O Inhotim acaba de anunciar a inauguração de três novas exposições de seu programa artístico de 2024. A artista suíça Pipilotti Rist ocupa a Galeria Fonte com a exposição imersiva Homo sapiens sapiens, numa instalação inédita no Inhotim.
Na Galeria Mata, Rivane Neuenschwander apresenta a individual Tangolomango, mostra que discute arte, natureza, memória e infância. Por fim, comissionada pelo Inhotim, Apenas depois da chuva (2024), de Rebeca Carapiá, é uma instalação escultórica de grandes dimensões exibida no lago True Rouge.
Confira, a seguir, detalhes de cada inauguração, que acontecem simultaneamente dia 19 de outubro.
A artista suíça Pipilotti Rist, uma das principais referências do vídeo no mundo, ocupa a Galeria Fonte com a exposição imersiva Homo sapiens sapiens.
Reconhecida por suas instalações com vídeos e filmes que transformam espaços expositivos em experiências sensoriais e poéticas, a artista oferece ao público uma nova perspectiva sobre a interseção entre gêneros, o corpo humano, a natureza e o cosmos.
Homo sapiens sapiens (2005), filmada nos jardins do Inhotim, foi originalmente apresentada na Bienal de Veneza de 2005 e é exibida agora no museu, adaptada para as características únicas da Galeria Fonte. Nesta montagem, as imagens do vídeo tomam o teto da galeria. As pessoas visitantes podem se acomodar em camas, pufes e tapetes para assistir e participar da obra.
Nos trabalhos de Rist, para além das imagens e dos ambientes, a música é um elemento essencial. Em Homo sapiens sapiens, a trilha musical é assinada por Pipilotti Rist e Anders Guggisberg.
Com curadoria de Douglas de Freitas e Lucas Menezes, a montagem da obra proporciona uma experiência que questiona e celebra a conexão entre o indivíduo e o universo, refletindo sobre temas como fantasia, sonho, humor e desejo.
Na Galeria Mata, a artista belo-horizontina Rivane Neuenschwander apresenta a mostra individual Tangolomango (2024).
A mostra reúne obras em diversas linguagens — como pintura, fotografia, instalação e vídeo — e de diferentes décadas, que se atualizam nas pesquisas mais recentes da artista, ao lidar com questões relativas à infância, história, ecologia e política.
Alguns dos trabalhos apresentados são: V.G.T. (Ame-o ou deixe-o) (2023), J.B. (Piracema: uma transa pós-amazônica) (2023), Trôpego Trópico (2022), Eu sou uma arara (2022), O Alienista (2019), Alegoria do Medo (2018), Caça ao fantasma (2018), (WAR) (2017), Cabra-cega (2016), Zé Carioca e seus amigos (2005) e Andando em Círculos (2000).
A panorâmica Tangolomango tem curadoria de Júlia Rebouças, Beatriz Lemos e Douglas de Freitas.
No acervo do Inhotim, Rivane Neuenschwander apresenta, desde 2009, Continente/Nuvem (2008), instalada em uma casa que preserva parte da história do Inhotim em seu território. Datada de 1874, ela é uma das construções mais antigas da região, remanescente da fazenda que existia no terreno onde hoje funciona o museu.
Comissionada pelo Inhotim, Apenas depois da chuva (2024), de Rebeca Carapiá, é uma instalação escultórica composta por 20 peças, com cerca de cinco metros cada. O conjunto será exibido no lago próximo à Galeria Mata e à Galeria True Rouge, de Tunga.
A nova obra é fruto de uma imersão da artista na Serra da Capivara, no Piauí. O trabalho expõe a reflexão sobre a relação entre a água e o território, investigando a escrita encontrada nos desenhos e esculturas do local. Durante os dias da viagem de pesquisa, Carapiá desenvolveu desenhos que compõem Apenas depois da chuva. Nascida em Salvador (BA), a artista é reconhecida por suas esculturas em ferro e cobre, que revelam uma linguagem única e poética.
A instalação, com curadoria de Beatriz Lemos e Deri Andrade, é uma continuação da pesquisa de Rebeca Carapiá sobre a interação entre elementos naturais e escultóricos, formas e paisagens.
De forma inédita no processo artístico de Carapiá, as peças foram feitas em colaboração entre ela, o serralheiro Gabriel Silva Santiago e a equipe de Serralharia da instituição. Além disso, a nova escala, mais monumental, foi possível por meio da parceria técnica também com as equipes de Ateliê e Produção.
O Instituto Inhotim é um museu de arte contemporânea e Jardim Botânico, localizado em Brumadinho (MG). O Inhotim é uma organização sem fins lucrativos, mantida com recursos de doações de pessoas físicas e jurídicas – diretas ou por meio das Leis Federal e Estadual de Incentivo à Cultura – , pela bilheteria e realização de eventos. Idealizado desde a década de 1980 pelo empresário mineiro Bernardo de Mello Paz, do solo ferroso de uma fazenda da região nasceu, em 2006, um dos maiores museus a céu aberto do mundo.
Sua localização privilegiada – entre os ricos biomas da Mata Atlântica e do Cerrado –, e as paisagens exuberantes ao longo dos 140 hectares de visitação proporcionam aos visitantes uma experiência única que mescla arte e natureza. Cerca de 1.862 obras de mais de 280 artistas, de 43 países, compõem o acervo e são exibidas ao ar livre e em galerias em meio a um Jardim Botânico com mais de 4,3 mil espécies botânicas raras, vindas de todos os continentes.
Pipilotti Rist, “Homo sapiens sapiens”
Local: Galeria Fonte
Rivane Neuenschwander, Tangolomango
Local: Galeria Mata
Rebeca Carapiá, “Apenas depois da chuva” (2024)
Local: no lago próximo à Galeria Mata e à Galeria True Rouge
Data de inauguração das 3 exibições: 19/10/2024
Local: Museu Inhotim
Endereço: Rua B, Povoado Inhotim. Conceição do Itaguá, 20. Brumadinho, MG.
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