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O cinema Grego contempoâneo no Rio

CAIXA CULTURAL RIO DE JANEIRO APRESENTA MOSTRA DE CINEMA GREGO CONTEMPORÂNEO

 

Programação com 12 filmes terá a presença do filósofo grego Theofanis Tasis em debate com o público

De 06 a 18 de junho (terça-feira a domingo), a CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta a mostra Cinema Grego Contemporâneo – Memórias da Crise, que exibirá 12 filmes realizados entre 2009 e 2016. Com curadoria de João Juarez Guimarães, Diana Iliescu e Anna Karinne Ballalai, o evento traz algumas das mais representativas produções da chamada Greek Weird Wave (“Estranha onda grega”, em tradução literal). O projeto tem patrocínio da Caixa Econômica Federal e Governo Federal.

 

Em meio à crise econômica que afeta a Grécia, emergiu uma nova “onda” de filmes, cujo olhar revela uma realidade que a crítica especializada, incapaz de definir seus contornos, contentou-se em chamá-la de “estranha”. Com efeito, são obras estranhas com personagens grotescos, em meio a situações bizarras e artificiais.

 

A seleção de filmes apresenta diversos destaques. Ganhador do Prêmio Un certain Regard, no Festival de Cannes de 2009, e indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2010, Dente Canino de Giorgios Lanthimos (2009) é, certamente, o filme mais aclamado da mostra. Narra a história de jovens que, excessivamente protegidos pelos pais, nunca tiveram contato com o mundo exterior. O filme será exibido nos dias 06 e 18 de junho.

 

O mesmo isolamento se observa em longas mais recentes como L (2012), de Babis Makridis, ou Os Sentimentais (2016), de Nikso Triantafillidis. Em outras produções, como Academia de Platão (2009), de Filippos Tsitos, Meu país (2010) de Syllas Tzoumerkas, e Xenia (2014) de Panos H. Koutras, a realidade catastrófica parece, pouco a pouco, contaminar a vida cotidiana com uma espécie de desassossego epidêmico cada vez mais ameaçador. Em Attenberg (2010) de Athina-Rachel Tsangari, esse estranhamento se faz notar, ainda, quando uma jovem descobre a sexualidade ao mesmo tempo em que cuida do pai à beira da morte.

 

Debate e catálogo:

Para discutir a visão de mundo inquietante das produções, a mostra apresentará o bate-papo A representação da crise no cinema grego, com o mais importante filósofo grego contemporâneo, Theofanis Tasis. O debate ocorrerá no dia 14 de junho, às 19h10, e terá tradução simultânea.

 

Formado em física e filosofia pela Universidade de Creta, Grécia, e PhD na Alemanha, Tasis é autor de teorias que trabalham conceitos de imagem e identidade na esfera social e abordará o modo com a crise grega tem sido transposta para as telas do cinema.

 

Em paralelo, ao longo de toda a temporada será distribuído, gratuitamente, um catálogo contendo informações de cada filme, além e textos inéditos de Anna Karinne Ballalai, Luis Carlos Junior e Victor Narciso.

 

A programação completa da mostra e a versão digital do catálogo estão disponíveis no website www.ginja.com.br/cinemagrego

www.ginja.com.br
De crise para crise, Cinema Grego no Rio de Janeiro. Filmes inéditos no circuito e a presença do mais importante filósofo grego da atualidade, Theofanis Tasis.

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Programação:

06 de junho (terça-feira)

17h – Alpes (2011), de Giorgos Lanthimos, 93 min, 18 anos

19h10 – Dente Canino (2009), de Giorgios Lanthimos, 94 min, 18 anos

 

07 de junho (quarta-feira)

17h – Academia de Platão (2009), de Filippos Tsitos, 103 min, 14 anos

19h – Os Sentimentalistas (2016), Nikso Triantafillidis, 100 min, 18 anos

 

08 de junho (quinta-feira)

16h – Xenia (2014), de Panos H. Koutras, 128 min, 18 anos

19h10 – Juventude Desperdiçada (2011), de Argyris Papadimitropoulos, 98 min, 16 anos

 

09 de junho (sexta-feira)

16h30 – Miss Violence (2013), de Alexandros Avranas, 99 min, 18 anos

18h30 – Meu País (2010), de Syllas Tzoumerkas, 107 min, 16 anos

 

10 de junho (sábado)

16h – Tungstênio (2011), de Giorgos Georgopoulos, 100 min, 16 anos

18h – Garoto que come alpiste (2012), de Ektoras Lygizos, 80 min, 16 anos

 

11 de junho (domingo)

16h – Meu País (2010), de Syllas Tzoumerkas, 107 min, 16 anos

18h30 – Attenberg (2010), de Athina-Rachel Tsangari, 95 min, 18 anos

 

13 de junho (terça-feira)

17h – Alpes (2011), de Giorgos Lanthimos, 93 min, 18 anos

19h10 – L (2012), de Babis Makridis, 87 min, 14 anos

 

14 de junho (quarta-feira)

17h – Academia de Platão (2009), de Filippos Tsitos, 103 min, 14 anos

19h10 –  Debate A Representação da Crise no Cinema Grego, com a presença do filósofo grego Theofanis Tasis

 

15 de junho (quinta-feira)

17h – Garoto que come alpiste (2012), de Ektoras Lygizos, 80 min, 16 anos

19h10 – Attenberg (2010), de Athina-Rachel Tsangari, 95 min, 18 anos

 

16 de junho (sexta-feira)

17h – Juventude Desperdiçada (2011), de Argyris Papadimitropoulos, 98 min, 16 anos

19h10 – Tungstênio (2011), de Giorgos Georgopoulos, 100 min, 16 anos

 

17 de junho (sábado)

16h – L (2012), de Babis Makridis, 87 min, 14 anos

18h – Xenia (2014), de Panos H. Koutras, 128 min, 18 anos

 

18 de junho (domingo)

16h – Dente Canino (2009), de Giorgios Lanthimos, 94 min, 18 anos

18h – Miss Violence (2013), de Alexandros Avranas, 99 min, 18 anos

 

Serviço:

Mostra Cinema grego contemporâneo – Memórias da crise

Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Cinema 1

Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô: Estação Carioca)

Telefone: (21) 3980-3815

Data: de 06 a 18 de junho de 2017

Horários: Consultar programação

Ingressos: R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia). Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia.

Lotação: 78 lugares (mais três para cadeirantes)

Bilheteria: de terça-feira a domingo, das 10h às 20h

Classificação Indicativa: Consultar programação

Acesso para pessoas com deficiência

Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal

Facebook: https://www.facebook.com/mostracinemagrego/

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Paulo Varella

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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