“Paul Gauguin: o outro e eu” é a primeira exposição no Brasil a abordar de maneira crítica os conteúdos centrais da obra do artista, com foco em dois temas emblemáticos que emergem no conjunto apresentado no MASP: os autorretratos e os trabalhos produzidos durante sua permanência no Taiti (Polinésia Francesa), que se tornaram alguns dos mais conhecidos de sua trajetória.
Dentre os 40 trabalhos da exposição, dois deles pertencem ao acervo do MASP: Autorretrato (perto do Gólgota) e Pobre pescador, ambos de 1896. Os demais são empréstimos de 19 instituições internacionais de renome, como Museu d’Orsay (Paris, França), Metropolitan Museum of Art (Nova York, EUA), Getty Museum (Los Angeles, EUA), Museum of Fine Arts (Budapeste, Hungria), National Gallery e Tate (ambas em Londres, Reino Unido).
A mostra faz parte de uma série de mostras que, desde 2016, com Histórias da Infância, procura analisar, a partir de perspectivas críticas, artistas europeus canônicos pertencentes ao acervo do MASP, problematizando essas obras da tradição à luz de questões contemporâneas. Essas mostras individuais são colocadas em diálogo com o ciclo anual de exposições do museu, como já aconteceu com Toulouse-Lautrec em vermelho (ano de Histórias da sexualidade, 2017) e Degas (ano de Histórias da dança, 2020).
A exposição integra a programação anual do MASP dedicada às Histórias indígenas. Este ano, a programação também inclui mostras de Carmézia Emiliano, MAHKU, Sheroanawe Hakihiiwe, Melissa Cody, além do comodato MASP Landmann de cerâmicas e metais pré-colombianos e a grande coletiva Histórias indígenas.
Paul Gauguin: o outro e eu é curada por Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP; Fernando Oliva, curador, MASP; Laura Cosendey, curadora assistente, MASP.
Nascido em Paris, Gauguin dedicou-se, sobretudo, à pintura, sendo considerado uma figura emblemática na história da arte por se destacar das convenções pictóricas do século 19. Viveu parte de sua infância no Peru e foi somente aos 35 anos que passou a se dedicar exclusivamente ao trabalho artístico. Passou algumas temporadas em regiões da França, como Bretanha e Arles, onde conviveu com o artista holandês Vincent van Gogh durante os intensos meses em que dividiram um ateliê.
Frustrado com a cena artística da metrópole parisiense e passando por dificuldades financeiras, o artista nutria o desejo de partir em busca de outra experiência de mundo, na qual pudesse aliar sua pintura a um imaginário para além dos padrões da cultura europeia. Foi assim que Gauguin viajou ao Taiti, na Polinésia Francesa, em 1891 e, após um intervalo de dois anos em Paris, retornou ao Pacífico para lá permanecer até a sua morte, em 1903, nas Ilhas Marquesas.
“Paul Gauguin: o outro e eu”
De 28/04 a 06/08/2023
Local: MASP. Endereço: Av Paulista, 1578. São Paulo – SP
Ingressos
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