A feira The Armory Show, em NY, acontece entre os dias 8 e 10 de setembro e apresenta 225 galerias de arte contemporânea de todo o mundo. Entre elas, as galerias Estação, Marilia Razuk, Nara Roesler e Raquel Arnaud marcam presença no evento com o apoio do Projeto Latitude – Platform for Brazilian Art Galleries Abroad, uma parceria da Associação Brasileira de Arte Contemporânea (ABACT) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), e levam para a feira uma curadoria diversa e bastante focada em artistas nacionais e latinos, promovendo um interessante diálogo entre estilos e gerações.
A Galeria Estação apresenta um conjunto de trabalhos dos artistas brasileiros André Ricardo (1985, São Paulo), Santídio Pereira (1996, Piauí) e Véio (Cícero Alves dos Santos. 1948, Sergipe). São três gerações, cujas heranças culturais distintas contribuem para a pluralidade das pesquisas, enfatizando a importância do estudo multidisciplinar e a riqueza na diversidade de materiais na arte.
Com as obras de dois artistas latino-americanos da região da bacia amazônica, a Galeria Marilia Razuk explora temas como a ancestralidade, a dimensão natural e o mundo artificial. A partir do desenho botânico do Mestre Mogaje Guihu (Colômbia, mais conhecido no mundo ocidental como Don Abel Rodriguez), e das peças escultóricas de Zé Carlos Garcia (Brasil), este projeto traça um horizonte transversal em que as noções colonialistas de representação naturalista e de paisagem são desestabilizadas. Partindo do imaginário coletivo relacionado com a ritualística, Zé Carlos Garcia constrói uma série de objetos e instalações que põem em crise os limites do quotidiano utilitário e a magia do ritual em relação ao poder atribuído ao espírito dos animais. No caso de Mogaje Guihu, os seus desenhos retratam não só as relações dos seres vivos na selva amazônica, mas a ordem que o grande espírito lhes atribuiu para garantir a harmonia entre todos os seres.
A Galeria Nara Roesler apresenta uma seleção de obras recentes de artistas sul-americanos e europeus, estabelecendo um diálogo entre práticas de diferentes regiões e gerações. A apresentação coloca em primeiro plano os ecos e divergências presentes nas abordagens desses artistas em sua busca por compreender os limites da abstração, da figuração e da espacialidade, criando uma conversa nos níveis formais e técnicos entre as obras, de modo a explorar os métodos empregados por eles em sua consistente luta para chegar a um equilíbrio com certos pilares dos processos artísticos e seus cânones.
Já a Galeria Raquel Arnaud propõe um diálogo entre três diferentes gerações através do trabalho de cinco artistas, unindo passado, presente e futuro. Serão apresentados um relevo em madeira e uma escultura em mármore dos anos 1970 de Sergio Camargo, além de duas colagens e uma obra tridimensional em metal pintado de Arthur Luiz Piza. De geração diferente, Iole de Freitas e Elizabeth Jobim iniciaram suas carreiras nas décadas de 1970 e 1980, respectivamente. De Freitas, serão mostradas duas esculturas, e de Jobim, uma pintura modular. Representando a nova geração, João Trevisan trabalha com a noção de memória, materialidade e impermanência, utilizando diversos suportes e técnicas, com destaque para pinturas sobre tela e madeira.
The Armory Show será realizada em Javits Center New York de 8 a 10 setembro 2023 apresentando as novidades de empresas de EUA e internacionais relacionadas aos setores de Artes, antiguidades
O Latitude Brasil é um programa desenvolvido por meio de uma parceria firmada entre a Associação Brasileira de Arte Contemporânea – ABACT e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – ApexBrasil, para promover a internacionalização do mercado brasileiro de arte contemporânea. Criado em 2007, conta hoje com cerca de 60 galerias de arte do mercado primário, localizadas em sete estados brasileiros e Distrito Federal, que representam mais de 1.800 artistas contemporâneos. Seu objetivo é criar oportunidades de negócios de arte no exterior, fundamentalmente através de ações de capacitação, apoio à inserção internacional e promoção comercial e cultural.
O volume das exportações definitivas e temporárias das galerias do projeto Latitude vem crescendo significativamente. Em 2007, foram exportados US$ 6 milhões e, de acordo com a última Pesquisa Setorial Latitude publicada, em 2018 atingiu-se mais de US$ 65 milhões. As galerias Latitude foram responsáveis por 42% do volume total das exportações do setor no ano.
Desde abril de 2011, quando a ABACT assumiu o convênio com a ApexBrasil, foram realizadas 48 tipos de ações, em mais de 25 feiras internacionais, com aproximadamente 300 apoios concedidos às galerias do Latitude. Neste mesmo período, foram trazidos ao Brasil aproximadamente 250 convidados internacionais, entre curadores, colecionadores e profissionais do mercado, em 23 edições de Art Immersion Trips. Além dessas ações, o Latitude realizou seis edições de sua Pesquisa Setorial, com dados anuais sobre o mercado primário de arte contemporânea brasileira.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira.
Para alcançar os objetivos, a ApexBrasil realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil.
A Associação Brasileira de Arte Contemporânea – ABACT é uma entidade sem fins lucrativos que representa cerca de 60 galerias de arte contemporânea no Brasil. Seu posicionamento se constitui no diálogo com as galerias de arte brasileiras do mercado primário e no entendimento do seu papel na produção de bens culturais. Promove ações de profissionalização e de incentivo à desburocratização do setor, projetos educativos e socioculturais, e realiza conexões entre os agentes de mercado nacional e internacional.
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