O artista visual Miguel Cordeiro apresenta as suas mais recentes criações na exposição “Primavera Burlesque” que tem abertura ao público às 19h do dia 20 de abril no Museu de Arte da Bahia (Corredor da Vitória, Salvador/BA). A mostra reúne 50 obras que através de cores quentes, puras e vivas, celebram a Primavera Burlesque, uma metáfora sobre o contínuo renascer artístico e a ironia do olhar. A exposição – que faz parte da celebração do centenário do MAB – fica exposta no salão principal do museu até 30 de maio com visitação gratuita.
No salão principal do MAB, o público poderá conferir a série Gauguin Delicatessen; a adaptação ilustrada de O Corvo, de Edgar Allan Poe; e objetos-esculturas que flertam com o inusitado. São trabalhos em variadas técnicas e dimensões, que transitam entre a pintura, o desenho, a colagem e a construção de objetos, num convite para o deleite estético e a reflexão sobre as certezas e as incertezas da nossa evolução e o nosso permanente desnorteio.
Segundo Miguel, “tudo nasce dos desenhos, dos esboços, anotações e observações, pequenos projetos que eventualmente, num futuro próximo, possam ser transformados e elaborados”. O seu processo poético de criação começa com um primeiro traço na folha de papel, na ideia que se materializa ganhando vida no desenvolvimento do discurso e na composição da obra de arte.
Miguel Cordeiro despontou na cena cultural em 1979 através dos grafites urbanos de Faustino, inesquecível personagem que povoou os muros de Salvador e outras cidades do Brasil, ironizando aspectos do comportamento humano nas situações do cotidiano.
A exposição “Primavera Burlesque” segue até o dia 30 de maio. A entrada é gratuita e a classificação indicativa é livre. O Museu de Arte da Bahia (Av. Sete de Setembro, 2340 – Corredor da Vitória, Salvador/BA) funciona de terça a sexta, das 13 às 19 horas; e sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h.
Sobre o artista
Miguel Cordeiro nasceu em Salvador (BA) em 1956. Artista autodidata, começou a sua trajetória na primeira metade dos anos 1970 com trabalhos em desenho, colagem e pintura. Suas principais influências foram a Arte Pop, o Rock, as histórias em quadrinhos e os livros de escritores ligados ao movimento da Contracultura.
É reconhecido como um dos pioneiros do Graffiti e Street Art no Brasil, tendo em 1979 criado o personagem Faustino, que retratava aspectos do comportamento humano em um mundo de permanente transformação. Participou de dezenas de exposições e mostras no circuito alternativo, ilustrou capas de discos e livros, e com o advento da Internet, sua arte ganhou destaque também nas mídias eletrônicas, sendo compartilhada e analisada em diversos sites nacionais e internacionais.
Sua última exposição individual foi “Horizonte”, na Sala Contemporânea do Palacete das Artes, em Salvador (BA), entre novembro 2014 e março 2015, teve excelente recepção do público, que compareceu massivamente. Além disso, foi acolhida pela crítica como uma das grandes exposições realizadas em Salvador no período.
SERVIÇO: Exposição “Primavera Burlesque”
Onde: MAB – Museu de Arte da Bahia (Av. Sete de Setembro, 2340 – Corredor da Vitória, Salvador/BA)
Abertura: 20 de abril, às 19h
Visitação: 20 de abril a 30 de maio
Horário de visitação: de terça a sexta, das 13 às 19 horas; e sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h
Gratuito
O MAB – O Museu de Arte da Bahia é o mais antigo museu do Estado, criado em 1918 no prédio anexo ao Arquivo Público e transferido em 1982 para sua atual sede, no Corredor da Vitória. O seu acervo é constituído por 13.686 peças adquiridas ao longo do tempo, através da compra pelo Estado da Bahia de obras de grandes coleções particulares. Inicialmente no século XIX, a coleção de pintura do Conselheiro Jonatas Abbott, dos séculos XVII e XVIII, de origem italiana, francesa, flamenga, holandesa, onde se destaca o quadro da Escola de Caravaggio “David com a Cabeça de Golias”; e em 1943, a de Francisco Marques de Goés Calmon, que reúne importantes conjuntos de artes decorativas, notadamente as porcelanas orientais e o conjunto de “louça histórica” que pertenceu a vários representantes da aristocracia brasileira.
Os pintores baianos – Presciliano Silva, Alberto Valença e Mendonça Filho estão representados no MAB, através de magníficos trabalhos, que comprovam a beleza, o valor e a evolução de sua arte, como a predileção por determinados temas como as paisagens de Valença, as marinhas de Mendonça Filho e os interiores de Igrejas de Presciliano Silva. No andar térreo encontramos gravuras que remetem a um passeio pela cidade de Salvador no séc. XIX, com mapas e aspectos da cidade do sec. XVII, na época da invasão holandesa em 1624. O Museu de Arte da Bahia integra os espaços administrados pela Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (DIMUS/IPAC), da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA).