Eliana Ferreira Freire, (Heli Freireg) nasceu no Rio de Janeiro, é Professora do 1º grau, Pedagoga e Psicopedagoga formada pela UERJ.
Começou nas artes como autodidata pintando paisagens a óleo e retratos com pastel. Posteriormente, aprendeu a técnica da Escultura com o saudoso Jaime Sampaio; a pintura abstrata com o prof. e artista Bernardii, e a técnica da Serigrafia com Evani Ribeiro.
A partir dos anos 90, nos cursos teóricos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage vem complementando sua “cultura artística”.
Já assinou seu nome artístico também como Ely Freire e Heli Freire.
Na Escultura, ela prefere o figurativo embora possua trabalhos não figurativos. Em suas obras expõe a sua visão dos sentimentos humanos em plenitude e beleza.
Sua pintura foi, a princípio, bastante influenciada pelos artistas do pós guerra, Antoni Tàpies e Antoni Clavè. Nessa época, usou técnicas de “assemblage” e ready- made onde a materialidade é mais importante do que a forma. Usava impastos de tinta, areia e muitos materiais agregados à tela.
Essa influência ainda se mantém presente em seus trabalhos de pintura em papéis e, até mesmo, nas serigrafias com colagens.
Seu envolvimento com temas espiritualistas e filosóficos foi tornando sua pintura mais fluida, com aguadas de tinta sem, contudo, abandonar a quase tridimensionalidade, através das texturas imanentes.
Heli Freireg procura passar nos títulos que dá aos trabalhos mensagens subliminares, levando o expectador à poética da obra que é, geralmente, a revelação do oculto nas situações evidentes. Outras vezes, agrega poesias às obras para enfatizar o que sente.
Fazendo serigrafias, sua inquietude interior a leva a usar a técnica da Serigrafia, quase sempre, como Monotipia uma vez que acha “sem graça” repetir muitas vezes a mesma imagem. Então interfere nas imagens através de colagens ou criando maneiras novas de aplicação da tinta serigráfica.
Em meu trabalho, imprimo minha visão do mundo e da impermanência de tudo o que é “material”. Procuro registrar meus valores, nem sempre os do senso comum.
Amo as cores, amo as texturas e os papéis e, quando esse amor transborda, nascem poesias além das pinturas.
Alquimia das cores
E as diluo…
E as deixo se esparramarem…
E interagimos criando beleza…
Elas escorrem
Eu as conduzo
Insistem num caminho
Trago- as de volta
Deixo-as se misturarem
Criando novas cores
Cada vez mais belas…
……………………………..
E penso na Criação
E na interação com as cores na natureza
E na sua riqueza…
Penso nos pássaros
Nas flores
Nos nascentes
Nos poentes
Sempre eloquentes
Embora silentes…
……………………………
Estarei co- criando?
Estarei interagindo com a sensibilidade universal?
……………………………..
Envolvida em diáfanas conjecturas
Vou formando nova criatura
Em forma de pintura!
HF.2020-09
Como são muitas as reflexões propostas no dia a dia, procuro a forma mais adequada de me expressar em cada segmento da Arte. Ora é através da pintura, ora da escultura, ora da descontração dos papéis.
Sempre, porém, procuro imprimir beleza ao que faço, não no sentido do “ficar bonito”, mas, no sentido do ter harmonia, do transmitir amor e boas vibrações. Considero isso responsabilidade do artista, quando faz o trabalho para outrem: não fazê- lo com “feiura” mesmo que a reflexão seja sobre algo “feio”.
Arte catártica é terapêutica e, no meu entender, não deve ser comercializada. Diferente do artista que acaba imprimindo em seu trabalho uma característica pessoal desagradável, porém autêntica e constante.
Quando faço pintura, mesmo ciente da subjetividade implícita na abstração, procuro, através do título, conduzir o olhar do espectador.
As cores me seduzem e, no meu entender, falam por si só; têm musicalidade, interagem com quem as aprecia e dialoga com elas.
Muitas vezes, das pinturas nascem poesias, outras, das poesias nascem pinturas.
Consciente da importância da Arte como equilibradora emocional, como propiciadora de harmonia e bem estar, pensei um projeto para leva-la às pessoas socioeconomicamente desfavorecidas. Desse projeto, surgiram meus trabalhos em papéis e suportes diversos e, mais tarde, as Serigrafias.
As esculturas são figurativas em sua maioria embora também possam não ser.
Além da plasticidade e beleza da forma humana, mostram a sublimidade dos sentimentos e, em especial, da interação homem- mulher em oposição à vulgaridade presente e valorizada na mídia hodierna.
São feitas em diferentes materiais: liga metálica (bronze), resina, cimento ou madeira.
Os títulos também imprimem o propósito das imagens, sejam, ou não, figurativas.
O objetivo é a apresentação de um trabalho artístico, cujo fazer é acessível a qualquer um, presumindo-se apenas expressão e criatividade, já que a variada sugestão dos suportes utilizados e a confecção de tintas artesanais é um incentivo à criação e o deslocamento da Arte para o contexto do dia a dia.
Resumindo: Quero fazer Arte para compartilhar meus conceitos com o mundo culto e, também, propiciar às pessoas que não têm acesso à Cultura, os benefícios da Arte.
Alfredo Volpi nasceu em Lucca na Itália 1896. Ele se mudou com os pais para…
Anita Malfatti nasceu filha do engenheiro italiano Samuele Malfatti e de mãe norte-americana Eleonora Elizabeth "Betty" Krug, Anita…
Rosana Paulino apresenta um trabalho centrado em torno de questões sociais, étnicas e de gênero,…
Na arte, o belo é um saber inventado pelo artista para se defrontar com o…
SPPARIS, grife de moda coletiva fundada pelo artista Nobru CZ e pela terapeuta ocupacional Dani…
A galeria Andrea Rehder Arte Contemporânea - que completa 15 anos - apresentará, entre os…