Discutir a arte na contemporaneidade, seus movimentos e tendências é a proposta da quarta edição do Talks, série gratuita de palestras e debates que integra a programação oficial da SP-Arte – Festival Internacional de Arte de São Paulo, evento que ocupa o Pavilhão da Bienal entre os dias 11 e 15 de abril. Os encontros trazem ao público discussões aprofundadas sobre temas relacionados à arte, tais como universo digital, gênero e sexualidade, performance, arquitetura e colecionismo. Os debates ocupam novamente o Lounge Bienal, no subsolo do Pavilhão.
Em 2018, as conversas serão mediadas por Adriana Couto, jornalista e apresentadora do programa Metrópolis, da TV Cultura, e contarão com a participação de especialistas da área, colecionadores e artistas. Entre os nomes já confirmados, estão Aaron Cezar, diretor da Delfina Foundation; Betty Duker, colecionadora norte-americana; Giselle Beiguelman, artista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, entre outros.
Além de gratuita, a participação no Talks garante ao visitante o acesso ao Pavilhão ainda no mesmo dia. A distribuição de ingressos será feita meia hora antes dos bate-papos (às 9h30 e às 14h) e a lotação é de 300 pessoas. Confira abaixo a programação completa.
12 de abril (quinta-feira)
Às 10h: A arte na vanguarda da diversidade de gêneros
O debate irá discutir como a arte pode ser uma plataforma legítima para a abordar a diversidade sexual, além de apresentar um panorama do que tem sido produzido por artistas trans. O painel é conduzido por Paula Alzugaray, crítica de arte e editora da Select, revista cuja última edição foi inteiramente dedicada ao tema. Ariel Nobre e Rosa Luz, dois jovens artistas e ativistas trans, se juntam a ela, mostrando o vigor de seus trabalhos e como suas criações são ferramentas de inclusão social.
Às 11h30: Performatividade e sua conexão com as questões sociais
No ano em que o setor Performance ganha curadoria própria, a SP-Arte apresenta um painel que expõe o quanto essa linguagem tem se conectado com os mais importantes movimentos sociais. Paula Garcia, curadora do setor, se junta a Bruno Mendonça (artista, pesquisador e curador) e Maurício Ianês (artista visual) para discutir de que forma a performatividade é influenciada e se inspira pelo que acontece à sua volta.
Às 14h30: São Paulo nas Alturas
Organizado em parceria com a galeria de design Ovo, o debate é conduzido por Raul Juste Lores, autor do livro São Paulo nas Alturas e editor-chefe da revista Veja São Paulo. Na ocasião, ele discorrerá sobre o “milagre arquitetônico” ocorrido em São Paulo durante os anos 1950. Como arquitetos de vanguarda conseguiram, em uma década, erguer o Copan, o Conjunto Nacional, o Edifício Itália, as galerias Metrópole e do Rock, além dos residenciais de Artacho Jurado e boa parte do bairro Higienópolis? O que é necessário para São Paulo retomar a ambição de quando se via como a Nova York do Sul? Esses são alguns dos questionamentos que serão levantados durante o encontro.
13 de abril (sexta-feira)
Às 10h: O universo digital, novas possibilidades e caminhos para as artes
Ao passo em que novos formatos de arte emergem com a cultura digital e tornam-se mais acessíveis e dinâmicos, diferentes desafios surgem neste cenário. Qual o impacto do universo digital na produção artística e como se dá a adaptação dos artistas e das galerias nesse universo digital? Giselle Beiguelman, artista, curadora e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, fala sobre seu projeto Odiolândia, no qual reuniu depoimentos colhidos na internet para compor um painel crítico do comportamento dos usuários das redes sociais. Luli Radfahrer, professor de Comunicação Digital da Escola de Comunicações e Artes da USP, resgata um histórico da internet e projeta os impactos futuros sobre artistas e galeristas.
Às 11h30: Colecionismo e as novas práticas
Recentemente, a Delfina Foundation, importante instituição londrina que acolhe e apoia artistas de todo o mundo, criou uma residência exclusiva para colecionadores. Esta iniciativa foi o mote para a criação do painel, que apresenta caminhos alternativos para o colecionismo. Entre os pontos levantados, a atuação do colecionador moderno, que age não apenas em função de interesses comerciais ou particulares, mas contribui com o fazer artístico, promovendo artistas e patrocinando festivais e instituições. O diretor da Delfina Foundation, Aaron Cezar, conversa com as colecionadoras Betty Duker (americana, incentivadora da arte latino-americana) e Pulane Kingston (sul-africana, focada em artistas mulheres africanas).
SP-Arte/2018
Datas abertas ao público:
12 a 15 de abril – Quinta-feira a sábado, das 13h às 21h. Domingo, de 11h às 19h.
Preview: 11 de abril
Pavilhão da Bienal
Parque Ibirapuera, Portão 3
São Paulo, Brasil
Entrada:
R$ 45,00 [geral] | R$ 20,00 [meia promocional*]
*estudantes, portadores de deficiência e idosos com mais de 60 anos [necessária a apresentação de documento]. O Vale-Cultura poderá ser utilizado para o abatimento de 50% do valor do ingresso. Crianças de até 10 anos não pagam entrada.
A bilheteria encerra suas atividades 30 minutos antes do término do evento.