A Galeria Base apresenta a coletiva (A)PARTE DO TODO, com obras de Andrea Fiamenghi, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Antonio Dias, Bruno Rios, Christian Cravo, Gilvan Samico, Lucas Länder, Luiz Martins, Lygia Pape, Mario Cravo Neto, Mira Schendel, com 32 trabalhos de técnicas e suportes variados: xilogravura, cerâmica, guache, acrílica, nanquim, lápis de cera, aquarela, monotipia, colagem e fotografia. A curadoria é de Daniel Maranhão.
No primeiro segmento, onde o ponto de convergência é Oswaldo Goeldi, tem-se o diálogo entre as xilogravuras de Gilvan Samico interagindo com obras da mesma técnica de Anna Maria Maiolino, datadas de 1967, época na qual a artista produziu a sua importante série de xilogravuras, obras seminais do Movimento da Nova Figuração que eclodiria no ano de 1970, onde se destaca a antológica obra “Glu, Glu,Glu” uma franca alusão à antropofagia, define Daniel Maranhão. Interessante registrar que por serem ambos aprendizes de Goeldi, de alguma forma faz com que as confluências dos trabalhos excedam o aspecto técnico de produção. Na sequência, tem-se Lygia Pape, artista visual e cineasta, com uma obra da série “Tecelar” e trabalhos de Antonio Dias da série “Nepal”. “Ambos foram artistas contemporâneos brasileiros de peso, e que também tiveram como referência o trabalho do gravurista carioca: Pape produziu um curta metragem intitulado “O Guarda-Chuva Vermelho” a partir de algumas gravuras de Goeldi, e Antonio Dias foi também seu aprendiz”, diz o curador.
Um novo recorte, agora com obras únicas feitas por três artistas mulheres durante o século XX, compõe a sala do primeiro andar. Nele temos trabalhos adicionais de Anna Maria Maiolino com obras das séries “Marcas da Gota” e “Cartilhas”, bem como obras de Mira Schendel, em especial da série “toquinhos” e uma ecoline produzida com ouro, assim como trabalhos da multiartista Anna Bella Geiger das séries “Burocracia” e “América Latina”.
No segundo pavimento, a fotografia ocupa o lado direito da sala expositiva com simbologias associadas a ritos afro-brasileiros registrados pelas lentes de Mario Cravo Neto e Andrea Fiamenghi, com suas imagens, celebram uma ancestralidade básica, fundamental, que compõe nossa história enquanto povo. Como complemento, uma imagem de Christian Cravo registrada no deserto da Namíbia, sul do continente africano, conclui essa seleção.
A parte final que compõe o todo advém de um conjunto de obras que Daniel Maranhão selecionou a partir de alguns trabalhos de artistas, representados pela BASE: Bruno Rios, Lucas Länder e Luiz Martins que desenvolvem suas próprias poéticas através de pesquisas formais em torno dos pigmentos, técnicas e texturas que resultam em belas composições abstratas.
A Galeria Base foi fundada há cerca de seis anos e atua no mercado secundário e primário, com o objetivo de divulgação e comercialização de obras únicas e edições especiais, com foco, preferencialmente, em papel de artistas brasileiros.
No mercado secundário mantem em acervo obras de artistas de inequívoca importância no mercado nacional e internacional, tais como: Anna Maria Maiolino, Mira Schendel, Lygia Pape, Marcelo Silveira, José Rufino, José Bechara, Daniel Senise, Montez Magno, Anna Bella Geiger, Wesley Duke Lee, Antônio Dias, Nelson Leirner, Gilvan Samico, Ariano Suassuna, Mario Cravo Neto, Lothar Charoux, dentre outros. No mercado primário, trabalha com um restrito grupo de artistas que contribuem na formação do cenário da arte contemporânea brasileira. São eles: Bruno Rios, José Claudio, um dos precursores do movimento ‘poema/processo’, Lucas Länder, Luiz Martins, Guilherme Almeida e Márcio Almeida.
Exposição: “(A)PARTE DO TODO”
Artistas: Andrea Fiamenghi, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Antoni o Dias, Bruno Rios, Christian Cravo, Gilvan Samico, Lucas Länder, Luiz Martins, Lygia Pape, Mario Cravo Neto, Mira Schendel
Curadoria: Daniel Maranhão
Texto: Leonardo Gimenes
Coordenação Administrativa: Leonardo Servolo e Cássia Saad
Montagem e expografia: Harpia Design e Produções
Abertura: 29 de junho – quarta-feira – às 11hs.
Período: de 29 de junho a 12 de agosto de 2022
Horário: de terça a sexta-feira, das 11hs às 19hs; sábado, das 11hs às 15hs.
Local: Galeria BASE
Endereço: Al Franca 1030, Jardim Paulista || 01422-002 | São Paulo, SP
Site | Facebook | Instagram
Leia também:
“Ruptura e o Grupo: abstração e arte concreta, 70 anos” no MAM SP
O Espaço Arte M. Mizrahi, no centenário do surrealismo, apresenta a exposição coletiva 'Quimeras –…
O Espaço 8, em São Paulo, inaugura em 09 de novembro, a exposição "Dilúvio no…
A Galeria Estação foi ocupada, ao longo de 2024, por cinco mostras inéditas especialmente idealizadas…
Ter visibilidade é fundamental para que você consiga comercializar a sua arte e construir uma…
Os 10 mestres do autorretrato reunidos aqui são aqueles artistas que tiveram um volume considerável…
Olympia (1863) é uma obra controversa feita pelo pintor francês Édouard Manet. O quadro, que…