Jaime Lauriano apresenta, no Museu de Arte do Rio (MAR) sua exposição individual “Aqui é o Fim do Mundo”. O artista aborda o passado do Brasil como a sua fonte de questionamentos sobre o atual contexto político, social e cultural. Cumprindo o papel de artista-historiador, Lauriano apresenta esculturas, vídeos, desenhos e intervenções que revisitam símbolos, signos e mitos formadores do imaginário da sociedade brasileira. Essa é uma exposição panorâmica que celebra os 15 anos de carreira do artista. “Essa mostra acontece no momento que eu percebo minha produção bem mais madura, com mais complexidade nos temas abordados e no uso de materiais”, observa o artista.
Com a curadoria de Marcelo Campos, Amanda Bonan, Amanda Rezende, Jean Carlos Azuos e Thayná Trindade, a exposição “Aqui é o Fim do Mundo”, perpassa diretamente pelos signos do nacionalismo. “Jaime Lauriano vai sempre observar imagens da nossa história, sejam pinturas históricas, ilustrações, símbolos como a própria bandeira, a pedra portuguesa, etc. Ele observa o grau de colonialidade que esses materiais carregam, ele vai fazer intervenções, alterações. A importância do Jaime Lauriano para a arte contemporânea é justamente fazer o que a gente chama de decolonialidade, que se dê diretamente relacionada aos cânones, eles construíram e inventaram os heróis, os símbolos e ele vai observar esse lugar e propor novas relações. Jaime Lauriano vai contar a história que muitas vezes não foi contada”, comenta Marcelo Campos, Curador Chefe do MAR.
Lauriano aborda as formas de violência cotidiana que desdobram-se ao longo da história brasileira. Nesse sentido, o artista se debruça sobre os traumas históricos de nossa cultura. “Receber a exposição Aqui é o Fim do Mundo, no Museu de Arte do Rio é cumprir com o nosso compromisso de buscar artistas que estejam produzindo uma revisão e reelaboração coletiva da história do Brasil. Além disso, Jaime Lauriano tensiona o público a partir de proposições críticas capazes de revelar as estruturas do nosso país”, avalia Raphael Callou, diretor e chefe da representação da OEI no Brasil.
Jaime Lauriano (São Paulo, 1985) vive em São Paulo, Brasil. Graduou-se pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, no ano de 2010.
Entre suas exposições mais recentes, destacam-se diversas individuais na Europa e Estados Unidos, além das nacionais no MAC Niterói, Galeria Leme em São Paulo, Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro e São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Centro Cultural São Paulo, Instituto Moreira Salles, entre outras.
Com trabalhos marcados por um exercício de síntese entre o conteúdo de suas pesquisas e estratégias de formalização, Jaime Lauriano nos convoca a examinar as estruturas de poder contidas na produção da História. Em peças audiovisuais, objetos e textos críticos, Lauriano evidencia como as violentas relações mantidas entre instituições de poder e controle do Estado – como polícias, presídios, embaixadas, fronteiras – e sujeitos moldam os processos de subjetivação da sociedade. Assim, sua produção busca trazer à superfície traumas históricos relegados ao passado, aos arquivos confinados, em uma proposta de revisão e reelaboração coletiva da História.
Exposição “Aqui é o Fim do Mundo” de Jaime Lauriano
Local: Museu de Arte do Rio (MAR). Endereço: Praça Mauá, 5 – Centro, Rio de Janeiro – RJ
Período: de 28 de abril a 01 de Outubro
Entrada para a estreia: gratuita
Funcionamento do MAR: de quinta-feira a domingo, das 11h às 18h (última entrada às 17h)
Alfredo Volpi nasceu em Lucca na Itália 1896. Ele se mudou com os pais para…
Anita Malfatti nasceu filha do engenheiro italiano Samuele Malfatti e de mãe norte-americana Eleonora Elizabeth "Betty" Krug, Anita…
Rosana Paulino apresenta um trabalho centrado em torno de questões sociais, étnicas e de gênero,…
Na arte, o belo é um saber inventado pelo artista para se defrontar com o…
SPPARIS, grife de moda coletiva fundada pelo artista Nobru CZ e pela terapeuta ocupacional Dani…
A galeria Andrea Rehder Arte Contemporânea - que completa 15 anos - apresentará, entre os…