O Panorama da Arte Brasileira, já em sua 38ª edição realizada no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, entre 5 de outubro de 2024 e 26 de janeiro de 2025, com entrada gratuita. A mudança de local, que antes ocorria no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), e de data, se deve à reforma da marquise do Parque Ibirapuera, onde o MAM está sediado. Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e tombada pelo Patrimônio Histórico, a marquise do Parque está passando por uma reforma em toda sua estrutura, e o trecho do MAM deve reabrir ao público no início de 2025.
Segundo Cauê Alves, curador-chefe do MAM,”embora a reforma da marquise do Parque Ibirapuera afete a programação do museu, ela será muito positiva para a cidade. Faz alguns anos que o MAM tem estabelecido parcerias com as instituições do eixo cultural do Parque Ibirapuera, mas realizar o 38º Panorama da Arte Brasileira do MAM no MAC, além de uma aproximação histórica entre as duas instituições, é um momento de integração e soma de esforços em benefício da arte e da cultura de modo geral”.
MAM São Paulo e MAC-USP compartilham de uma mesma origem, apesar de trilharem trajetórias bem distintas. O MAM é estruturado como uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos, e o MAC é um museu universitário, gerido pela Universidade de São Paulo. A história que conecta as duas instituições, bem como os projetos realizados em conjunto em diversos momentos, será apresentada ao visitante em uma linha do tempo que abre o espaço expositivo do 38º Panorama.
“É com enorme satisfação que o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo acolhe o 38º Panorama da Arte Contemporânea Brasileira, tradicionalmente realizado pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo. A qualidade do salão fez dele um espaço importantíssimo de fruição, reconhecimento e problematização dos rumos da arte no Brasil nas últimas décadas. Neste momento de interdição temporária da sede do MAM em função das obras de restauro da Marquise do Ibirapuera, o MAC USP não poderia deixar de apoiar a instituição co-irmã, parceira de tantos projetos museológicos, formativos e curatoriais conjuntos. Esta história de colaborações inspirou aliás os dois museus a incluírem na edição 2024 do Panorama uma pequena linha do tempo de seus múltiplos cruzamentos e reciprocidades”, comenta José Tavares Correia de Lira, diretor do MAC-USP.
Com uma expografia adaptada à arquitetura do MAC, o 38º Panorama da Arte Brasileira: Mil graus irá ocupar o térreo e o terceiro andar do museu. Com curadoria de Germano Dushá e Thiago de Paula Souza, e curadoria-adjunta de Ariana Nuala, esta edição apresentará obras de 34 artistas, de 16 estados brasileiros. A lista é composta por Adriano Amaral (SP), Advânio Lessa (MG), Ana Clara Tito (RJ), Antonio Tarsis (BA), Davi Pontes (RJ), Dona Romana (TO), Frederico Filippi (SP), Gabriel Massan (RJ), Ivan Campos (AC), Jayme Fygura (BA), Jonas Van & Juno B. (CE), José Adário dos Santos (BA), Joseca Mokahesi Yanomami (RR), Labō (PA) & Rafaela Kennedy (AM), Laís Amaral (RJ), Lucas Arruda (SP), Marcus Deusdedit (MG), Maria Lira Marques (MG), Marina Woisky (SP), Marlene Costa de Almeida (PB), Melissa de Oliveira (RJ), Mestre Nado (PE), MEXA (SP), Noara Quintana (SC), Paulo Nimer Pjota (SP), Paulo Pires (MT), Rafael RG (SP), Rebeca Carapiá (BA), Rop Cateh – Alma pintada em Terra de Encantaria dos Akroá Gamella (MA) – em colaboração com Gê Viana (MA) e Thiago Martins de Melo (MA) -, Sallisa Rosa (GO), Solange Pessoa (MG), Tropa do Gurilouko (RJ), Zahy Tentehar (MA) e Zimar (MA).
O título da exposição parte de uma expressão coloquial que pode assumir múltiplos significados a depender do contexto, mas que invariavelmente funciona como índice de elevada intensidade. Em texto de apresentação sobre o projeto, a curadoria conta que “a mostra orienta-se pelo interesse por formulações ligadas à experimentação, ao risco intenso, às situações radicais, às condições extremas marcadas pelo calor — metafísico, metafórico e climático —, e aos estados — da alma e da matéria — que nos põem diante da transmutação como destino inevitável e imediato”. Mais informações sobre a proposta curatorial e a escolha dos artistas da 38ª edição da mostra estão disponíveis no site do MAM.
O Panorama da Arte Brasileira é um projeto bienal e fundamental na história do Museu de Arte Moderna de São Paulo. A série de exposições foi iniciada em 1969 e coincidiu com a instalação do MAM São Paulo em sua sede na marquise do Parque do Ibirapuera. As primeiras edições do Panorama marcaram a história do museu por terem contribuído direta e efetivamente na formação de seu acervo de arte contemporânea. Ao longo das 37 mostras já realizadas, o Panorama do MAM buscou estabelecer diálogos produtivos com diferentes noções sobre a produção artística brasileira, nossa história, cultura e sociedade. Realizado a cada dois anos, sempre produz novas reflexões acerca dos debates mais urgentes da contemporaneidade brasileira.
38º Panorama da Arte Brasileira: Mil graus
Curadoria: Germano Dushá, Thiago de Paula Souza e Ariana Nuala
Período expositivo: 05 de outubro de 2024 a 26 de janeiro de 2025
Realização: Museu de Arte Moderna de São Paulo
Exibição em: Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, MAC-USP
Locais: térreo e terceiro andar
Funcionamento: terça a domingo, das 10h às 21h
Gratuito
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