Denilson Baniwa é artista visual, curador e ativista dos direitos indígenas. Considerado um dos artistas mais relevantes e influentes da arte contemporânea nacional, Denilson foi imerso desde cedo nos contos e tradições de seu povo.
Nascido em 1984 na aldeia Baniwa, no coração da Amazônia, no território do município de Barcelos, Denilson vive e trabalha atualmente em Niterói-RJ. Sua jornada artística é fortemente influenciada pelos ensinamentos transmitidos por seus ancestrais e pela necessidade urgente de preservar a identidade cultural única de sua comunidade diante das ameaças modernas.
A abordagem multifacetada de Denilson Baniwa, que combina técnicas tradicionais com expressões contemporâneas, destaca-se como uma poderosa forma de preservar e divulgar a riqueza da cultura e da natureza amazônica. Seu uso habilidoso de cores vibrantes, texturas e materiais orgânicos cria uma experiência imersiva que transcende as fronteiras culturais, permitindo que o público se conecte de forma mais profunda com a essência da Amazônia.
Sua arte muitas vezes transmite a profunda espiritualidade e os mitos que moldaram a visão de mundo de seu povo, destacando a importância da preservação ambiental e da preservação da identidade indígena.
Expôs seu trabalho em instituições como a Galeria de Arte da Universidade Federal Fluminense (Niterói, RJ, Brasil), 4º Festival Corpus Urbis (Oiapoque, AP, Brasil), Centro Cultural Banco do Brasil, Pinacoteca de São Paulo, MASP, Centro Cultural São Paulo, Museu Afro Brasil (São Paulo, SP, Brasil), Centro de Artes Hélio Oiticica, Museu de Arte do Rio (Rio de Janeiro, RJ, Brasil) e Bienal de Sydney (Austrália). Foi curador de exposições no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Brasil) e no Getty Museum (Los Angeles, EUA).
Em 2019, foi indicado ao Prêmio Pipa, o maior prêmio de arte contemporânea do Brasil, e venceu a categoria online do Prêmio.
Atualmente Denilson é representado pela Galeria A Gentil Carioca.
Em 2023, Denilson foi o primeiro artista indígena a ocupar o Projeto Octógono Arte Contemporânea da Pinacoteca Luz, em São Paulo. A instalação, intitulada “Escola Panapaná” é uma construção em três pavimentos concebida para ser um espaço experimental de aulas de línguas e culturas indígenas, arte e música.
Durante a 35 Bienal de São Paulo, em 2023, Denilson apresentou sua instalação “Kwema/Amanhecer”, onde aprofunda sua pesquisa sobre a integração entre obra e comunidade, complexifica os procedimentos técnicos que permitem a passagem do campo da representação para o da vivência e faz aparecer a possibilidade da colheita e da alimentação como efetivação do ato da partilha e da reelaboração da memória.
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