Escritora Amara Moira fala sobre feminino trans e carreira em bate-papo no Sesc Ipiranga
Autora do livro autobiográfico “E se eu fosse puta” e doutoranda em Teoria Literária relata suas experiências como travesti e trabalhadora sexual.
Créditos: Guilherme Santana
No dia 18/3, o Sesc Ipiranga recebe, como parte da programação literária do projeto “Heroínas Reais”, a escritora Amara Moira para uma bate-papo que discute sua obra e militância feminista transexual. Autora do autobiográfico “E se eu fosse puta” e doutoranda em Teoria e História Literária, Amara conta suas experiências durante o processo de transição e como trabalhadora sexual. O evento ocorre às 15h, no Espaço de Leitura da Unidade.
O bate-papo
A autora convida o público para discutir temáticas como feminismo, transexualidade, erotismo e outras concepções acerca da corporeidade humana. Utilizando a obra “E se eu fosse puta” como pano de fundo para a conversa, a atração é gratuita com classificação indicativa de 16 anos.
A autora
“[…] A vida inteira me disseram homem.”
Amara Moira define a si mesma como “travesti, feminista, bissexual e escritora”. Graduanda em Letras antes de iniciar transição, chegou a dar aulas em um colégio particular em sua cidade de origem, Campinas. Considerada a primeira personalidade transexual a defender um doutorado na Unicamp utilizando nome social, Amara passou em primeiro lugar no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), defendendo sua tese em Teoria e História Literária. Após estudar o romancista James Joyce em seu mestrado, voltou a se profundar no autor durante seu doutorado “A indeterminação de sentidos na obra Ulisses”. Considerado um romance complexo, em “Ulisses” a escritora realizou uma analise linguística acerca de aspectos como as onomatopeias que contaminam a obra. Lançou em 2016 o autobiográfico “E se eu fosse puta”, dedicado a sanar sua necessidade em escrever e utilizar a leitura como meio de transformação social. Participou também do livro “Vidas Trans: A Coragem de Existir” (2017), junto a João W. Nery, Márcia Rocha e T. Brant.
A obra
O livro “E se eu fosse puta” conta as experiências de Amara Moira desde o início da sua transição, relatando sua vivência como trabalhadora sexual e o relacionamento com seu corpo, gênero e clientes. Descrevendo sua vida na prostituição, a escritora repensa conceitos sociais e lança luz à marginalidade das travestis brasileiras.
Heroínas Reais
O projeto “Heroínas Reais” discute o protagonismo das mulheres com uma programação composta por bate-papos, contações e mediações de leitura feitas por autoras e coletivos femininos. Destacando o papel da heroína real, humana e todos os desafios que são impostos diariamente às mulheres, o “Heroínas Reais” dialoga com esse processo de reflexão, discussão e ruptura atual, mostrando a mulher nos mais variados espaços e linguagens.
Serviços
Heroínas Reais: Bate-papo Amara Moira
Quando: 18/3, Domingo, às 15h
Onde: Espaço de Leitura (30 lugares)
Quanto: Gratuito
Classificação: 16 anos
Sesc Ipiranga – Rua Bom Pastor, 822
Acesso para deficientes físicos
Não há estacionamento
Assessoria de Imprensa do Sesc Ipiranga
(11) 3340-2035
sescsp.org.br/ipiranga
facebook.com/SESCIpiranga
@sescipiranga