“O Gigante Adamastor” no Teatro do Sesc Ipiranga

Por Paulo Varella - abril 17, 2018
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Espetáculo infantil “O Gigante Adamastor” estreia no Teatro do Sesc Ipiranga

Com dramaturgia inédita de Heloisa Prieto e produção da Cia. O Grito, a peça é baseada no Canto V de “Os Lusíadas”, de Luiz Vaz de Camões

Gigante

Créditos: Roberto Morettho

O espetáculo infantil “O Gigante Adamastor”, baseado no Canto V de “Os Lusíadas”, obra de Luiz Vaz de Camões, inicia temporada no Teatro do Sesc Ipiranga, dia 22 de abril, às 11h. Com dramaturgia de Heloisa Prieto e produção da Cia. O Grito, a peça é interpretada pelos atores Junia Magi, Samira Pissinatto e Wilson Saraiva, além de bonecos.

Quando os portugueses começaram a explorar o mundo de barco, na época das Grandes Navegações, eles enfrentavam uma série de perigos. Para simbolizar isso, o poeta Camões criou o Gigante Adamastor, personagem que ficava em uma montanha perto do Cabo das Tormentas. Sofrendo pelo amor não correspondido de uma ninfa, ele sopra o mar criando ondas gigantes. No entanto, a história dessa peça não é essa.

Na adaptação criada por Heloisa Prieto, Adamastor habita outro lugar, um espaço onde o extraordinário se revela: o Circo das Tormentas. Assim, três crianças precisam enfrentar inúmeros desafios quando essa atração encantadora levanta acampamento em sua cidade. Deuses e heróis brincam com o destino desses amigos para narrar uma aventura recheada de paixões e amores impossíveis. “Ao longo dos séculos, os circos continuam sendo espaços do eterno imaginar, onde até mesmo deuses poderiam se disfarçar de seres humanos”, comenta Heloisa.

Sinopse

Pedro tem um irmão menor, Zito, que o segue pela cidade toda. Um dia, com a chegada de um circo misterioso, Pedro desaparece. Para tê-lo de volta, Zito terá que desvendar grandes mistérios e enfrentar seres mitológicos.

Durante a apresentação, os atores dançam e cantam, manipulam bonecos e interagem com o público em cenas que lembram brincadeiras de rua coletivas, muito presentes nas manifestações culturais populares.

Premiada autora de literatura infantil

Heloísa Prieto tem se dedicado, entre muitos assuntos, à narrativa indígena e mítica. Já publicou mais de cinquenta livros. Entre seus trabalhos estão Lenora (Rocco), A loira do banheiro (Ática) e A tábua de esmeraldas (Moderna), em parceira com Paulo Bloise. Recebeu importantes prêmios, entre eles dois Jabutis. É doutora em literatura francesa (usp) e mestra em comunicação (puc-sp). Se divide entre escrever, traduzir, coordenar coleções e ministrar oficinas de criação literária para crianças e adolescentes na Universidade do Livro (unesp).

A Companhia O Grito

A Companhia O Grito surgiu em 2003, a partir do projeto coletivo de pesquisa sobre jogo teatral, pedagogia da arte e dramaturgia. Ela conta com integrantes da ECA USP, UNESP e ELT. O grupo visa estabelecer, por meio de investigações permanentes, um processo de experimentações de procedimentos cênicos que façam o diálogo entre questões culturais e sociais.

A base estética da Companhia se apoia na pedagogia teatral, nas manifestações populares e em pesquisas de campo. Essa área foi aprofundada em 2012 com um Intercâmbio do Grito com o Grupo Kanigunda em Atenas (Grécia) e na Universidade Aristotélica de Tessalônica financiado pelo MINC.

O Gigante Adamastor

Grátis para crianças até 12 anos

Direção e Encenação: Roberto Morettho
Assistência de Direção: Wilson Saraiva
Trilha Musical: Maurício Maas
Elenco: Junia Magi, Samira Pissinatto, Wilson Saraiva
Cenários, Figurinos e Adereços: Telumi Hellen
Local: Teatro do Sesc Ipiranga (200 lugares)

Endereço: Rua Bom Pastor, 822
Preço: R$ 17 inteira | R$ 8,50 meia | R$ 5 credencial plena
Data: de 22 de abril a 3 de junho, domingos, às 11h

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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