O 8º Prêmio Artes Tomie Ohtake – Edição Mulheres recebeu 1.898 inscrições. Realizado desde 2009, leva em conta a pluralidade cultural, socioeconômica, de identidade de gênero, sexualidade, raça e corpos ou expressões dissidentes, buscando assim empreender uma investigação mais próxima e procedente do que se tem produzido hoje no campo da arte contemporânea brasileira. Além desses fatores, considera-se também a consistência, a relevância e a originalidade das pesquisas e das produções apresentadas.
A edição de 2022 volta-se às artistas mulheres no intuito de reconhecer suas trajetórias e potencialidades artísticas, como forma de responder à histórica falta de visibilidade conferida a essas produções.
O Prêmio também possui um caráter formativo, dado que as 10 (dez) artistas selecionadas serão acompanhadas pelo júri por meio de conversas on-line, visando o enriquecimento e o aperfeiçoamento de suas pesquisas e práticas. As artistas selecionadas também participarão de uma exposição coletiva no Instituto e da publicação da mostra.
Confira abaixo as artistas selecionadas:
Clara Moreira, Digo minhas lágrimas, 2021 | FOTO: Clara Moreira @clara__moreira
Guilhermina Augusti, Atravecar Escurecer, Bandeira hasteada pilotis MAR, 2022 | FOTO: Beatriz Gimenes – MAR.
Jasi Pereira, Série Porcelana Walbrzech, Esculturas em porcelana, 2018| FOTO: Jasi Pereira
Josi, Série Decantações, fervuras e temperamentos, 2021, água de feijão preto e bicarbonato de sódio| FOTO: Josiley Souza
Marjô Mizumoto, Oyasumi Bachan, 2021-2022 | FOTO: Filipe Berndt
Maria José Batista, Ilha das onças| FOTO: Irene Almeida
Moara Tupinambá, Deusa de Mairi, 2020 | Fotocolagem: Moara Tupinambá
Panamby, Rebentações | FOTO: Verônica Pereira
Terroristas Del Amor, Capim Santo | FOTO: Jorge Silvestre @terroristasdelamor
Vulcanica Pokaropa, Justiça, 2022 | FOTO: Vulcanica Pokaropa
Diante do volume de inscrições foram convidadas mais duas juradas para fazer parte do time responsável pela escolha dos trabalhos e o júri passou a ter sete integrantes, todas mulheres de diversas áreas da cultura e das artes: pesquisadoras, artistas, curadoras, gestoras culturais, professoras e ativistas.
Se por um lado, a grande quantidade de inscrições trouxe um desafio ao Prêmio e fez com que o júri fosse ampliado para realizar uma seleção mais justa e minuciosa, por outro, o volume maior de projetos enriqueceu o debate em torno da escolha das artistas e seus respectivos trabalhos. O resultado possibilitou o planejamento de uma exposição – prevista para acontecer em novembro – mais diversa em termos de produção artística, de linguagem e de territorialidade, já que a maioria das artistas é oriunda da região Norte e Nordeste do Brasil.
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