O MIS (Museu de Imagem e Som) inaugura, em 1º de outubro, a exposição Frida: uma visão singular de beleza e dor, de Julia Fullerton-Baten. Inédita no Brasil, a mostra, que tem curadoria de João Kulcsár, apresenta 18 imagens em homenagem a Frida Khalo, aos 70 anos após sua morte, produzidas na Cidade do México pela alemã Julia Fullerton-Baten (fotógrafa reconhecida por suas narrativas visuais de estilo cinematográfico e técnicas sofisticadas de iluminação).
Para criação dessas fotografias, Julia contou com a colaboração de modelos, de um figurinista de cinema local – empenhado em encontrar autênticos trajes artesanais de Oaxaca – e de produtores mexicanos (que lhe forneceram acesso a locais ocultos e secretos, como uma mansão abandonada no coração da Cidade do México, uma residência privada projetada pelo arquiteto de renome internacional Luis Barragán, antigas fazendas repletas de história e a enigmática Ilha das Bonecas, em Xochimilco, famosa por seus jardins flutuantes e permeada de misticismo).
“O resultado que vemos é uma série imagética que captura a vibrante energia e a força inconfundível de Frida por meio de cenários e figurinos mexicanos contemporâneos”, diz João Kulcsár curador da exposição. “Quando olho para suas pinturas, sinto-me inspirada a ser corajosa. Quando olho para suas pinturas, sinto seu amor pelo México”, afirma Julia.
Dentro da programação da exposição, acontece a oficina gratuita Retratos como Frida (Somos Frida), no dia 17 de outubro. Durante a atividade, ministrada por Taiane Ferreiras e João Kulcsár, o público é convidado a fazer um retrato em um fundo infinito colorido e com adereços que a/o participante pode escolher, tendo como referência as imagens de Frida Kahlo. A oficina acontece às 18h, no foyer térreo do MIS, e tem 30 vagas (a serem preenchidas por ordem de chegada).
A artista mexicana permanece uma das figuras mais emblemáticas e revolucionárias da arte do século XX. Frida Kahlo produzia obras com cores vibrantes e emocionantes, mas também viveu de forma intensa e profunda, enfrentando a dor, o amor, a perda e a paixão de forma visceral. Suas pinturas capturaram não apenas sua imagem, mas a essência de uma mulher que desafiou convenções, rompendo barreiras culturais e de gênero, e afirmou sua identidade com coragem e autenticidade. Hoje, 70 anos após sua morte (1954), sua obra continua absolutamente contemporânea e ressoa profundamente com o espírito do nosso tempo.
Julia Fullerton-Batten (Bremen, Alemanha, 1970) é uma fotógrafa de belas artes renomada por sua narrativa visual altamente cinematográfica. Seus projetos em larga escala são baseados em temas específicos. Mora em Londres. Cada imagem no projeto embeleza seu assunto em uma série de “histórias” narrativas instigantes usando quadros encenados e técnicas sofisticadas de iluminação. O uso de Julia de locais incomuns, cenários altamente criativos, modelos de rua, acentuados com iluminação cinematográfica são marcas registradas de seu estilo. Ela insinua tensões visuais em suas imagens e as imbui com uma mística que provoca o espectador a reexaminar continuamente a imagem; algo novo vem à tona a cada vez.
João Kulcsár é professor visitante na Universidade de Harvard e possui mestrado em artes pela Universidade de Kent, Inglaterra, além de coordenador do Bacharelado em Fotografia do Senac por 30 anos. Curador de mais de 80 exposições fotográficas no Brasil e exterior. Desenvolve o projeto de fotografia com pessoas deficientes visuais desde 2008. Coordenador do projeto de formação de professores para uso de fotografia em sala de aula no Brasil e exterior. Diretor do Festival de Fotografia de Paranapiacaba e Festival de Fotografia de São Paulo. Editor do site www.alfabetizacaovisual.com.br.
O Museu da Imagem e do Som (MIS) foi inaugurado em 1970 e possui uma coleção de mais de 200 mil itens, como fotografias, câmeras, filmes, vídeos, cartazes e depoimentos. Conhecido por exposições imersivas de ícones como Stanley Kubrick, David Bowie, Truffaut, Renato Russo e Rita Lee, além do sucesso Castelo Rá-Tim-Bum – A exposição e mostras de fotografia, o Museu continua em constante renovação e ampliação de atividades, além de diversas ações extramuros.
Oferece cursos presenciais e on-line e uma variedade de programas culturais nas áreas de música, cinema e vídeo.
Frida, uma visão singular de beleza e dor | Por Julia Fullerton-Batten e curadoria de João Kulcsár
Abertura: 01.10 às 19h
Visitação: até 27.10
Local: MIS (Museu de Imagem e Som) – Sala Maureen Bisilliat
Endereço: Av. Europa, 158, Jd. Europa. São Paulo – SP – Brasil
Horários: terças a sextas, 10h às 19h; sábados, 10h às 20h; domingos e feriados, 10h às 18h
Ingresso: Grátis
Classificação: Livre
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