O metaverso Xepa.World traz a polêmica obra chamada “The Burned Picasso” (“Picasso Queimado”), que será exposta pela primeira vez no prédio da NFTFY, aplicação descentralizada (DApps) que fraciona NFTs (tokens-não fungíveis). A galeria já está aberta e pode ser acessada gratuitamente escolhendo o servidor da NFTFY no site da Xepa.
O espaço foi inaugurado durante uma festa na Blockchain Rio, o maior evento de Blockchain da América Latina que aconteceu entre os dias 1 e 4 de setembro. O prédio está ativo e aberto para visitação do público, qualquer um pode visitar e ver de perto a NFT do Picasso de forma gratuita e de qualquer lugar do mundo, usando um celular, tablet, computador ou óculos VR.
Quatro artistas e personalidades extremamente relevantes para o mundo das artes NFTs terão obras expostas na galeria, sendo eles: PFP Supply Co, Nouns, Lil Nouns e Diego Tovar, além da obra “The Burned Picasso”, outras obras se destacam, como a “Construtores do Metaverso”, inspirada na obra “Os Operários” produzida em 1933 por Tarsila do Amaral, que é de posse compartilhada através de um Crowdpad da Bankless Brasil DAO. Outra NFT que se destaca por conta da sua popularidade, é a #6899 da coleção Mutant Ape Yatch Club, que atualmente está avaliada em cerca de 14,025 ETH ou R$ 23.543,47.
A obra “The Burned Picasso” ficou muito conhecida no ano passado, quando um grupo de artistas anônimos dos Estados Unidos queimou o quadro “Fumeur V”, do pintor espanhol Pablo Picasso, com o objetivo de transformar a gravura feita em 1964 em um NFT e colocá lo na blockchain (criptografia que autentifica a originalidade de um arquivo no mundo digital). “O Picasso Queimado vive para sempre no blockchain”, disse a página do projeto na época. Quando a NFT foi feita em junho de 2021 gerou muita polêmica, a comunidade artística se dividiu e diversas discussões surgiram a respeito do assunto, entre elas, se o NFT da obra do Picasso é arte ou não.
Para a exibição da arte, Gibran Sirena, o Metaverse Architect da Xepa, criou uma instalação especial que remonta à performance onde o quadro foi queimado. “Essa provocação nos faz questionar a linha que separa o físico do digital e qual o papel que o mundo virtual tem em nossas vidas. É um prazer imenso poder receber essa obra em nosso metaverso, por isso pensamos numa expografia única que conta um pouco dessa transformação”, afirma Gibran.
A Xepa World é um metaverso brasileiro dedicado à arte e ao entretenimento. Criada em 2021 com o objetivo de facilitar a entrada de artistas brasileiros na criptoarte e dar mais visibilidade para eles, servindo como um novo canal de conexão entre os artistas e o seu público, o MVP da plataforma foi aberto ao público em julho de 2022 com uma grande exposição do artista Susano Correia. Hoje a cidade virtual da Xepa já conta com 3 prédios em funcionamento e outros 7 projetos em fase de construção, entre projetos artísticos e de empresas que buscam oferecer uma experiência imersiva aos seus clientes através do metaverso.
Metaverso é a terminologia utilizada para indicar um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. É um espaço coletivo e virtual compartilhado, constituído pela soma de “realidade virtual”, “realidade aumentada” e “Internet”.
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