A Pinacoteca apresenta uma retrospectiva de J. Cunha (Salvador, 1948), a maior já realizada em sua carreira. Com cerca de 300 itens, entre pinturas, desenhos, cartazes, estampas, objetos e documentos, “J. Cunha: Corpo tropical” apresenta a trajetória do artista, acompanhando seus percursos pela Bahia e sua projeção nacional e internacional. A mostra enfatiza o caráter experimental, a diversidade das linguagens e o compromisso político do artista e de sua obra. A exposição tem curadoria de Renato Menezes.
Como ponto alto está a obra Códice (2011-2014), um painel de três por sete metros que nunca foi exposto em São Paulo e apenas três vezes apresentado ao público de forma completa. Na mostra, são apresentadas também algumas obras inéditas dos anos 1970, além de um expressivo conjunto de tecidos estampados para o bloco afro Ilê Aiyê, produzidos entre os anos 1980 e 2000.
A exposição se divide em três partes, organizadas de maneira cronológica:
Parte 1: “Made in Brasil”, onde vemos o início da carreira do artista, dividido entre a pintura e a dança, preocupado em refletir sobre o Nordeste e em criticar o avanço do capitalismo e a perda das identidades locais.
Na parte 2 “Passar por aqui”. são apresentados os 25 anos seguintes de sua carreira, dos anos 1980 a 2005, período marcado pelo aprofundamento de sua atividade gráfica.
Na terceira e última parte, “Neobarroco Afro-pop”, é apresentada a fase mais madura do artista, desde os anos 2000 até os dias atuais. Sua pintura ganha escala, sua atenção volta-se para os grafismos caboclos, ícones pop e símbolos do cangaço.
Nascido na Península de Itapagipe, em Salvador, em 1948, José Antônio Cunha ingressou no curso livre da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia aos 18 anos de idade. Foi cenógrafo e figurinista do grupo folclórico Viva Bahia, colaborou com o Balé Brasileiro da Bahia, Balé do Teatro Castro Alves e, durante 25 anos, assinou a concepção visual e estética do bloco afro Ilê Aiyê, além de decorações dos Carnavais de rua de Salvador.
Artista plástico, designer gráfico, cenógrafo, dançarino e figurinista, Cunha participou de bienais, integrou exposições coletivas e realizou mostras individuais nos Estados Unidos, na África e na Europa.
Próximo de completar exatos 60 anos de carreira, J. Cunha recebe sua maior exposição individual.
J. Cunha: Corpo tropical
Data: de 4 de maio de 2024 até 29 de setembro de 2024
Local: Pina Estação
Endereço: Largo General Osório, 66, Santa Efigênia
Horário de funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 18h.
A Casa Galeria apresenta, a partir de 24 de maio, a exposição “A Leveza Pode…
A Inteligência Artificial tem tido um grande impacto na produção de arte, permitindo que artistas…
Sob uma perspectiva crítica, acadêmica e histórica, abordaremos o Surrealismo — movimento artístico que se…
Benedito Calixto de Jesus nasceu em Itanhaém, no dia 14 de outubro de 1853 e…
A pintura “Witwe” ou "Viúva", de Lasar Segall, que fez parte da exposição "Arte Degenerada"…
O Museu de Arte do Rio (MAR) apresenta a partir deste sábado, 18/05, Dia Internacional…