e Israel. Em 1966, ele projetou uma área urbana em Grasse, perto de Nice, na França, e um edifício para o Partido Comunista Francês em Paris. A partir de 1968, ele voltou ao Brasil e lecionou na Universidade do Rio de Janeiro.
Outros projetos arquitetônicos de Niemeyer incluem o prédio do Ministério da Defesa em Brasília em 1968 e a Universidade Constantine (atualmente Universidade Mentouri) em Constantine, Argélia, em 1969.
Em meados da década de 1980, ele começou a repensar e renovar alguns de seus projetos anteriores em Brasília. Niemeyer mudou a forma do exterior da catedral de painéis de vidro colorido, e ele continuou a projetar Niterói, no Rio de Janeiro, que foi inaugurado em 1996.
Mesmo após comemorar seu centésimo aniversário e apesar das críticas de que seu trabalho mais recente não tinha a elegância de seus projetos anteriores, em 2007, ele começou o Centro Cultural de Avilés, Espanha, onde em 1989 recebeu o Prêmio Príncipe das Astúrias de Artes. O edifício foi inaugurado em 2011.
Niemeyer recebeu muitos outros prêmios internacionais, incluindo o Prêmio Lenin para a Paz em 1963, o Prêmio Pritzker de Arquitetura em 1988 (parceiro de Gordon Bunshaft) e o Praemium Imperiale de arquitetura da Japan Art Association em 2004.
A Fundação Oscar Niemeyer, dedicada para preservação e pesquisa arquitetônica, foi fundada em 1988 e uma nova sede projetada por Niemeyer foi inaugurada em Niterói em 2010.
Niemeyer era integrante do Partido Comunista Brasileiro e no ano de 1945 o Partido tomava boa parte de seu tempo, dificultando o andamento de seus projetos.
Ao ficar sabendo do golpe militar de 1964, quando estava em Portugal, o arquiteto voltou para o Brasil, mas sofreu constantes perseguições da ditadura militar e seus projetos foram interrompidos, fazendo com que ele voltasse a morar no exterior por mais um tempo, o que colaborou com seu crescimento profissional fora do país.
Na França, Niemeyer realizou uma de suas maiores obras, a Casa da Cultura de Le Havre, que foi inaugurada em 1982. Já no Brasil, em 1983 ele foi convidado pelo prefeito do Rio de Janeiro a construir uma passarela do samba, o sambódromo.
Entre seus últimos trabalhos estão o Memorial da América Latina em São Paulo, inaugurado em 1989 e o Museu de arte contemporânea de Niterói, em 1991.
Ao todo, Oscar Niemeyer já projetou cerca de 600 obras arquitetônicas pelo Brasil e exterior, e em seu último aniversário quando completou 104 anos, foi feito uma reunião em seu escritório em Copacabana com a presença de amigos e familiares.
Niemeyer foi casado com Anita Baldo com quem teve sua única filha, Anna Maria, que faleceu em junho de 2012 aos 82 anos. Anna Maria teve cinco filhos, 13 netos e quatro bisnetos, assim Niemeyer conseguiu o que poucos conseguem, a chance de conhecer até os seus tataranetos.
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